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Introdução Aos Estudos da Linguagem

Por:   •  30/7/2021  •  Resenha  •  1.134 Palavras (5 Páginas)  •  246 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

      CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

COLEGIADO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS

DISCIPLINA: GCFP559 – ESTUDOS FILOLÓGICOS

DISCENTE: EDNA DOS SANTOS SILVA

 DOCENTES: LISANA RODRIGUES TRINDADE SAMPAIO E AMANDA DOS REIS SILVA

Caminhos percorridos: um breve apanhado acerca do curso de Estudos Filológicos  

Os estudos históricos a respeito de línguas têm se ocupado da linguagem com o passar do tempo. A abordagem da Linguística Histórica como um campo de reflexão, permitiu diferentes concepções de língua e diferentes concepções de história. O curso de Estudos Filológicos ministrado no semestre 2020.3 pelas docentes Amanda dos Reis Silva (Doutora em Língua e Cultura) e Lisana Rodrigues Trindade Sampaio (Doutora em Linguística Histórica) foi de suma importância pois apesar de já ter estudado as concepções relacionadas a língua essa foi a primeira vez que refleti acerca de um estudo voltado para a Filologia  e para Linguística Histórica, uma vez que, os estudos nas disciplinas anteriores relacionadas a Linguística eram mais voltados  na história geral dessa Ciência. O primeiro texto da disciplina intitulado por “Linguística Histórica e Filologia” da professora Clarinda de Azevedo Maia publicado em 2012, resgata assuntos que foram modificando o caminho da Linguística Histórica ao longo do século XX, tratando-se da atual revalorização da Linguística Histórica, considerando sua contribuição com os meios teóricos e metodológicos de outras disciplinas de Estudo da Linguagem. A relação da Linguística Histórica com a Filologia é uma relação de articulação, de fortalecimento dos trabalhos necessários. Desse modo, para Rosa Virgínia Mattos e Silva (2008a, p. 10) “a Linguística Histórica [...] depende, diretamente, da Filologia, uma vez que tem como base de análise inscrições, manuscritos e textos impressos no passado”.

Foi comum encontrar, no caminho (narrativo-epistemológico) da autora, diversas referências sobre o papel da Filologia, como “ciência do texto”, na ação de investigar a mudança linguística no âmbito da Linguística Histórica. Pude perceber que olhar para a mudança linguística faz com que a gente entenda mais o nosso processo sociocomunicativo e “enfrente” nossos preconceitos. Ora, analisar, falar a respeito do processo de mudança linguística traz implicações de práticas interpretativas que estão “entrelaçadas” no social. Quando penso na relação da mudança linguística com a sociedade me lembro de uma citação que diz “não se pode entender o desenvolvimento de uma mudança linguística sem levar em conta a vida social da comunidade em que ela ocorre” (LABOV, 2008, p. 21). Desse jeito, é interessante notar que a língua não se encontra deslocada de uma situação sociocultural, ela assim como a sociedade não é estática, o que nos prova isso são as transformações significativas no decorrer do decurso histórico. É necessário entendermos como se deu e ainda como ocorre todo o processo de formação da língua portuguesa, desde a sua diferenciação das “falas românicas”, quer dizer dos diversos “desenvolvimentos históricos do chamado latim vulgar. Falar da História Sociopolítica da Língua Portuguesa é indagar sobre a formação e a difusão do que viria, mais tarde, a ser denominado português. A língua que denominamos português desenvolve-se a partir dos “falares românicos” que se constituíram após o rompimento do Império Romano do Ocidente na região abrangida pela Galícia, região autônoma da Espanha, e pelo norte de Portugal, na Gallaecia Magna dos romanos. É primordial analisar cada um dos eventos sócio-históricos que levaram à expansão desses “falares” do noroeste ibérico até o Algarve. Além de ser muito significante os conteúdos tratados na História sociopolítica da língua portuguesa, os estudos referem-se a uma obra de grandes fundamentos para os que tem se dedicado e se dedicam aos estudos da língua portuguesa ou até mesmo aos que tem interesses pelos assuntos da linguagem, na verdade não só se destina a esses, mas também para todos aos pesquisadores das ciências humanas. Quando se fala da relação entre língua e sociedade, no que diz respeito à formação do Português Brasileiro, é indispensável a compreensão do contexto de maneira mais abrangente, a periodização auxilia para a compreensão da história da língua no Brasil, de preferência no que é atribuível aos seus acatos sócio-históricos.

Com a chegada dos portugueses ao Brasil, estudiosos com Dante Lucchesi (2017) estimam que mais de mil línguas indígenas eram faladas no território brasileiro e que outras mais de duzentas línguas africanas foram inseridas pelo fato do navio negreiro entre os anos de 1500 e 1850. Desse modo o português foi se constituindo como língua oficial. 98% da nossa população mesmo que O brasil seja um dos países “de maior diversidade linguística do planeta, com centenas de línguas indígenas [...] e dezenas de línguas de imigração” (LUCCHESI, 2017, p. 349). Contudo, quando voltamos nosso olhar para a Periodização da História Sociolinguística do Brasil proposta por Lucchesi percebi que podemos se debruçar diante do estudo do processo fundamental com a propagação das línguas no Brasil e o estabelecimento do português como língua oficial.

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