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Resenha Modulo I “Puritanismo, pietismo e ciência”

Por:   •  6/3/2016  •  Resenha  •  1.051 Palavras (5 Páginas)  •  1.715 Visualizações

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Universidade Federal do ABC

Resenha Modulo I “Puritanismo, pietismo e ciência”

Disciplina: Ciência Tecnologia e Sociedade

São Bernardo do Campo

2015

“Puritanismo,pietismo e ciência”

RESENHA

  1. Ideia Principal do Autor

Merton no primeiro capítulo de seu livro Ensaios de sociologia da ciência ,  inicia uma discussão em torno da relação, principalmente do século XVII, entre ciência e religião, afirma que  neste século a reforma protestaste teria fornecido um ambiente propício ao desenvolvimento da ciência. Em sua argumentação  as principais religiões citadas são o puritanismo na Inglaterra os  e o pietismo, principalmente,  na Alemanha.

O sociólogo nos conduz a uma perspectiva weberiana, na medida que levanta a hipótese de que a as doutrinas e condutas ascéticas dos protestantes da época,as quais pregavam a busca pela salvação individual, acarretavam em uma mudança comportamental e intelectual no indivíduo, esta importante mudança favorece ao desenvolvimento da ciência uma vez que suas novas atitudes vão coincidir com o comportamento de um cientista,  haja vista que tais condutas não existiam nos ensinamentos da igreja católica, Merlin conclui que há uma relação entre o surgimento do protestantimo com o desenvolvimento da ciência.

  1. Ideias secundárias

1- O sociólogo Inicia a discussão convencendo que  religião e ciência podem ser atreladas, derrubando a ideia que se tem neste século de que as duas instituições necessariamente são totalmente opostas. Relata que no surgimento das ciências naturais, querer entender como a natureza fucionava ,era sinônimo de entender como Deus criou todas as coisas e ver o quanto este era perfeito, e assim poder glorifica-lo.

2- Afirma que a principal diferença entre os católicos e protestantes , é a criação do conceito da salvação individual, associado a concepção do mérito ou predestinação, ou seja, o fiel não poderia pagar por esta salvação ,o que era pregado até então pela igreja católica. Este fato tem relevância pois como os crentes no protestantismo querem obter o privilégio da salvação eles, quer seja para demostrar que são predestinados ou que merecem, levam uma vida regrada e de abdicações. Devido a este fato o puritanismo e pietismo  demandam  trabalho metódico, sistemático e diligencia contante , o que acontece também  na ciência, sendo assim a  maioria dos cientistas acabam por serem protestantese não católicos, por exemplo, no caso da Royal Society ( academia de cientista, ode eram realizados os experimentos e observações reais) a maioria dos seus integrantes eram puritanos, a diretora Dorothy Stimson, aponta que dos 10 homens que constituíam a academia citada  em 1645 apenas 1 não era puritano, e nesta época uma minoria na Inglaterra era puritana, mesmo assim 62 por cento dos membros iniciais da sociedade eram puritanos.

3-Merton, no início do capítulo menciona somente o puritanismo, inclui o pietismo na discussão  somente quando propõe que como os valores dos dois movimentos são quase idênticos portanto se a hipótese de associação entre o puritanismo e o interesse na ciência e na tecnologia for valida, esperar-se-ia encontrar a mesma correlação entre os pietistas. O que realmente é observado

4- Os Puritanos influenciaram também na educação científica, pois acreditavam no utilitarismo, empirismo e realismo, o que revoluciona o modo formal e de pouco raciocínio do ensino da época, favorecendo o estudo das ciências e tecnologias. Porém a maioria da Universidades continuavam a valorizar a forma de estudo clássico, interpretação dos textos canônico. Os puritanos e pietistas não contentes com estas instiuições, criam as academias, local onde eram realizados os experimentos e observações reais, o que foi muito favorável para a produção científica da época. Merton faz o uso de tabeladas, demostrando como há uma divisão marcante entre os frequentadores de escolas e universidades que prezam os valores clássicos e os que aderiram a nova forma de educação. Uma vez que os católicos estudavam nos locais de ensino clássico  possibilitando sua formação em teologia ou  bacharelados, por outro lado os protestantes buscavam o conhecimento científico, sempre tendo maior representatividade em locais que prezam a racionalidade e o conhecimento através da experiência.

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