Resenha Capitães da Areia

Capitães da Areia é uma obra criada por Jorge Amado em 1937, onde nesse período o país vivia na ditadura do Estado Novo, e devido a isso, sua obra foi perseguida e queimada no meio de uma praça pública em Salvador pelas autoridades da Ditadura.

Conta à história de um grupo de garotos órfãos, que devido o fato de não terem ninguém no mundo, se viram como podem e acabam fazendo assaltos e são vistos como marginais pelas pessoas. Liderados por Pedro Bala, vemos como é a vida de garotos abandonados, onde o amor e a compreensão dão lugar ao estereótipo de ladrões, um problema para a sociedade.

Na obra, observamos a inocência de crianças dando lugar a uma visão de mundo crescida e amadurecida, e além de observarmos a vida de garotos de rua no período da Ditadura, conseguimos entender a vida dessas pessoas nos dias de hoje.

Temos alguns personagens que se destacam na Obra, como Pedro Bala que é o líder desses garotos e que se diz defensor daquilo que julga ser correto, Dora que além de ser a única mulher do bando, assume diversos papéis femininos como o de mãe, e até mulher. E temos o Sem-Pernas, que mesmo sendo coxo e cheio de traumas, usa isso como sua proteção contra o mundo, fora outros garotos que constituem o bando.

Todos os personagens são bem estruturados no que se diz a respeito do abandono e vemos que infelizmente eles têm que cometerem delitos e furtos para terem condições de saúde e sustento, porém o motivo principal é para suprirem a falta do carinho materno e paterno que eles possuem.

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