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A Resenha do Filme A Linguagem do Coração

Por:   •  8/8/2019  •  Resenha  •  441 Palavras (2 Páginas)  •  1.236 Visualizações

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A Linguagem do Coração

Tendo como cenário a França do século XIX, a obra aborda a história real da inclusão de Marie Heurtin, uma jovem surda e cega, na sociedade através da Língua de Sinais tátil, e aponta seu evidente desenvolvimento como sujeita ativa na construção de sua história de vida através da ajuda persistente da freira Marie Margueritte, integrante de um convento que serve como escola para meninas surdas.

Marie Heurtin é filha de artesãos e, portanto, tem sua família incluída na camada social mais baixa da sociedade francesa da época, mas fica evidente que esse aspecto não interfere no fato de seus pais terem ciência de que sua filha necessitava ser inserida na sociedade. Dado o contexto da época, onde geralmente surdos, cegos, dentre outras pessoas com deficiência dos sentidos eram negligenciados e até mesmo rechaçados pela própria família, que via na deficiência uma forma de punição divina, a atitude dos familiares de Marie denota a importância do apoio oriundo do núcleo familiar a fim de que seja estabelecida a educação e integração do portador de necessidades especiais na vida civilizada.

Inicialmente, existe uma resistência por parte de Marie Heurtin em estabelecer um bom relacionamento social com as demais pessoas devido à sua completa falta de senso sobre as coisas que a cercam, sejam estes objetos ou pessoas. Seu mundo resume-se a um canivete, sua mãe e seu pai. Aspectos básicos do cotidiano humano como higienização pessoal e sentar-se à mesa para comer, são práticas sobre as quais Marie Heurtin não compreende e, portanto, rechaça.

Todavia, Margueritte, apesar de estar acometida com sua própria doença e ciente de seu falecimento iminente, procura tentar entender o mundo a partir da perspectiva de Marie Heurtin e, apesar de não ser especializada na Língua de Sinais como as demais freiras, compromete-se em educar a jovem surda e cega e, consequentemente, inseri-la na sociedade. Logo, Margueritte, apesar da agressividade inicial de Heurtin, encontra uma abordagem criativa para educá-la, que se dá através da exploração dos demais sentidos humanos, ou seja, tato, olfato e, por vezes, até o paladar.

A partir desse ponto, Marie passa a desenvolver-se com rapidez, e sua curiosidade desabrocha com facilidade perante o estímulo da freira em ensiná-la tanto a Língua de Sinais através dos sentidos dos quais dispõe, como também o Braile, a leitura através do tato.

Percebe-se como a persistência e a empatia são cruciais no trato com pessoas desprovidas de um ou mais sentidos humanos, mas o fator mais importante a se considerar é a necessidade de se estabelecer um vínculo de confiança com o portador da surdez-cegueira, a fim de que se possa conseguir um processo de ensino aprendizagem eficiente e progressivo.

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