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Resenha : Artesania fotográfica – a construção e desconstrução de imagens

Por:   •  17/2/2018  •  Resenha  •  1.092 Palavras (5 Páginas)  •  227 Visualizações

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Comunicação Social – Relações Públicas

Adrianne Leonor Pereira dos Santos da Silva

Resenha sobre a visita à exposição:

Artesania fotográfica – a construção e desconstrução de imagens.

Ailton Silva. Cris Bierrenbach. Francisco Moreira da Costa. Mauro Faingueiernt. Ricardo Hantzschel. Roger Sassaki. Tiago Moraes. Regina Alvarez.

No dia 12 de setembro de 2017, a turma de alunos do 2º período do curso de Relações Públicas e Jornalismo, juntamente com o professor Fernando Gonçalves, realizou uma visita técnica ao Espaço Cultural BNDES, onde acontece a exposição “Artesania Fotográfica – a construção e desconstrução de imagens”.

Em meio a tanta tecnologia em nossa volta, a captação de lembranças feita em fração de segundos, a era de “selfies” descontrolados em redes sociais e, filtros prontos em aplicativos de smartphones, como tem se no famoso “instagram”.  A mostra “Artesania Fotográfica” apresenta um olhar contemporâneo de fotógrafos que resolveram se aventurar nas técnicas antigas de produção fotográfica. A exposição foi aberta em homenagem a fotógrafa Regina Alvarez [1948-2007], foi a pioneira na retomada do uso de técnicas alternativas de produção e impressão de fotografia no Brasil nos anos 1970, e teve um espaço com apresentação de documentos, anotações pessoais e trabalhos de sua autoria.

O espaço disponibilizou duas monitoras para realização da visita guiada para a nossa turma. Natália e Livia se apresentaram e explicaram cada obra e cada técnica antiga da fotografia utilizados pelos fotógrafos que ousaram em retornar com esses processos, incrementando em suas fotografias o passado no presente e/ou o presente no passado. Foram, especificamente, 7 técnicas de produção fotográfica do século XIX retomados para o século XXI para esta exposição.

A primeira obra que nos foi apresentada trata-se da releitura da Daguerreotipia pelo fotógrafo Francisco Moreira da Costa, que foi a primeira técnica de produção fotográfica descoberta pelo francês Louis Jacque Daguerre, em 1839. A técnica era feita sobre uma placa de cobre recoberta por uma fina camada de prata exposta em processos químicos. Pelas obras daguerreotipa exposta no espaço, percebe-se o efeito espelhado, metalizado da obra, trazendo a ideia de que ter uma fotografia daguerreotipa em casa era sinônimo de riqueza na época. O Francisco fez sua releitura, não são feitas as técnicas daguerreotipa, mas é feito em papel metalizado que se assemelha ao efeito daguerreotipo, as fotos são digitais e ele imprime em jato de tinta fazendo um jogo de leitura das obras entre a obra daguerreotipa e a obra contemporânea de Francisco inspirada a técnica.

O processo seguinte ao Daguerreotipo, é a técnica Ambrotipo quando a imagem é formada sobre uma placa de vidro que foi descoberta em 1850. O fotográfo Roger Sassaki traz de volta essa técnica, mostrando marcas durante o processo de revelação da foto. “A busca da perfeição” que levava muitos fotógrafos nos séculos passados, a repetirem muitas vezes, o processo para revelar a foto para que a fotografia surgisse perfeitamente, já a releitura de Roger Sassaki deixa em evidencia as interferências durante a produção da foto, enfatizando e trazendo esse “erro” para dentro do seu conceito moderno. Leva ao estranhamento quando as fotografias são pretas e brancas com algumas marcas e interferências, no entanto as imagens são contemporâneas (o corte de cabelo, as roupas, tipo de olhar), ocorrendo um “choque de tempos”.

Já a técnica Calótipo, se dá através de processos químicos, que precisa estar úmido em todo o processo, que origina o negativo em papel, na qual, a imagem pode ser positivada em diversos processos como o papel salgado ou albuminado. Em sua obra na exposição, o Roger Sassaki aproveita para positivar o calótipo em papel salgado, em sua fotografia percebe-se o contraste entre a foto revelada em negativo (técnica em calótipo) e a foto positivada em papel salgado, entre os tons do negativo e positivo.

Em seguida, técnica apresentada foi da Cianotipia, a técnica é feita através de processos químicos, inclusive sais de ferro para criar imagens com colorações de tons azuis. Pudemos observar as obras do Tiago Moraes, que é feito colagens de frames para montar uma imagem como um todo, estas são impressas em cianotipia usando negativos criados digitalmente. A fotógrafa Cris Bierrenbach, também utiliza esta técnica da Cianotipia na obra Only the lonely sobre o papel manteiga, é revelada diversas fotos de apenas uma nuvem sob o céu azul, com essas fotos, ela faz uma colagem dessas fotos, utilizando a cianotipia. A obra nos passa a sensação de leveza e paz só de olharmos o céu cianotipo entre as nuvens.

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