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A Escola dos Analles - Resenha

Por:   •  29/9/2016  •  Resenha  •  674 Palavras (3 Páginas)  •  385 Visualizações

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Com o intuito de criar uma história social e econômica em detrimento do político, Lucien Febvre e Marc Bloch criaram um movimento historiográfico, que procurou aproximar a história das outras ciências humanas. Se opondo diretamente a produção historiográfica predominante no século XIX, indo além da visão positivista da história como crônica de 3de longa duração com finalidade de permitir maior e melhor compreensão das civilizações das mentalidades, esses historiadores irá propor uma nova forma de história, apresentando todos os aspectos possíveis da vida humana ligada à análise das estruturas, edificando o novo olhar sobre o conhecimento e o ofício do historiador.

Marc Bloch e Lucien Febvre estabelecem um relacionamento de amizade, e dialogam com a geografia, a psicologia, a sociologia dentre outras disciplinas, fundam a revistam Les Annales d’Histoire Économique et Social, que marca o início da primeira geração dos Annales, cujo editorial do primeiro número expõe dois objetivos, primeiro, eliminar o espírito de especialidade, promover a pluridisciplinaridade, favorecer a união das ciências humanas, e segundo, passar da fase dos debates teóricos para a fase das realizações concretas, nomeadamente inquérito coletivos no terreno da história. A revista revolucionou na renovação do método de investigação histórica, publicando também o conceito de uma história total, que fosse trabalhada com base numa problemática e que fizesse uso da interdisciplinaridade para se chegar ao conhecimento histórico.

Lucien Febvre não imagina a história como o registro de acontecimentos sequenciais apenas por meio de documentos escritos, mas enfatiza a utilização de documentos não escritos, como vestígios arqueológicos, para a reconstituição do passado reunindo um quadro de disciplinas convergentes. L. Febvre aconselha evidenciar as relações sociais, por um lado, e por outro, mudar a ordem da hierarquia indo do econômico para o político e não o contrário. Em seguida ele traça um aspecto de outra história, a dos Annales, que diverge da tradicional escola metódica enraizada nos grandes homens e fatos e que dessa forma colocava à margem muitos perfis das experiências humanas, contudo para a história nova, toda vivência humana é carregada de uma história, a partir disto os Annales formaram um sentido de história total, que aborde todos os aspectos da realidade humana.

Marc Bloch também arroga sobre buscar outros materiais interdisciplinares e a não utilizar apenas documentos escritos para a construção do conhecimento histórico. Além disso, ele tenta buscar novos domínios, orientando-se para a análise dos fatos econômicos, alargando o campo da história para outras direções.

Em seguida M. Bloch destaca contribui com algumas instruções, consideravelmente necessárias, para o ofício do historiador. Ele afirma que para ser um legítimo profissional é preciso ter o conhecimento das outras ciências vizinhas, que o historiador deve eximir-se de seus preconceitos, sentimentos e referências intelectuais.

Com a morte dos maiores representantes da primeira geração, Bloch e em seguida Febvre, Fernand Braudel passa a ser o sucessor e diretor efetivo dos Annales. Sua oferta inicial é de renovação, consequência de conflitos internos, ocorridos no período pós-morte de Febvre, sendo assim, ele convoca jovens historiadores como Jacques

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