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Os tipos puros de dominação e a formas modernas de poder segundo Bobbio

Por:   •  22/9/2016  •  Dissertação  •  2.204 Palavras (9 Páginas)  •  885 Visualizações

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Os tipos puros de dominação e a formas modernas de poder segundo Bobbio

1 Introdução.

Preliminarmente, é importante destacar que o tema é imenso e por isso as ideias apresentadas nas linhas que seguem são apenas um resumo da miríade de informações que existem sobre a matéria.

O estudo apresenta uma gama de conceitos relacionados as manifestações do poder na sociedade e também dos tipos de dominação segundo Webber, cabe dizer que são conceitos distintos conforme será explicado nas linhas seguintes.

Outro dado importante na construção do texto é referência aos poderes paralelos que estão presentes no cotidiano da sociedade, o exercício usurpado do desse poder é facilmente percebido se compreendermos que somente o Estado tem a exclusividade do uso da força como forma de manifestação de sua supremacia política.

Dentro desse enfoque é supra importante fazer uma comparativo com cenário político atual, afim de localizar a disfunções da aplicação desses conceitos, tendo em vista que a existência de um pensamento ideal, de aplicação desses termos, está longe de se aproximar com o quadro real.

Por isso é importante destacar as formas de poder apresentadas estão sendo expostas da perspectiva ideal, porém os conceitos não definem um estado harmônico, o que ocorre é que as ferramentas para manutenção da dominação contaminam o ambiente político e dificultam a rotatividade do poder na democracia brasileira.

Por fim, ressalta-se que o decorrer do trabalho deve ser visto com um olhar voltado ao pensamento clássico dos autores citados, visto que trata-se apenas de uma esbouço de ideias já existente e defendidas por inúmeros estudiosos.

1 A dominação

Vários pensadores se dedicaram ao estudo das relações sociais vistas a partir da dominação que certos homens exercem sobre o seu povo, no decorrer da história vários conceitos tentaram definir o que é essa dominação e como ela se originou e se perpetuou dentro do panorama social.

As concepções tentaram, de pontos de vista diferentes, explicar o que é como se dá a dominação, uma dessas concepções diz que:

A "dominação", como conceito mais geral e sem referência a algum conteúdo concreto, é um dos elementos mais importantes da ação social. Sem dúvida, nem toda ação social apresenta uma estrutura que implica dominação. Mas, na maioria de suas formas, a dominação desempenha um papel considerável, mesmo naquelas em que não se supõe isto à primeira vista. (Weber, Max p.187)

Para entender a dominação segundo Weber, primeiro deve-se compreender o que é ação social. Do ponto de vista weberiano a ação social seria um comportamento ou uma abstenção humana que é exteriorizada com um objetivo próprio.

Logo, percebe-se que a práxis humana num sentido lato está estritamente ligada à situações de subordinação de indivíduos, isso porque o desenvolvimento das sociedades não ocorreriam se não houvesse uma hierarquia de decisões que visassem o mesmo objetivo.

Dentro dessa linha de pensamento há que se falar no poder, de acordo com o pensamento de Weber (ano) a dominação seria uma caso especial de poder, ele a define, no sentido muito geral de poder, como a possibilidade de impor ao comportamento de terceiros a vontade própria, podendo se apresentar nas formas mais diversas, um exemplo seria a dominação legitimada pela Lei, onde determinado indivíduo têm seus direitos sobrepostos à outrem.

Ainda dentro do pensamento moderno de Max Weber encontra-se os três tipos Puros de Dominação de Dominação Legítima, são elas: a dominação legal, a dominação tradicional e a dominação carismática.

A primeira estabelece que a obediência é em função da norma instituída e não do sujeito possuidor do direito, a forma mais pura seria, segundo o entendimento de Max seria a modelo Burocrático de gestão institucional.

O segundo tipo, trata da tradição como elemento que legítima o poder dos senhores, nesse diapasão a dominação patriarcal seria o tipo mais puro dessa dominação, porém não há que se remeter somente aos tempos remotos da humanidade para se materializar essa dominação, nos dias atuais ainda é patente tal relação em sociedades que estão afastadas dos grandes centros. Visto que ainda predomina-se uma cultura machista que dar ao homem mais o poder sobre seus descendentes.

E por último, tem-se a dominação carismática, que à primeira vista parece ser sem importância, todavia esse pensamento é equivocado, na conjuntura atual a dominação carismática inerente às grandes lideranças que conseguem encontrar guarida para suas pretensões ao conquistar seus aliados e convence-los a serem submissos àquele ideal.

Ficou nítido que as contribuições de Weber foram cruciais para entender a dominação como um elemento integrante da ação social ou como fator preponderante para a práxis social.

Paralelamente a esse entendimento temos as contribuições do doutrinador Norberto Bobbio que, dentro do perspectiva contemporânea, define as formas de poder moderno, é importante reforçar que a dominação e o poder não são sinônimos, esta é uma forma especial deste.

À luz do pensamento de Bobbio as formas modernas do poder se resumem: no poder político, poder econômico e poder ideológico. Ao analisar a dominação a partir desse entendimento entramos setores sociais distintos.

O iminente jus filósofo Norberto Bobbio tratou do poder econômico dentro do setor produtivo da sociedade, expondo que ele se vale da posse de certos bens necessários, ou sim considerados em uma situação de escassez, para induzir aqueles que não os possuem a ter uma certa conduta, consistente principalmente na execução de um certo tipo de trabalho. (Bobbio, 2000)

Ainda dentro sobre o poder econômico, é imperiosa a analogia com estruturação e desenvolvimento dos centros de produção, esse fenômeno foi muito explicado por Karl Marx ao justificar que a divisão do trabalho no interior de uma nação acarreta, primeiramente, separação do trabalho industrial, do comercial e do agrícola, isso num plano genérico, já que dentro das próprias corporações são criadas subdivisões, onde a hierarquia está condicionada pela modalidade de exploração (Marx, ano).

O trecho que esbouça parte do pensamento marxista apresenta uma manifestações de poder econômico dentro de uma corporação, sendo que a dominação é legitima em função do objetivo comum entre os indivíduos, buscar rendimentos para sua subsistência.

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