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RESENHA DO FILME DESMUNDO

Por:   •  13/3/2016  •  Resenha  •  524 Palavras (3 Páginas)  •  1.881 Visualizações

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RESENHA DE DESMUNDO

        O filme retrata o Brasil no período colonial no ano de 1570. Na nova terra conquistada por Portugal, os colonizadores desbravam as terras do “novo mundo” em busca de riquezas naturais e uma nova vida. Diante de tais fatos, longe da sociedade portuguesa daquela época, os bandeirantes se viam obrigados a recorrerem às índias e negras para satisfazerem suas necessidades sexuais. Por isso, a fim de evitar a miscigenação do povo e manter o sangue puro dos brancos, considerados superiores naquela época, a Igreja solicita à coroa portuguesa que envie órfãs para de casarem com os homens cristãos.

        Nesse instante entra em cena uma jovem de nome Oribela. Juntamente com outras moças que foram enviadas para estabelecer matrimônio com os colonizadores, ela é enviada ao Brasil através de uma nau e recebida pelo padre Manoel da Nóbrega onde recebe cuidados até ser apresentada ao seu futuro marido, Francisco de Albuquerque, um senhor de engenho. Porém a jovem, muito religiosa, não aceita facilmente a ideia de se tornar esposa de um homem que nunca viu e tenta, de inúmeras formas, voltar a Portugal.

        O filme retrata com grande fidelidade, as condições de vida daquela época. A sociedade patriarcal era chefiada geralmente por um senhor de engenho que controlava tudo e todos ao seu redor. Eram dele as decisões sobre tudo dentro de sua propriedade. Esposa, filhos, escravos, todos eram submissos às ordens do patriarca. As mulheres eram tratadas como objetos! Sem direitos e com muitos deveres! Sua função social era obediência ao pai e posteriormente ao marido. Os estudos eram limitados ao mínimo necessário para gerir o funcionamento do lar, como escrever, contar, cozinhar, bordar e cuidar dos filhos. Qualquer suspeita de desobediência ou atitude contrária à vontade do chefe da família era castigada com punições severas como surras e confinamentos dentro da casa grande. O filme não nos mostra a realidade das mulheres que não se casavam e por serem “livres” trabalhavam nas lavouras, tornavam-se lavadeiras, costureiras e até se prostituíam para aumentar o orçamento doméstico.

        A grande mão de obra desta época vinha dos índios. Que eram caçados e escravizados, tornando-se produtos de um negócio muito lucrativo. Detentores de grande conhecimento natural, eles atuavam de forma forçada nos engenhos e também dentro da casa grande, servindo seus senhores no serviço doméstico. Não bastando a perda de sua liberdade, os indígenas muitas vezes perdiam também seus filhos, que eram arrancados de seus braços por jesuítas, que tinham a missão de torná-los cristãos.

        No desenrolar da estória, Oribela conhece um mascate a quem recorre em umas de suas tentativas de fugir das mãos de seu marido. Ele a acolhe em sua casa e os dois acabam se envolvendo. A trama termina com um confronto entre o marido de Oribela e seu amante, que vem a ser morto. Após ter um filho, a jovem portuguesa sucumbe à posição frágil da mulher daquela época aceitando seu papel de esposa.

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