Resumo de Fundamentos

É a partir da década de 60 (conhecida como “Década do Desenvolvimento”) que o Serviço Social adquire, verdadeiramente, o caráter desenvolvimentista. Nesse período, o desenvolvimento não se restringe apenas ao crescimento, mas também está atrelado a mudança. Durante um Congresso, realizado em 1961, é afirmado a importância do Serviço Social nesse processo. A intenção principal era que o homem participasse da resolução de seus próprios problemas, então o Serviço Social entra como um agente democrático, possibilitando essa interação do indivíduo nas decisões. O Serviço Social também era encarregado a desempenhar um papel relevante no que diz respeito ao desenvolvimento nacional da época, pois era nisso que eles (assistentes) poderiam colocar em prática sua capacidade profissional.

Assim, é possível perceber que o Serviço Social trabalhava em função dos problemas existentes na sociedade, portanto, tinham como objetivo estabelecer uma sociedade harmônica. Com isso, era função do Assistente Social inserir indivíduos dispersos nessa sociedade, porém, estes não conseguiam visualizar alguns antagonismos existentes na época. Em meados dos anos 60 a 64, o Serviço Social seguiu atrelado a comunidade, tendo como característica uma visão acrítica e assumindo uma postura reformista. Nesse sentido, a partir de então, era possível perceber as contradições antes não enxergadas na sociedade.

Como sabemos, o Serviço Social foi fundamentado em bases burguesas ligada à Igreja, tendo como objetivo ajudar pessoas (principalmente após os prejuízos causados com a Grande Guerra). A partir disso, o Serviço Social irá intervir no desenvolvimento das comunidades de modo que efetue harmonia entre as classes, como já citado antes, e isso poderá ser feito por meio de uma “reeducação” das camadas mais pobres. Essa medida, tendo um caráter conservador, não resolve os problemas atuantes na sociedade e sim, amenizam, aspirando a implantação de um sistema capitalista, tendo em vista “revogar” essa visão de maior receptividade ao comunismo existente em meio dos pobres.

Por fim, o Desenvolvimento de Comunidades se sustenta em um conceito de progresso. Sua relação com o Serviço Social fica clara ao perceber que este era um fator responsável ao se inserir nesse contexto, com objetivo de “tratar” a sociedade. O desenvolvimento, em suma, consiste na ajuda dada pelos países desenvolvidos (juntamente com a ONU) aos países subdesenvolvidos, visando a independência dos mesmos. Assim, o Serviço Social, ao submeter o homem a essa integração social, muda seu caráter, antes voltado a acomodação, exposta na teoria, passando a ter uma particularidade crítica.

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