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A APROPRIAÇÃO DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO SEGUNDO PIAGET E SEUS SEGUIDORES

Por:   •  5/12/2016  •  Monografia  •  3.785 Palavras (16 Páginas)  •  557 Visualizações

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A APROPRIAÇÃO DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO SEGUNDO PIAGET E SEUS SEGUIDORES

DANIEL, Wanessa Cristina[1]


RESUMO: A apropriação do conhecimento matemático e as aulas de matemática são temidas pelos alunos e pelos professores, o medo do estudante não conseguir aprender, dominar o conhecimento matemático faz com que educadores vão à busca de subsídios, pesquisando maneiras para que os conteúdos sejam internalizados pelos estudantes. Diante disso, o presente artigo faz referência à construção do conhecimento matemático pelas crianças. Para isso, buscaram-se através da pesquisa bibliográfica referências a respeito de pesquisadores como Piaget, Kamii e Vergnaud. Teóricos construtivistas, que muito vieram a contribuir para o estudo e o entendimento por parte dos professores de como as crianças se apropriam do conhecimento matemático.

PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento Matemático. Estruturas mentais. Educação Matemática.

        

ABSTRACT: The appropriation of mathematical knowledge and math classes are feared by students and teachers , student fear can not learn, master the mathematical knowledge makes educators go to the search for grants , researching ways for content to be internalized by students . Therefore, this article makes reference to construction of mathematical knowledge by children. For this, they sought through the bibliographic references for researchers such as Piaget , Kamii and Vergnaud . Constructivist theory , which came much to contribute to the study and understanding on the part of children as teachers appropriate mathematical knowledge .

KEYWORDS:  MathematicalKnowledge .mentalstructures . MathematicsEducation .

INTRODUÇÃO

O presente estudo procura compreender o desenvolvimento das estruturas mentais para a construção do conhecimento matemático se faz necessário compreender estas estruturas, para que se possa mediar o processo ensino aprendizagem. A matemática é muitas vezes tida como um “monstro” para os estudantes, isso ocorre devido a ênfase dada pelo professor aos acertos e também a falta de diálogo existente entre professores e alunos durante as aulas.

        Muitas vezes por não estabelecer este diálogo o professor acaba diagnosticando apenas o resultado que para ele é errado: “As estruturas apresentadas via esquemas mentais são qualitativamente mais ricas e complexas do que aquelas ensinadas e cobradas pela escola, e mais de difícil interpretação para o professor”(LINS, 2004, p.42).

        Neste        caso, o professor não consegue interpretar estas representações devido à falta de dialogo com o aluno. O que ressalta a pertinência desta pesquisa, no sentido de compreender como acontece a apropriação do conhecimento matemático.

        Buscou-se através da pesquisa bibliográfica que segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema.”;  desta forma referenciou-se a teoria construtivista da Educação, especialmente aos estudos de Jean Piaget, com objetivo de refletir como os educandos constroem seus conceitos matemáticos. Para tal foram utilizados os seguintes pensadores: Piaget, Kamii e Vergnaud, ambos pesquisadores construtivistas, os quais estudaram o desenvolvimento e construção do pensamento matemático.

  1.  A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO

1.1  PIAGET E SEUS SEGUIDORES E A EDUCAÇÃO

Muitas pesquisas sobre a Educação Matemática estão pautadas sobre a visão construtivista de Piaget, tanto que, ao final de 1.970, ocorreu na Europa, mais precisamente na França, um movimento das didáticas da matemática, liderado por Vergnaud e Brosseau, ambos os discípulos de Piaget.

Jean Piaget foi um biólogo de formação, psicólogo por necessidade e epistemólogo por interesse central. Dedicou seus estudos como as crianças aprendem, ou melhor, como desenvolvem sua aprendizagem.

Embora “estudando o desenvolvimento da aprendizagem, Piaget não teve como objetivo investigar a aprendizagem escolar, porém: interessou-se em certos momentos, por questões pedagógicas ao ser obrigado e/ou instigado a escrever ensaios sobre a educação” (MORO 2000, p.118).

No início do século XXI, foram verificados vários equívocos relacionados á teoria de Piaget. Um deles vem a ser a sequencia cronológica, ou seja, a lista de estágios que a criança percorre, considerados por muitos leitores apressados de sua obra como sendo sequencial e obrigatório para cada idade estipulada

Para os professores, três estágios do desenvolvimento mental da criança tornam-se especialmente importantes ( e que serão tratados aqui rapidamente), segundo Charles (1.976).

 O primeiro deles, Piaget nomeou de “Pensamento Intuitivo” (4-7 anos). Nessa etapa ainda está defasada a lógica, as crianças pensam e dão exemplos baseando em intuições. Convém lembrar, no entanto, que as crianças nessa fase não penam como os adultos; e também não conseguem realizar operações mentais, como adição e subtração, nem mesmo seguir passos na resolução de problemas, colocar em ordem, realizar agrupamentos e reagrupamentos. Também não conseguem explicitar sua forma de pensar.

 Os modos com que a criança interage com os objetos do conhecimento, nesta fase,influenciam enormemente na construção de seu conhecimento matemático (mais adiante, será relatado com maiores detalhes o conceito de conservação do número, que se evidencia como o momento de maior importância para que a criança venha a adquirir os conceitos matemáticos).

 A segunda etapa denomina-se de “Operações Concretas” (7-11). Nesta fase, as crianças estão construindo seu conceito de número, fazendo relações e começando a pensar através de problemas, embora necessitando ainda de objetos reais, concretos, para formular seu pensamento.

Neste momento, a forma de pensamento da criança se torna mais parecida com o adulto. Consegue realizar operações mentais, utilizando objetos concretos ou reais e sendo capaz, também, de conservar quantidades, comprimentos, números, mantendo-os constantemente em sua mente.

  Mesmo sendo capaz de realizar, nesta fase, operações mentais, é extremamente importante o professor ainda propiciar o trabalho com a manipulação de objetos. Pois a criança ainda necessita de visualização de objetos concretos reais para as suas atividades matemáticas.

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