Resenha do Filme o Poder e a Lei

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Colegiado do Curso de Direito

Disciplina: Leitura e Escrita de Textos Acadêmicos

Departamento de Estudos Linguísticos e Literários - DELL

Professora: Gerenice Oliveira Cortes

Aluno: Mateus Silva Santos

FURMAN, Brad. O poder e a lei. Titulo original “The Lincoln Lawyer”. Imagem Filmes. Estados Unidos da América. 2011. DVD. 118 min. 

Resenha crítica: O Poder e a Lei

          Michael Connelly (Filadélfia, 21 de julho de 1956) é um escritor norte-americano. Escreveu vários romances policiais, entre eles está o romance The Lincoln Lawyer, que em 2011 recebeu uma adaptação cinematográfica tendo como titulo: O poder e a Lei. A tradução literal seria: O advogado do Lincoln, que retrata o escritório do protagonista, o advogado criminalista: Mickey Haller, interpretado pelo ator Mathhew McConaughey.

          Um dia chega até Haller o caso do jovem rico Louis Roulet acusado de tentar matar uma prostituta, Haller pega o caso achando que será um caso fácil e rápido e que lhe proporcionará um bom dinheiro, contudo o que antes parecia ser algo fácil torna-se uma dor de cabeça, ele começa a descobrir que seu cliente está mentindo para ele o que pode acarretar a perda da causa, e se torna ainda pior quando Haller descobre que esse acontecimento tem relação com um antigo caso seu. Assim Haller vive num dilema, continuar defendendo alguém que ele não confia, ao mesmo tempo em que tenta concertar seu erro do passado.

          Um dos pontos fortes do filme é a personalidade do protagonista. Ela é intrigante e contraditória, o que aproxima o personagem do público, Haller atende seus clientes em seu carro Lincoln, este que é um ponto original na obra, porque diferente de outros filmes que possuem grandes escritórios, Haller atende no banco de trás de seu carro sempre em movimento, que realça a sua busca rápida por dinheiro.

          O protagonista também é um anti-herói ao mesmo tempo em que ele é retratado como um homem sagaz, elegante e bem articulado e que defende pessoas consideradas escória pela sociedade - latinos, prostitutas, membros de gangues - permitindo que eles tenham uma voz para defendê-los. Algumas de suas atitudes levam o espectador a duvidar de seu caráter, como exemplo, inventando custos com especialistas, subornando pessoas e atrasando casos somente porque seus clientes não o pagaram.

           Não obstante, a busca pelo dinheiro não é uma exclusividade de Haller, o filme retrata outros personagens que desviam da legalidade, por exemplo, oficiais de justiça que são mais propensos a realizarem alguns serviços quando recebem “agrados” ou promotores que passam por cima de princípios e na menor relação do réu ao fato buscam sua condenação a todo custo.

          Um dos aspectos mais abordados no filme é o código de ética do advogado, o sigilo cliente-advogado, torna-se  peça fundamental na trama, com o decorrer do filme Haller descobre que seu cliente Louis Roulet é o verdadeiro culpado do assassinato de uma prostituta, este fato culminou na condenação de um cliente antigo seu: James Martinez, porém Haller não pode contar ou indiciar Louis por ele ser seu cliente, caso o denunciasse poderia até  mesmo perder o direito de advogar.

          Isto mostra como esse sigilo é importante e como ele afeta a advocacia. Mesmo o advogado sabendo que seu cliente foi autor de outro crime não poderá denunciá-lo por estas informações serem confidencias. Assim, deixando para reflexão tema importante para aqueles que querem seguir a área de advocacia se o sigilo cliente-advogado tem que ser cumprido de forma absoluta.

          Outro aspecto importante abordado no filme foi os preconceitos existentes com as pessoas que vão ao julgamento, o advogado Haller sempre tratou seus clientes como culpados, porém ao pegar o caso de Louis que era um jovem de família rica, ele acreditou que o jovem era inocente acreditando que Louis não teria motivo para tentar matar a jovem.

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