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A LITERATURA INFANTIL COMO MÉTODO INCENTIVADOR PARA A LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por:   •  4/10/2018  •  Artigo  •  1.602 Palavras (7 Páginas)  •  379 Visualizações

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A LITERATURA INFANTIL COMO MÉTODO INCENTIVADOR PARA A LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Rosiane Rodrigues de Araújo *

RESUMO

Este artigo apresenta uma análise sobre a Literatura e as suas possibilidades de aprendizagem e conhecimento, e a prática dos professores na formação de alunos. Entendemos que o tratamento da Literatura Infantil visando somente à habilidade de leitura ou como veículo para instrução moral ou cívica torna-se inadequado para a formação de leitor literário. Pois, o bom leitor é aquele que envolvido numa relação de interação com a obra literária, encontra significado quando lê, procura compreender o texto e relaciona com o mundo à sua volta, construindo e elaborando novos significados do que foi lido. Só assim, a leitura pode contribuir de forma significativa numa sociedade letrada, no exercício da cidadania e no desenvolvimento intelectual. Para isso, é preciso que o livro infantil seja agradável aos olhos e possua um texto encantador, estimulando o imaginário infantil. O problema central deste artigo versa sobre como os professores concebem e desenvolvem a proposta da literatura infantil nas escolas de ensino fundamental, de como a literatura pode ajudar nesse processo. O presente artigo foi fundamentado em pesquisas bibliográficas, por meio de artigos científicos, monografias, livros, revistas e projetos.

Palavras- Chave. Literatura Infantil; formação; professores, leitor literário.

 

  1. INTRODUÇÃO

Por muito tempo, pensava-se que ser alfabetizado era conhecer as letras do alfabeto. Hoje, sabe-se que, conhecer o código linguístico não é suficiente para o uso eficaz da língua escrita. A maneira mais eficaz de trabalhar com a leitura na escola nas series iniciais é mostrar que ler não é apenas uma atividade, mas sim uma atividade vital que precisa ser, desde cedo plena de significação. É na escola que os alunos precisam viver as experiências necessárias ao longo da vida, poderem recorrer aos livros e a leitura como fonte de informações com instrumento de aprendizagem e como forma de lazer.

Atualmente, a leitura e a escrita assumem papéis de grande importância, permitindo que os sujeitos que as dominam se constituam como membros de uma sociedade, ativos, cidadãos e com direitos. É nessa perspectiva que defendo a necessidade das escolas assumirem o compromisso de proporcionar vivências cotidianas do uso da leitura e da escrita desde o início do processo de alfabetização, visando à formação significativa de seus alunos.

Magda Soares (2002) afirma que o processo de alfabetização tem uma natureza complexa, envolvendo conteúdos de diversas áreas, como Psicologia, Linguística, Sociologia, visando, de fato, à aprendizagem dos alunos. Não tem grande valor pedagógico o professor querer que seu aluno leia a força, faz-se necessário que o educador crie um hábito de leitura em seus alunos, de forma que eles se sintam bem, e achem essa atividade prazerosa, desta forma, a leitura poderá ser utilizada como método eficaz nas series iniciais, sendo o ponto de elevação do desenvolvimento cognitivo das crianças.

É preciso planejar o trabalho pedagógico de alfabetização relacionando as atividades de uso da linguagem com as atividades de reflexão sobre a escrita. Para Gouveia e Orensztejn (2006), “A língua deve entrar na escola da mesma forma que existe vida afora, ou seja, por meio de práticas sociais de leitura e escrita”.

Para que a escola venha contribuir na formação de leitores, faz-se necessário que seja aplicada uma pedagogia valorizando a formação da criança, propondo para elas situações de aprendizagem nas quais elas possam também envolver de forma dinâmica e prazerosa. O educador deve procurar estratégias para promover uma aprendizagem que se encontre intimamente a situação atual, proporcionando-lhes momentos prazerosos de pura imaginação.

O professor que na Educação Infantil se predispõe a ler todos os dias para seus alunos, e pedir que estes deem sua opinião sobre a história contada, estará transformando-os em leitores, pois escutar história é uma forma de aprender e conhecer o mundo, que logo se desenvolverá na forma escrita.

Segundo Abramovich (1997, p. 23) escutar pode ser o meio da aprendizagem para se tornar leitor, ouvir histórias é essencial para se integrar num universo de descobertas e de compreensão do mundo, ouvindo histórias pode-se também sentir emoções, (raiva, tristeza, irritação, bem estar, medo, alegria) enfim ouvir histórias é uma provocação para mergulhar profundamente em sentimentos e imaginações, as histórias podem fazer a criança ver o que antes não via, o mundo pode se tornar outro, com mais significados e mais compreensões.

Assim, o papel do professor é determinante para assegurar a possibilidade de seus alunos tornarem-se leitores e escritores de fato. Cabe a ele, importar para a sala de aula as práticas sociais de uso da leitura e escrita. Á medida que o professor significa a leitura e a escrita dentro da escola, seus alunos podem aprender sobre essas práticas ao mesmo tempo em que aprendem sobre as características e o funcionamento da escrita. De acordo com Costa (2003, P. 49):

A literatura infantil, portanto tem a criança como principal representante, pois a representa sempre em busca de uma explicação que, mesmo quando mais lógica, é ainda mágica. Por isso, o gosto pelo mundo sobrenatural com fadas, ogros, bruxas serve como para dar asas á imaginação: “A criança serve-se do real, justamente, para penetrar em \sua fantasia”. Essa literatura surge simultaneamente para instruir, divertir e educar, trazendo a criança ao mundo que ela se identifica e sente-se livre para formar suas capacidades intelectuais e sócias, visto que, elas ainda estão num processo de formação de experiências. (COSTA. 2003 p. 49)

A literatura infantil pode ser uma grande aliada durante o processo de alfabetização, auxiliando e facilitando a aprendizagem, bem como desenvolvendo a imaginação, a criatividade e o prazer pela leitura. Pensar na literatura infantil no processo de alfabetização e letramento significa inserir a criança em um universo de aprendizagem lúdico e prazeroso, em que a se tem um maior estimulo ao aprender a ler e escrever.

Coelho (2000, p. 27) afirma que a literatura infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através de palavras, funde os sonhos e a vida pratica o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização (COELHO, 2000, p. 27).

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