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Resenha critica rene descartes

Por:   •  24/5/2016  •  Resenha  •  2.605 Palavras (11 Páginas)  •  1.828 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

 DESCARTES, René. Discurso do Método; para bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências. Tradução J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Coleção Os Pensadores).

 1 APRESENTAÇÃO DO AUTOR.

        René Descartes nasceu no dia 31 de março de 1596 em La Haye uma antiga província de Touraine, sua mãe, Jeanne Brochard faleceu antes que Descartes completasse um ano de idade, sua mãe teve tuberculose. Seu pai era Joachim Descartes advogado e Juiz, com o título de escudeiro, primeiro grau de nobreza. René Descartes estudou no colégio Jesuíta Royal Henry – Le Grand, que na época era o colégio mais prestigiado na França que tinha o objetivo de treinar as mentes brilhantes. Em 1616 René Descartes prosseguiu seus estudos se formando em direito pela Universidade de Poitiers,  Descartes nunca exerceu o direito e dois anos depois foi para a Holanda e se alistou no exército do príncipe Maurício de Nassau, na mesma época começou suas descobertas matemáticas e começa a formular a geometria analítica e seu método de raciocinar corretamente. Rompeu com a filosofia Aristotélica e propõe uma ciência unitária e universal começando a base do método científico moderno. Descartes é considerado o pai da modernidade, é um pensador da clareza, luminosidade e da certeza, voltado para a razão e para verdade ele criou a base da filosofia da subjetividade, a base das discursões racionalistas, esta na base da nova ciência e da ciência mecanicista. Descartes morreu em 11 de fevereiro de 1650 de pneumonia na cidade de Estocolmo e sua principal obra foi o discurso do método.

2 RESUMO DA OBRA

        O Discurso do Método é um livro onde Descartes reflete sobre uma nova maneira de ver a ciência, ele desenvolveu um sistema quase matemático para conduzir o pensamento humano através da razão. Descartes divide sua obra em seis partes, tentando assim mostrar seu discurso de forma clara para que as pessoas entendam o caminho que Descartes fez para conseguir obter a verdade, o conhecimento verdadeiro, “Assim, o meu desígnio não é ensinar aqui o método que cada qual deve seguir para conduzir a razão, mas apenas mostrar de que maneira me esforcei por conduzir a minha.” (DESCARTES, 1979, p.4) mostrando assim que esse método não é um método que todos devem seguir e sim o método que ele seguiu para a busca da verdade.  A primeira parte são considerações que Descartes faz sobre as ciências. Descartes diz como a razão é importante para o homem, onde todos os homens possuem razão e cabe cada um utiliza-la, “ O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa não costumam desejar tê-lo mais do que o têm.” (DESCARTES, 1979, p.3). Nessa primeira parte Descartes critica o colégio e os professores onde diz que as dúvidas do colégio faziam que ele não se contentasse com aquela verdade, que para ele a verdade não deixaria dúvidas, sendo assim o que ele aprendeu não era totalmente verdade, como fala Descartes (1979, p. 4):

Mas, logo que terminei esse curso de estudos, ao cabo do qual se costuma ser recebido na classe dos doutos, mudei inteiramente de opinião. Pois me achava enleado em tantas dúvidas e erros, que me parecia não haver obtido outro proveito, procurando instruir-me, senão o de ter descoberto cada vez mais minha ignorância.  

        

Essas suas críticas eram com quase todas as ciências que havia estudado no colégio, onde percebeu que apenas algumas dessas ciências que levava a Descartes a obter algumas verdades, aumentando gradualmente seu conhecimento, algumas dessas ciências era a matemática e a filosofia, Descartes critica a teologia por mostrar algo que não condizia com a realidade e sendo a verdade de Deus sendo algo divino estava acima da inteligência dele e que ele não entenderia senão recebesse uma ajuda do céu.

Eu reverenciava a nossa teologia e pretendia, como qualquer outro, ganhar o céu; mas, tendo aprendido, como uma coisa muito segura, que seu caminho não está menos aberto aos ignorantes do que aos mais doutos e que as verdades reveladas que para lá conduzem estão acima de nossa inteligência, não me ousaria submetê-las à fraqueza de meus raciocínios, e pensava que, para empreender seu exame e lograr êxito, era necessário ter alguma extraordinária assistência do céu e ser mais do que homem. (DESCARTES, 1979, p. 7).

        Descartes achava que para se obter a verdade era necessário ter experiências na convivência com as pessoas de seu lugar no entanto ele limitava-se a considerar os costumes dos outros homens mas poucos o satisfazia pois nele existiam tanta diversidades como já tinha sido notados anteriormente por outros filósofos, mesmo assim tirou proveito das experiência da convivência com as pessoas que embora para ele parecia extravagantes e ridículas era aprovadas por outros grandes povos  mas que isso não deixava  utilizar a razão nos seus pensamentos, Descartes deixa bem claro isso,  “aprendi a não crer demasiado firmemente em nada do que me fora inculcado só pelo exemplo e pelo costume; e, assim, pouco a pouco, livrei-me de muitos erros que podem ofuscar a nossa luz natural e nos tornar menos capazes de ouvir a razão.” (DESCARTES, 1979, p. 8).

        A segunda parte da obra Descartes fala sobre as principais regras do método, Descartes deixa claro a desconfiança em tudo que se foi imposto em seu aprendizado, antes de ter em mente que seria necessário utilizar a razão, a sua razão intemporal onde ele em relação as opiniões que antes ele admitia agora era melhor rejeita-las mesmo que depois ele venha admiti-las novamente mas assim utilizando da razão para provar sua verdade, Descartes dizia que uma obra feita apenas por um homem era melhor de que uma obra feita por vários homens, pelo fato de ter um caminho lógico e não várias correntes de pensamento, ele fala que se nós quando criança se tivéssemos apenas um tutor nossos juízos seriam puros e sólidos mas desde o nascimento tivemos opiniões de várias pessoas que frequentemente divergia uma das outras nos seus conselhos que nos tornamos com esse pensamento com grandes divergências.

E assim pensei que a ciência dos livros, ao menos aquelas cujas  razões são apenas prováveis e que não apresentam quaisquer demonstrações, pois se compuseram e avolumaram pouco a pouco com opiniões de mui diversas pessoas, não se acham, de modo algum, tão próximas da verdade quantos os simples raciocínios que um homem de bom senso pode fazer naturalmente com respeito às coisas que se lhe apresentam. (DESCARTES, 1979, p. 9).

        Descartes criou essas regras para seu método para que sua epistemologia fosse isento de defeitos, criando assim quatro regras para utilizar no seu método:

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