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Resenha do Filme "O Sol é para todos"

Por:   •  18/10/2020  •  Resenha  •  607 Palavras (3 Páginas)  •  537 Visualizações

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ALUNA: Joana Zacko Schmidt

TURMA: 3000

 ANO: 2020

PROFESSOR: Cesar Bessa

DISCIPLINA: Introdução ao Estudo do Direito

RESENHA: O Sol é para Todos

DIREÇÃO: Robert Mulligan

ANO DE PRODUÇÃO: 1962

O filme “O Sol é para Todos” é baseado na obra de mesmo nome, da autora Harper Lee. O livro foi escrito em 1960 e o filme dirigido em 1962, mas ambos continuam sendo considerados atemporais por tratarem de um dos temas mais discutidos ainda hoje: o racismo, já que ainda existe muita discriminação racial nas sociedades em gerais e, principalmente, na brasileira.

A história se passa em 1930, época em que os americanos ainda sentiam os efeitos da Grande Depressão de 1929, numa pequena cidade do Alabama, no sul dos EUA, chamada Maycomb, um vilarejo rural e humilde.

A localização nesse contexto é importante porque remonta as raízes do Sul do país, causa, ainda, da colonização inglesa. Enquanto no Norte houve o modelo do trabalho livre, no Sul prevaleceu o modelo das grandes propriedades de terra para plantio. Nesse modelo, ao contrário do Norte, assentou-se o uso do trabalho escravo, mais precisamente de escravos negros. A escravidão legal terminou com a vitória do Norte na Guerra Civil Americana, em 1865. Época em que começaram as segregações raciais, que são vistas no filme, já que o apartheid no estado do Alabama só terminou em 1964.

O enredo é guiado pelas memórias de Jean Louise de, na época, 6 anos, apelidada de Scout. A garota possui um irmão mais velho, Jem. Ambos são filhos de Atticus Finch, um homem bondoso, sério, justo e muito respeitado pela comunidade de Maycomb.

Em meio as brincadeiras infantis dos irmãos, o advogado e pai Atticus é nomeado advogado de defesa num caso extremamente delicado e complicado para a época: um negro que foi acusado injustamente por estupro de uma branca, com uso de violência, crime que poderia condená-lo à pena de morte.

A comunidade já havia dado o veredito de culpado antes mesmo de acontecer o tribunal do júri. Outro fato marcante no decorrer do filme é que por se posicionar em defesa do jovem acusado, uma “pessoa de cor”, como é falado no filme, referindo-se as pessoas negras, tanto Atticus quanto seus filhos começam a ser constantemente hostilizados e até mesmo ameaçados.

Scout e Jem assistem ao júri e torcem pela defesa do pai e torcem pela inocência do acusado. Apesar do empenho de Atticus, que acreditava fielmente em sua inocência, em escusar Tom Robson, a resistência social e o ódio ainda persistem durante o tribunal de júri, movidos pelo clamor público e pelo preconceito enraizado da região: o negro é sempre e necessariamente culpado. Tom é levado para a prisão novamente e, desacreditado da "justiça", tenta fugir, e no momento da fuga, no pular o muro é morto a tiros por guardas da penitenciária.

Outro aspecto jurídico da obra é a margem entre a falibilidade/injustiça do sistema judicial (da justiça humana) e a noção do que é a verdadeira justiça, com um apelo para o direito natural de igualdade. A absurdez no sistema judicial que julgou Tom é evidente, e a injustiça cometida por uma comunidade inteira contra um homem é algo que muda a interpretação das crianças acerca de todas as coisas, é um marco para a perda de inocência e aceitação da vida como ela é: injusta.

“Mas há um aspecto, neste país, em que os homens são criados iguais... há uma instituição humana para a qual um pobre é igual a um Rockefeller, um homem estúpido é igual ao Einstein e o ignorante é igual ao reitor de uma universidade. Meus senhores, esta instituição é um tribunal.” – Discurso de Atticus no julgamento de Tom.

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