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A EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS DIFERENÇAS NA VISÃO DE PIAGET E VYGOTSKY E SUAS CONCEPÇÕES E CICLO DE VIDA DE PIAGET

Por:   •  4/10/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.383 Palavras (6 Páginas)  •  210 Visualizações

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Elisângela Aparecida Mai

Número do RA: 8099895

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SÃO PAULO

2019

Educação Infantil

Durante muitos anos, a educação infantil foi estudada por teóricos que hoje são base para muitos psicólogos e pedagogos realizem seus trabalhos com maestria, suas concepções não só contribuíram para desenvolvimento infantil, como provou que muitos métodos utilizados antes do século XX estavam incompletos ou errôneos, limitando o desenvolvimento da criança.

Em destaque temos dois teóricos importantes em nossa história que fizeram e fazem ainda toda diferença sobre a concepção de desenvolvimento infantil e aprendizagem, estes são: Piaget e Vygotsky. Apesar de apresentarem diferenças em suas teorias e não serem concordantes em todos os aspectos, ambas se completam, uma vez que a capacidade de conhecer e apreender são construídas por meio das interações estabelecidas entre o sujeito e o meio, a criança é um ser ativo, que tem atenção a tudo a sua volta e que cria hipóteses sobre o seu ambiente.

Piaget atribui o desenvolvimento infantil e aprendizagem a Epistemologia Genética, onde o conhecimento se constrói através de uma interação do sujeito, na interação do sujeito com o objeto e seu meio de forma espontânea, a partir de estruturas já existentes, onde os fatores internos preponderam sobre os externos, através de estágios em que ela esta se encontra. Esta teoria foi chamada de construtivismo.

Já Vygotsky atribui o desenvolvimento infantil e aprendizagem ao ambiente social, onde a cultura molda o psicológico, isto é, determina a maneira de pensar. Além disso, a criança precisa sair do seu ambiente atual e interagir com o novo, e é através dessa interação com adultos ou crianças mais experientes que ela irá se desenvolver melhor e “sair do seu mundo individual”, a interação com o meio fará com que ela se desenvolva e, esse desenvolvimento varia conforme a interação com o meio ambiente, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.

Enfim, a diferença entre os dois teóricos é a maneira de conceber o processo de desenvolvimento, mas ambas estimulam o conhecimento da criança e facilitam sua aprendizagem, portanto, não se pode aceitar apenas uma única visão e, por isso reafirmo que são complementares.

Para a concepção interacionista, o desenvolvimento humano e a construção de conhecimentos ocorrem por meio da interação da criança com outras pessoas do seu meio ambiente, especialmente as pessoas responsáveis por seus cuidados e com as quais ela se relaciona afetivamente. Ambos autores possuem este tipo de concepção, sendo Piaget interacionista e Vygotsky sociointeracionista (porque entende que o desenvolvimento ocorre em função da mediação do meio social e cultural).
Para Piaget o conhecimento se constrói na interação do sujeito com os objetos do ambiente, seu corpo; a perspectiva é construtivista. E para Vygotsky, a aprendizagem implica na interação da criança com o seu meio sociocultural. Vygotsky enfatiza a mediação do outro e dos instrumentos culturais na interação da criança com seu ambiente, ressaltando que o desenvolvimento está relacionado, intrinsecamente, à aprendizagem. Isto é, conforme a criança aprende, ela se desenvolve (desenvolvimento de funções psicológicas)

Porém, para Piaget, o ciclo de vida é divido em três fases, sendo a primeira fase desdobrada em duas partes, na qual faz parte da educação infantil de zero a cinco anos, tema abordado.

A segunda infância se inicia com dois anos quando a criança começa a utilizar sua linguagem oral, para locomoção e sua representação mental, encerrando-se aos seis ou sete anos, quando ingressa no primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Nesta fase a criança passa a conhecer suas habilidades psicomotoras, conhecimento do corpo (olhos, nariz, etc) até os dois anos, movimentos, lateralização e estruturação espaço-temporal (pessoas e objetos), após os dois anos.

Nesta idade também inicia o processo de desenvolvimento da fala na fase pré-escolar e, próximo aos cinco anos aprende o uso da voz passiva, a criança faz uma transição do pensamento sensório-motor para o pensamento pré-operatório, que tem como principais características: o egocentrismo, a centração e a aparência tomada como realidade, abrangente até o sete anos de idade. Esta fase é marcada pelo uso de símbolos para representar objetos e acontecimentos, mas ela também já usa o raciocínio, embora entre os dois e quatro anos de idade sejam influenciados mais por suas próprias vontades e desejos, mas é considerada também uma fase crucial para a estruturação da personalidade, ou seja, a criança começa a imitar modelos adultos, a interiorizar normas e valores e a identificá-las para resolver os conflitos, e também se apoiam em ações concretas, tais como, achar que alguém é seu amigo "porque" brincou com ela ou porque lhe deu presentes, mas também está presente a formação da consciência moral, uma vez que começam a aparecer às noções de comportamento correto ou incorreto, muito embora não compreendam o conceito de intencionalidade.

Mediante a este cenário, e sendo uma fase de descobertas, as práticas pedagógicas desenvolvidas nas instituições de educação infantil devem estar, sobretudo, comprometidas com o reconhecimento da criança como sujeito de direitos social e educacional, e embora esteja contemplada e garantida na Constituição Federal de 1988 Art. 208, inciso IV - EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 53, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006, há muito trabalho ainda para se adequar aos critérios para um atendimento em creches que respeite os Direitos Fundamentais das Crianças, tais como em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, como orienta o Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica, uma vez que é responsabilidade do Estado pela educação infantil em creches e em pré-escolas para crianças de zero a cinco anos, e assegurar as famílias dos trabalhadores assistência gratuita aos seus filhos e dependentes.

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