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A Competência e Qualidade na Docência

Por:   •  17/5/2020  •  Dissertação  •  1.095 Palavras (5 Páginas)  •  113 Visualizações

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Competência e Qualidade na docência

O ensino competente é um ensino de boa qualidade, uma qualidade no sentido de abrangente, multidimensional.

Segundo Enguita em uma palavra mobilizadora, devem juntar esforços: Professores que querem melhores salários e mais recursos; Contribuintes que desejam conseguir o mesmo resultado educacional a um menor custo; Empregadores que querem uma força de trabalho mais disciplinada; Estudantes que reclamam maior liberdade e mais conexão com seus interesses; Os que desejam reduzir as diferenças escolares e os que querem aumentar suas vantagens relativas.

Portanto uma “retórica da qualidade” é preciso superar, explorando essa noção no interior de uma perspectiva crítica e dialética de consideração do trabalho educativo.

É preciso denunciar e evitar o “discurso competente”, discurso do conhecimento, discursos competentes se dispõe a trazer expressões fechadas do saber e do comportamento nas relações entre os indivíduos – desaparece a dimensão humana da experiência.

Em busca da significação dos conceitos: o recurso à lógica[pic 1]

https://blog.equancy.com/comment-transformer-un-skieur-en-client-la-data-levier-cle-des-nouvelles-strategies-gagnantes-de-fidelisation/ 

A lógica formal permite ampliar a compreensão dos conceitos, analisar os conceitos em sua própria constituição. Para Aristóteles, a lógica foi chamada de organon, necessária em todos os campos do conhecimento.

O termo competência é usado para designar múltiplos conceitos como: Capacidade, saber, habilidade, conjunto de habilidades, especificidade.

Referindo-se a Qualidade observa-se a qualidade de um programa de computador, qualidades de um atleta, do controle de qualidade de produtos, qualidade de um projeto educacional. O que está em questão não são, na verdade, as palavras, os termos, e sim os objetos da realidade que eles designam.

Qualidade ou qualidades?[pic 2][pic 3]

http://radarmexeriqueiro.blogspot.com/2012/02/voces-ja-repararam-que-nao-e-de-hoje.html

Indica que se supõe que qualidade já carrega em sua compreensão uma ideia de algo bom. Uma “educação de qualidade” – boa educação está se pensando em uma série de atributos.

Qualidade = conjunto de qualidades

Toda educação tem qualidades.  A boa educação é cujas qualidades carregam um valor positivo. O Programa de Qualidade Total que teve inicio nas empresas do Japão, década de 50. As palavras de ordem do Programa são: eficiência, controle, competitividade.

Na segunda metade da década de 80 no Brasil, ganhando espaço em diversas organizações empresariais e estendendo-se às instituições escolares. Desloca-se o eixo do debate sobre a qualidade do ensino como direito dos cidadãos para uma articulação com as questões associadas à produtividade e à competitividade, “o que é bom para empresa, é bom para escola”. Este programa alcançou primeiramente escolas particulares, devido à relação mais estreita com o capital. Mas, também ganhou atenção dos sistemas públicos de ensino – alternativos de superação dos problemas. Falar em qualidade total é, pois, fazer referência a algo que se cristaliza, fica preso num modelo – “Nessa ideia de totalidade não sobra espaço para contradição” Não é uma educação de qualidade total, mas uma educação da melhor qualidade que se coloca sempre à frente, como algo a ser construído e buscado pelos sujeitos que a constroem.

Qualidade “sociocultural” passa pela “construção de um espaço público, de reconhecimento de diferenças, dos direitos iguais nas diferenças”; “renovação dos conteúdos críticos e da consciência crítica dos professores”;  “resistência a uma concepção mercantilizada e burocratizada do conhecimento”;  “alargamento da função social e cultural da escola e intervenção nas estruturas excludentes do velho e seletivo sistema escolar”.

Demo por exemplo afirma: “A intensidade da qualidade não é da força, mas da profundidade, da sensibilidade, da criatividade”. Qualidade é questão de capacidade humana, sugere consciência crítica e ação, saber e mudar.

Competência ou competências?[pic 4]

https://geogente.files.wordpress.com/2015/07/chave-iii1.jpg 

Uso do termo no plural é recente, encontramos em alguns teóricos da educação, franceses, em documentos oficiais.

Competências que devem ter os profissionais de todas as áreas ou que são esperadas dos alunos nos cursos que os formam, em diversos níveis. 

Ropé e Tanguy afirmam: “...Ela tende a substituir outras noções que prevaleciam anteriormente como as dos saberes e conhecimentos na esfera educativa, ou a de qualificação na esfera do trabalho.”

Perrenoud: reconhece que “a noção de competência tem múltiplos sentidos”.

Le Boterf: “uma orquestração de recursos cognitivos e afetivos diversos para enfrentar um conjunto de situações complexas” – “para que haja competência é preciso que se coloque em ação um repertório de recursos (conhecimentos, capacidades cognitivas, capacidades relacionais...)”.

Perrenoud: ““... Uma competência como uma capacidade de agir eficazmente em um tipo definido de situação, capacidade que se apoia em conhecimentos, mas não se reduz a eles – recursos cognitivos complementares, entre os quais o conhecimento.

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