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A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NA PÓS-MODERNIDADE

Por:   •  12/8/2015  •  Artigo  •  1.919 Palavras (8 Páginas)  •  425 Visualizações

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WELLINGTON COSTA DE OLIVEIRA

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NA PÓS-MODERNIDADE

Diamantina

2013


WELLINGTON COSTA DE OLIVEIRA

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NA PÓS-MODERNIDADE

Trabalho individual apresentado ao curso de Mestrado Profissional Interdisciplinar em Ciências Humanas da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), campus de Diamantina-MG, como requisito parcial para avaliação na disciplina “Cultura e Práticas Culturais”, sob responsabilidade do Prof.º Dr.º André Luís Lopes Borges de Mattos.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Adna de Paula Candido.

Diamantina

2013


A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NA PÓS-MODERNIDADE

Wellington Costa de Oliveira

RESUMO: Este artigo apresenta uma interpretação da construção da identidade na pós-modernidade. Busca-se estabelecer uma trajetória teórica apoiada no diálogo com diversos pensadores, tais como: Hall, Todorov, Giddens, Geertz, Bauman, Domingues. Pensar em identidade nos dias atuais e um convite a busca e reflexão sobre o que significa identidade. Os referenciais que serviam como ancoradouro para a identidade na pós-modernidade estão abalados. O indivíduo encontra-se fragmentado e descentrado segundo Hall. Em Todorov, vê-se que o indivíduo possuí diversas culturas é pluricultural. Domingues vai expor o caminho histórico do homem até a noção de indivíduo e por fim Geertz irá trabalhar a noção de cultura para esse indivíduo. Tem-se como objetivo problematizar essa identidade para assim levantar questões que possam motivar uma busca posterior sobre a identidade.

PALAVRAS-CHAVE: Identidade, cultura, história, sociedade.

ABSTRACT: This paper presents an interpretation of the construction of identity in postmodernity. Seeks to establish a theoretical path supported in dialogue with many thinkers, such as Hall, Todorov, Giddens, Geertz, Bauman, Domingues. Think of identity nowadays and an invitation to search and reflection on what it means identity. The benchmarks that served as a safe harbor for identity in postmodernity are shaken. The individual is fragmented and decentered according to Hall. In Todorov, one sees that the individual possess diverse cultures is multicultural. Domingues will expose the historical path of man to the notion of the individual and ultimately Geertz will work the notion of culture to that individual. Has aimed to problematize this identity thus raising issues that might motivate a subsequent search of the identity.

KEYWORDS: Identity, culture, history, society.

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por objetivo apresentar uma problematização sobre a questão da construção identidade na pós-modernidade. Segundo Hall (2006), o conceito de identidade é um conceito presente nas discussões das teorias sociais. Essas teorias demonstram que as velhas identidades que estabilizavam o mundo social cedem espaço a novas identidades: “as velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declino, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado” (HALL, 2006, p.7). Essas novas identidades trazem em seu cerne a fragmentação do indivíduo moderno. Essa fragmentação proporciona uma mudança na estrutura social. Porém, para se chegar ao indivíduo moderno de Hall, Torna-se necessário estabelecer um diálogo com outros pensadores. Domingues (1999) em sua obra O grau zero do conhecimento: o problema da fundamentação das Ciências humanas, dialoga com Foucault e lembra que ele:

“Ao construir sua arqueologia das ciências humanas, nos sugere que o homem é um problema recente na trajetória da cultura e como tal destinado a desaparecer do espaço de nossa Episteme, como rosto na areia com o refluxo da maré” (DOMINGUES, 1999, p.15).

 

Segundo Domingues, “há quatro idades na arqueologia das ciências humanas que nem o homem e a Episteme são os mesmos” (DOMINGUES, 1999, p.15). Essas idades fornecem uma trajetória estruturante da concepção de homem. O homem da Idade Cosmológica é pensado a partir do cosmos. A alma é entendida como: “cósmica e vai buscar através do espírito e do movimento uma explicação para physys. Temos a antropologia do homem interior personificada na máxima socrática conhece-te a ti mesmo” (DOMINGUES, 1999, p.15). Na Idade Teológica, pensa-se o homem a partir da problemática dos desígnios da providência divina. Nesse período, “o homem está envolto no mistério da criação e da teologia do pecado. Observar-se aqui uma antropologia do homem pecaminoso herdado da filosofia agostiniana” (DOMINGUES, 1999, p.16). Dando continuidade Domingues, propõe a Idade Mecânica, nessa idade “o homem adquire autonomia e é interrogado a partir dele mesmo e de seus dispositivos mecânicos que no fundo de seu ser regulam suas relações entre o “eu” e o mundo” (DOMINGUES, 1999, p.16). Temos aqui a figura do grande relojoeiro que é Deus, esse relojoeiro constrói o homem com seus mecanismos capazes de se mover. Essa concepção da origem à antropologia do homem máquina presente na filosofia de Descartes. Por fim, propõe a Idade Histórica, nesse momento temos “o descentramento do homem e sua dissolução na natureza humana, nas positividades da história e da cultura num período da idade moderna aos nossos dias. Nessa idade teremos modos do ser: do indivíduo em Freud; da sociedade em Marx; da língua em Bopp, etc., nasce à antropologia do homem histórico que nos reenvia Kant” (DOMINGUES, 1999, p.16).

Nota-se que a partir dessa idade surge o conceito de indivíduo. Em Hall, encontra-se o indivíduo fragmentado. Faz-se necessário buscar os fatores que fragmentaram esse indivíduo. Nesse sentido abre-se um diálogo com Geertz (2008), na tentativa de compreensão do conceito de cultura. Geertz ao definir o conceito de cultura diz:

"o conceito de cultura que eu defendo (...) é essencialmente semiótico. Acreditando, como Max Weber, que o homem é um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu, assumo a cultura como sendo essas teias e a sua análise; portanto, não como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa, à procura do significado". (GEERTZ, 2008, p.04).

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