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Mafalda: E sua mãe (Raquel). O papel da Mulher nos Anos 60

Por:   •  10/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  680 Palavras (3 Páginas)  •  167 Visualizações

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Jayne Zanon Martins

Mafalda: E sua mãe (Raquel). O papel da Mulher nos Anos 60

A mulher dos anos 60 representa a dona de casa que cuida de seus filhos, e espera o marido chegar do trabalho. Porém uma série de fatores da década começa a mudar essa ideia retrógrada, como o movimento feminista que volta a ter força nos anos 60.

Os primeiros movimentos a favor da mulher começa com a revolução francesa, no qual mulheres lutavam ao lado dos homens. O que vai proporcionar no final do século XVIII, uma Declaração dos Direitos da Mulher por Olympe de Gouges, mas que não vai ser aprovada.

“No início da década de 1960, quando o mundo vivenciava o que Eric Hobsbawn chamou de a “era de ouro” do século (marcada por invenções tecnológicas e novas descobertas científicas)” (http://causasperdidas.literatortura.com/2013/10/27/a-trajetoriadomovimento-feminista-e-suas-lutas-frente-aos-dilemas-do-seculo-xxi/)

Essas novas descobertas vão proporcionar uma maior representatividade da mulher perante a sociedade, encima de questões como o método contraceptivo, crescimento da mulher no mercado de trabalho e a corporeidade. A mini saia, decotes e transparências escandalizaram a década de 60, mas deram força ao movimento em um contexto de contestação.

A década de 60 se destaca, pois não era apenas em um país isolado que o movimento feminista ganhava força, mas por todo o globo.

Atualmente o movimento feminista está subdividido em grupos, como católicas, negras, lésbicas entre outros. Porém ainda se constitui uma sociedade machista, no qual o governo precisa criar programas de integração social.

Perante a isso Quino vai retratar uma crítica sobre o papel da mulher, através de Mafalda uma menina de 6 anos com sua mãe Raquel, que era dona de casa. Quino expõem suas ideias em tirinhas com Mafalda em perguntas aparentemente inocente como, “Mãe o que você queria ser se vivesse?”.

Quino crítica a sociedade burguesa argentina, mas pelo fato da ampliação da massa de trabalhadores pela migração do campo para a cidade, pois ocorreu em plena década de 60 transformações profundas.

“Não é por acidente que o autor escolhe uma personagem feminina para representar as inquietações de uma geração que luta por mudanças e consequentemente não o é também a semelhança de comportamento entre Susanita e a mãe de Mafalda que seguem o modelo cultural conservador, comum nesse período.” (Ávila. 2009. Pg.52)

Assim Mafalda vai considerar sua mãe medíocre, por lagar a faculdade e escolher cuidar da casa e filhos. A ideia de Mafalda é aprender a ler e entender o mundo, por isso ser dona de casa é desvalorizado pela personagem.

Galeano e Ramírez questiona a personagem Raquel que representa uma sociedade burguesa, em que ser dona de casa é privilegiada por leis sociais. Porém a mulheres pobres que não tem essa escolha, precisam trabalhar desde muito cedo.  

“...uma sociedade marcada por preconceitos e discriminações, declarando que o espaço intelectual seria de usufruto masculino, na verdade tratam-se apenas de formulações ideológicas e mecanismos que procuravam “(...) garantir posições e interesses sociais...”, além de realizar a “(...) submissão de uns e a dominação de outros”. (Galeano, Ramírez. Pg.07, 2008)

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