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A FAMILIA E ESCOLA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO

Por:   •  6/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.492 Palavras (18 Páginas)  •  158 Visualizações

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FAMILIA E ESCOLA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO

Tereza de Melo Monteiro Paulino*

RESUMO

Ao analisarmos a trajetória histórico-cultural dos deficientes auditivos, percebemos que é marcada por inúmeras dificuldades e preconceitos, surgindo grandes preocupações em relação a educação desta comunidade e consequentemente com o processo de ensino aprendizagem. Portanto, o presente artigo tem por objetivo descrever a importância da família e da escola para a inclusão de crianças com deficiência auditiva nas instituições escolares. Destacando a importância da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para melhor desempenho de crianças, adolescentes e até mesmo adultos, abordando sua origem, dando ênfase de sua aplicação nas salas de aula, objetivando a socialização do deficiente auditivo com os demais membros da sociedade. A metodologia utilizada é caracterizada como uma pesquisa bibliográfica e exploratória, aonde procuramos referências em livros, e materiais de vários autores renomados como Botelho, Quadros e Menezes. Todas as informações foram coletadas a fim de construir embasamento teórico acerca do tema escolhido para o artigo.

Palavras Chave: Família. Escola. Inclusão.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente as escolas brasileiras enfrentam um grande desafio, de se tornarem um espaço aberto, inovador e adequado para a educação inclusiva. Inúmeras são as pedras no meio do caminho, principalmente em relação aos princípios de inclusão escolar para atender as necessidades específicas de cada aluno portador de alguma deficiência, seja ela física, auditiva ou visual.

Para que aconteça o processo de inclusão, é necessário que os educadores tenham um total apoio por parte da família dos portadores de deficiência, para que possam promover em conjunto a acessibilidade dos mesmos no ensino regular, incentivando-os a adquirirem autonomia, responsabilidades e que passem a exerce o seu papel de cidadão dentro da sociedade na qual está inserido.

Diante de todos os desafios encontrados entre deficientes auditivos, família e escola desenvolvemos o tema “ Família e Escola no Processo de Inclusão do Deficiente Auditivo” com o intuito de ajudar educadores, o próprio aluno e as famílias que possuem filhos com deficiência e que recusam a linguagem de sinais como forma de se relacionar melhor com seus familiares. Sabemos que é por meio da comunicação que o indivíduo participa, interage, convive e se socializa. Dessa forma, dizemos que a família é a principal responsável pelo desenvolvimento do ser humano, pois é nela que se inicia a formação igualitária do indivíduo. E para que isso venha a acontecer é necessário que seja estabelecido uma linguagem em comum.

Portanto, é na família que inicia a vida em sociedade, é nela que os componentes conseguem criar seus conceitos e princípios, buscando a maturidade necessária para a troca de conhecimentos e experiências entre seus membros. Por isso as maneiras de educar são contínuas. Trata-se de um processo que vai do nascimento ao falecimento, sendo a família a principal responsável pela formação do caráter de uma pessoa.

2 O APOIO DA FAMILIA E DA ESCOLA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO

O processo de inclusão no ambiente escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, especificamente no ensino regular é um dos principais objetivos da LDB – Leis de Diretrizes e Bases da Educação, sendo que o aluno com deficiência auditiva poderá ser incluído no ensino regular. Ao tentarmos compreender como é realizado o processo de inclusão com o aluno surdo, iremos abordar uma questão pertinente a organização do espaço escolar, desde o início da vida escolar até a ação pedagógica utilizada com esse aluno.

A família é essencial no acompanhamento da vida desse aluno com deficiência auditiva, principalmente se ele é diagnosticado ainda quando criança. De início será muito difícil para o portador de deficiência se adaptar a uma nova linguagem, a paciência sempre será o melhor caminho, pois nem sempre serão compreendidos por outras pessoas.

Mas afinal qual seria o papel da família diante do diagnóstico de surdez? O primeiro a ser feito é saber lidar com a nova realidade que está sendo vivenciada, e se adaptar as condições físicas e psicológicas necessárias, adequar a estrutura de todos os membros da família fornecer todo o suporte que o deficiente estiver precisando. Pois a família será o pilar de sobrevivência para este indivíduo, por mais que existam outros caminhos como a Linguagem de Sinais, a maioria desses deficientes não conseguem serem compreendidos pelo conjunto de pessoas que estão ao seu redor, e acabam se sentindo mal e tristes com a situação, podendo até entrar em um estado depressivo.

O tema inclusão surgiu de várias inquietações e questionamentos. Pois a comunidade escolar consiste na apropriação da cultura humana, sendo absorvida na escola em forma de conhecimento. O processo inclusivo dos deficientes auditivos no ensino regular é um pedacinho fundamental desse conhecimento de ensino aprendizagem.

As instituições escolares deveriam ofertar um ambiente acolhedor no desenvolvimento educacional. Na verdade, tornam –se um ambiente sem nenhum comprometimento e não desempenham seu papel de forma satisfatória, impossibilitando o crescimento do sistema educacional humano coerente e democrático, em favor dos alunos surdos e de seus familiares.  

Sabemos que a solução não é somente incluir, mais sim que as escolas reconheçam as necessidades diversificadas e essenciais, abrindo espaço para essa cooperação desta inclusão. São inúmeras as dificuldades que os professores e as famílias encontram para a inclusão de alunos surdos, em sua maioria por falta de conhecimentos sobre a deficiência de seus alunos.

É cada vez mais frequente alunos com necessidades especiais em escolas públicas, os questionamentos sobre a permanência e igualdade no ambiente escolar implica em reverter conceitos de culturas padronizadas de aprendizagem e assim construindo e firmando novos valores nas escolas.

Atualmente a educação inclusiva é uma realidade em nossas escolas que precisam possibilitar melhorias no convívio social e afetividade entre colegas dentro e fora do ambiente escolar, voltado para o fortalecimento do aprendizado como também para com o relacionamento com colegas e professores. Pois as escolas atuais estão sendo invadidas por uma falta de ética chamada indisciplina, por parte de uma minoria de alunos, seja no convívio do dia a dia escolar ou no seu aprendizado.

Na convivência escolar entre colegas entra as questões de provocações das brigas físicas, xingamentos, ou seja, o famoso bullying. Já a indisciplina por falta de aprendizado é causada pela falta de comportamento dos alunos prejudicando a própria aprendizagem e também o desenvolvimento de seus colegas.

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