Resenha do Filme A Vila

Resenha: A Vila

Bruno Assef de Vitto

O filme A Vila, dirigido, escrito e produzido por M. Night Shyamalan, 108 minutos, e com 308.000 pessoas nas salas brasileiras de cinema no primeiro final-de-semana, prova, mais uma vez, que o diretor indiano sabe dirigir um filme – pelo menos desse gênero –, combinando grandes nomes cinematográficos e eventos assustadores.

Em seu quarto longa como diretor, Shyamalan (de Sinais) explora, do próprio ponto de vista, o 'medo profundo e real', com cenas carregadas de suspense e com muito pouco uso de efeitos especiais. A verdade é que, novamente, o thriller leva a marca 'Shyamalan' legítima: suspense, reviravoltas e o tão esperado final inesperado.

Será que o diretor de 'O Sexto Sentido' é o sucessor de Hitchcock? Talvez Shyamalan seja um diretores mais bem detalhistas dos tempos atuais e que ainda sabe fazer bons filmes, com bom conteúdo e de boa qualidade. Se for o caso, ele faz parte dos poucos, bem poucos diretores com uma visão enorme de cinema, apresentando um leque grande de situações em cima de pessoas extremamente diferentes, mas com muito em comum.

O que não se pode esquecer são os nomes dos atores que fazem parte do elenco dessa nova trama. Nomes como Joaquim Phoenix, de Gladiador, William Hurt, de A.I. Inteligência Artificial, Adrien Brody, de O Pianista, e Sigourney Weaver, de Alien, compõem o elenco do longa metragem. A atriz Bryce Dallas Howard, filha do diretor cinematográfico Ron Howard, de Uma mente Brilhante, fez pequenas pontas em alguns filmes, como Apollo 13 – do Desastre ao Triunfo e O Grinch, mas só foi realmente notada quando protagonizou a jovem cega em A Vila, e demonstrou que não precisa do pai para mostrar que possui talento para atuar. Curiosamente, a trilha sonora e a música do filme, como de todos os filmes de Shyamalan, ficam por conta de James Newton Howard, indicado ao Oscar 1.993 por Melhor Trilha Sonora pelo filme O Fugitivo, clássicas para filmes de suspense e clima de mistério.

A história de A Vila se passa no século XIX, mais precisamente em 1.897, e gira em torno de um idílico vilarejo no condado de Covington, no interior da Pennsylvania, com aproximadamente 60 pessoas. Durante muitos anos, os moradores da vila, que fica afastada da cidade e é circundada por um bosque, vivem harmoniosamente com míticas criaturas que habitam a floresta. Na realidade, os seres ocultos, conhecidos, carinhosamente, como Aquelas-de-Quem-Não-Falamos, e os habitantes da vila possuem um pacto fatal: os moradores estão proibidos de ultrapassar as fronteiras do local, adentrando no bosque. Feito isso, os 'monstros' também não precisarão entrar no vilarejo e machucar as pessoas.

Após a morte de uma das crianças do lugar, vitimada por infecção, Lucius Hunt (Phoenix), um rapaz corajoso, filho de um dos dirigentes da vila, Alice Hunt (Weaver), propõe aos conselheiros do lugarejo a ir ele mesmo até a cidade com a finalidade de somente buscar medicamentos.

O problema começa a partir daí, quando, antes mesmo de se obter uma resposta sobre viajar ou não para a cidade, as criaturas, misteriosamente, 'quebram' o pacto e começam a invadir a vila.

Um outro ponto explorado no filme é o triângulo amoroso entre Hunt, o deficiente mental Noah Percy (Brody) e Ivy

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