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RESENHA DO FILME: CARANDIRU

Por:   •  2/3/2018  •  Trabalho acadêmico  •  838 Palavras (4 Páginas)  •  444 Visualizações

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UNEST

PENAL IV

Professora: Andréa Maria F. Tartuce

Acadêmica: Yzamara Rodrigues Peixoto

CARANDIRU

O filme é baseado no livro Estação Carandiru, do médico Dráuzio, onde ele narra suas experiências com a dura realidade dos presídios brasileiros em um trabalho de prevenção à AIDS realizado na Casa de Detenção.Nessa trama é abordado o cotidiano da extinta "Casa de Detenção", mais conhecida por Carandiru (por se localizar no bairro de mesmo nome na cidade de São Paulo), antes e durante o massacre ocorrido em 2 de outubro de 1992, em que 111 presos foram mortos pela polícia.

No filme são narradas histórias de vários detentos que tiveram contato direto com o médico, que além de prestar atendimento clínico aos presos, lhes dava momentos de boa conversa, onde estes podiam se sentir seguros para contar sobre suas vidas e o que lhes levou até ali, sobre sua rotina dentro da cadeia, e falar mais abertamente sobre suas relações amorosas e sexuais sem o medo de serem julgados pelo seu passado e presente.

 O médico observava atentamente as condições em que os detentos eram submetidos, como a superlotação das celas, a infestação de animais peçonhentos e a exposição dos detentos a doenças como sarna e a AIDS. A campanha de prevenção a AIDS chegou a detenção quando inúmeros homens já haviam contraído o vírus. A década de 1990 é considerada a época onde o surto de AIDS mais se manifestou no Brasil, o Dr. Dráuzio Varella relata anos depois em um documentário que mais de cinco doentes chegavam a ir a óbito por semana na enfermaria do Carandiru por conta do vírus.

Um detento desabafa no documentário que se sentia negligenciado, pois a assistência médica era de má qualidade e que muitas vezes ele não recebia os medicamentos adequados quando chagava o fim de semana e havia a troca de médicos. Fica claro que o atendimento tardio e campanha de prevenção inadequada foram fatores inquestionáveis que colaboraram para o descontrole e a propagação do vírus dentro da detenção. 

Outro grande problema que domina a prisão é o crack, que invadiu a cadeia em meados de 1992. Muitas vezes o crack era preparado lá mesmo. Em processo artesanal,misturavam cocaína com bicarbonato de sódio ou amoníaco que é aquecido para derreter a mistura. Após esfriar e se solidificar, a pedra resultante é fumada em cachimbos improvisados.

Falta e excesso confinados em um mesmo lugar, produzindo relações e afetos entre presos e carcereiros. Ali na prisão havia criminosos, pedófilos, assassinos, traficantes. Existia sempre um motivo para estar ali. Mas o filme também não faz uma defesa dos presos. Para ele é óbvio que criminosos devem ser punidos conforme a lei. No entanto, há diferenças tipos de crimes e, portanto, diferentes tipos de pessoas dentro de um presídio. A sociedade, em geral, coloca todos no mesmo “saco”.

Ao fim da trama, percebe –se que tudo corria “bem” da maneira “calma” de um presídio,por mais que todo perigo estivesse presente.Após o médico deixar a prisão enquanto no pátio rolava uma partida de futebol, dois detentos começam a brigar dentro do pavilhão. Logo, os presos se dividem em dois grupos rivais e a briga se espalha pelos andares.A rebelião já está instalada e todos os carcereiros já abandonaram o local. Há fogo do lado de dentro, mas não há reivindicações por parte dos presos. O chefe da Casa de Detenção pede reforços da PM.

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