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Resenha do filme A qualquer preço - debate ético

Por:   •  30/10/2019  •  Resenha  •  1.941 Palavras (8 Páginas)  •  2.097 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI- URCA

CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS- CESA

CURSO DE DIREITO

DISCIPLINA DE ÉTICA PROFISSIONAL

PROFº. PEDRO IVAN

RESENHA DO FILME “A QUALQUER PREÇO”

PALOMA ALCANTARA CRUZ

CRATO – CE

OUTUBRO DE 2019

RESENHA

Todo jurista ao longo de sua carreira se depara com inúmeros conflitos éticos na sua atuação.  O filme “A qualquer preço (A civil action)” traz um reflexo desses conflitos relatando um caso verídico com grande repercussão judicial, ocorrido na década de 80 no EUA. No  filme o advogado Jan, sua equipe e seu contador atuam no meio jurídico não com o intuito de vencer as causas, mas sim entrar em acordos que lhes rendessem grandes fins lucrativos. Porém, o Advogado Jan Schlichtmann,  recebe um caso de danos ambientais que, por consequência, estava influenciando na saúde de algumas pessoas. Por este motivo, ele apega-se com o caso, evidenciando um sentimento pela causa. Diante de tais problemas éticos, o rumo deste caso causa enormes influências para o escritório do Dr. Jan, entretanto, tomado por seus sentimentos, ele ignora todos os problemas visando à verdade no tribunal.

Por consequência, as despesas do escritório foram acumulando-se até chegar a um valor exorbitante que apenas 8 milhões de dólares seria o suficiente para quitar todas as dívidas. O escritório do mesmo chegou ao ato de hipotecar a residência de todos os componentes daquele local, visando à busca de dinheiro para continuar com o caso.

Além disso, no tocante à questão dos honorários, observa-se outra atitude prejudicial para o escritório de advocacia. Após terem perdido toda quantia relativa de dinheiro, o escritório aceitou a proposta de 8 milhões do Senhor Al Eustin, representante da empresa Grace, para quitar suas dívidas e repassar parte do valor para as famílias. Após isso, em reunião com as famílias do caso, o honorário que é firmado no valor de 40%, teve a sua porcentagem reduzida para 28%, um valor final de 2 milhões e 200 mil dólares, além disso, os gastos em todo o processo chegaram ao valor de incríveis 3 milhões e 500 mil dólares, evidenciando o total de gastos em apenas um caso.

Fazendo uma análise de todo o ocorrido, falhas éticas graves podem ser evidenciadas. O bem mais importante do advogado, além de seu nome público, é o seu tempo. O seu tempo é quem define suas qualidades, e, sendo você um excelente profissional, o valor que irá cobrar será alto em comparação com a média. Assim, o valor fixado deve ser o cobrado, por motivos expostos.

Entretanto, o Dr. Schlichtmann negocia uma quantia de honorário menor, desvalorizando todo o trabalho que seus colegas tiveram, dessa forma, prejudica ainda mais o escritório. Escolhas como essas foram sendo tomadas em todo o decorrer do filme, devido um sentimentalismo com a causa presente na pessoa do Dr. Jan Schlichtmann, sendo esta atitude contra o código de ética do advogado, dependendo do ponto de vista de cada um.

Jerome Facher (Robert Duvall) tenta de todas as formas entrar em um acordo com Schlichtmann, pra que o processo não dê continuidade. Ele o faz chantagem e a primeira proposta é cobrir todos os seus gastos. Quando ele vai a julgamento com o seu adversário, tenta difama-lo, dizendo que o mesmo só está interessado no dinheiro das mortes que ele pode ganhar. O plano antiético de Facher é fazer com que as famílias não prestem depoimento para não comover o júri, e ele usa de todas as suas artimanhas para esse feito. Como por exemplo, tentar comprar o advogado de acusação a todo instante.

Jan Schlichtmann (John Travolta) Ele trabalha em um escritório pequeno, com mais alguns advogados e inicialmente pega a causa pensando apenas no dinheiro que poderia receber. Após o decorrer do processo, são encontradas provas de que as empresas são culpadas e ele se sensibiliza com as famílias que perderam seus filhos, começando a trabalhar pensando no direito das vítimas.

Quando já não havia mais esperanças, acontece o improvável e o caso volta à tona. O advogado Jan Schlichtmann analisa com mais precisão o relato de um dos depoentes, e chega a uma conclusão que muda o final do processo. As empresas sempre foram culpadas por despejarem resíduos tóxicos no solo e na água da cidade, o que os torna inteiramente responsáveis pelas doenças e mortes causadas na população.

O que havia acontecido anteriormente foi a falta de ética, responsabilidade e ganancia por parte das empresas e seus representantes. Sendo descoberto que fatos foram omitidos durante o processo, o que gerou uma multa para as empresas e a obrigatoriedade de uma limpeza no local.  As famílias, enfim, foram justiçadas de alguma forma e tiveram seus direitos assegurados pela justiça.

O personagem James Gordon é o contador da empresa de advocacia e ela está sob seu comando. A princípio, quando o advogado Kevin Conway traz o caso para sua equipe todos rejeitam. James Gordon diz que o caso não é seguro do ponto de vista econômico e que seria necessária uma investigação médica para avançar no caso, e que eles não trabalham em casos do tipo. Posteriormente quando Jan percebe que o caso é “uma mina de ouro” ele resolve aceitar o caso e põe todos para trabalhar movidos a um ganho valioso futuramente, pois esse sempre foi o propósito da sua empresa, lucrar e não vencer o caso. Com a necessidade de contratar diversos profissionais para o caso eles acabam gastando muito dinheiro, o que leva a empresa a despedir empregados, vender objetos, empenhar suas casas para seguir com o caso. Gordon, que já tentou de todas formas aparentar o bem da empresa para conseguir seguir firme no caso, começa a se desesperar e então tudo culmina numa briga, pois Jan não aceita nenhum valor em dinheiro da outra parte para encerrar o caso, o isso irrita seus colegas, pois todos estão falidos. Quando o caso não se vê bem-sucedido eles desistem e levam até as famílias apenas um pouco de dinheiro e dizem que aquilo foi a única coisa possível de se conseguir, e então Gordon, Conway e Crowley deixam Schlichtmann para formar uma empresa apenas os três, pois observam que seus interesses agora colidem.

Kevin Conway é um dos advogados da empresa e é quem leva o caso para os outros pois acredito que ele ficou comovido com tantos acontecimentos infelizes com crianças e, que mesmo argumentando para ficarem com o caso ele não é aceito a princípio, pois claro, que como o caso não era visto como lucrativo para a empresa, não foi aceito. Depois quando o caso é aceito por todos eles começam a trabalhar para vencer a causa, mas que claro no final, com toda a carga que o caso trouxe, falindo e desmotivando a todos, eles se separam, apesar de o interesse inicial no caso ser de Conway.

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