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As pedagogias ou escolas que contemplam as teorias não críticas: Pedagogia tradicional; Pedagogia Nova e Pedagogia Tecnicista

Por:   •  21/5/2015  •  Resenha  •  1.167 Palavras (5 Páginas)  •  808 Visualizações

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Resumo

Pode-se dizer que, no que se refere a questão da marginalidade, as teorias educacionais podem ser classificadas em três grupos: teorias não-críticas, teorias críticos - reprodutivistas e teorias críticas.

São três as pedagogias ou escolas que contemplam as teorias não críticas: Pedagodia tradicional; Pedagogia Nova e Pedagogia Tecnicista.

Num segundo momento do livro, Saviani faz referência á teoria da curvatura da vara, a partir das considerações e das idéias dominantes nos meios educacionais de que a pedagogia nova prevaleceria sobre a tradicional por ser aquela cheia de virtudes e esta cheia de vícios Saviani tentou justificar a teoria da pedagogia histórico crítica forçando a argumentação para o outro lado, ou seja, para o lado da pedagogia tradicional.  Segundo esta teoria quando uma vara esta torta, não basta coloca-la numa posição correta para endireita-la. É preciso curva-la para o lado oposto.

Ao analisar as contradições evidenciadas pela escola Nova Saviani tentou por meio de três teses desmistificar o caráter progressista que esta corrente de pensamento, já convertida em senso comum, pregava para a prática pedagógica.

1 – Tese filosófica – histórica

2 – Tese pedagógico

3 – Especificamente política, preocupa-se em demonstrar que quanto menos se falou em democracia no interior da escola, menos ela foi democrática.

Com a apresentação da pedagogia histórico crítica Saviani almeja encontrar o ponto correto da vara, ou seja, o ponto que não está curvo para o lado da pedagogia nova, mas que também não está curvo para o lado da pedagogia tradicional. Está justamente nas teorias e métodos que valorizem e fundamentem a prática educativa, no sentido de favorecer as transformações sociais.

Educação Transformadora

Falar em educação é falar em transformação, mas nem sempre foi assim se analisaremos então algumas teorias:

Na teoria da Escola Tradicional, a ênfase recai na transmissão do conhecimento que deve ser rigorosamente lógico, sistematizado e ordenado, expressando “verdades” que pairam sobre a sociedade e os indivíduos. O importante é aprender a cultura acumulada pela humanidade. Na teoria da Escola Nova a ênfase está na redescoberta do conhecimento a partir da atividade do aluno. A tônica recai na maneira pela qual o aluno aprende os conteúdos, ou seja: o processo. Na teoria da Escola Tecnicista a ênfase desloca-se para a obtenção de informações específicas e objetivas, cientificamente ordenadas, tendo em vista a produtividade. O importante é o bom desempenho no trabalho, em testes ou exames. Para Saviani essas teorias são não – críticas ou seja não consideram os problemas e a estrutura social como influenciadores da educação. Estas teorias encaram a educação como autônoma e buscam compreendê-la a apartir da mesma.  

O ensino formal discrimina contra as pessoas de origem social mais humilde, e não permite, de fato, nenhuma mobilidade social. As pessoas mais pobres têm mais dificuldade de ir à escola e aprender os conteúdos dos cursos, que são vasados em linguagem e cultura das classes mais favorecidas. Ao final dos estudos, os filhos de classes sociais mais favorecidas continuam nas melhores posições, e os das classes menos favorecidas, nas piores.

Muito pouco do que é ensinado nas escolas realmente serve para alguma coisa. A maioria dos conteúdos transmitidos, em todos os níveis, são conhecimentos fragmentados e estéreis, sem ligação com a vida real das crianças e dos adultos. O processo educacional, ao invés de ser formativo, se transforma na maioria das vezes em um ritual burocrático de memorização e repetição de informações inúteis, que penaliza as pessoas mais criativas e não conformistas.

A imposição de conteúdos homogêneos a todo o sistema de ensino, principalmente no ensino da língua, leva à destruição da variedade lingüística e cultural do país, intensificando a hierarquia e a discriminação entre campo e cidade, ricos e pobres, centro e periferia.

A teoria crítica é uma tendência pedagógica que iniciou-se em 1980 quando alguns educadores começaram a se perguntar como ter uma educação capaz de superar o problema da marginalidade.

Cito como principais representantes desta tendência pedagógica no Brasil, professor Paulo Freire, professor Dermeval Saviani, professor Joé Carlos Libâneo e professor Moacir Gadotti.

Para esta teoria a educação é um ensino que não se reduz à transmissão destes ou daqueles conhecimentos, mas que se constrói à medida que constrói personalidades bem pensantes, reflexivas, debruçadas sobre o intuito de formar-se como indivíduo livre e de vontade autônoma. Transmite conhecimentos e raciocínio fundamentais, mas, acima de tudo, ensina pelo exemplo, pela práxis pensada e refletida, como investigar a realidade e como lutar por uma sociedade e homens melhores. A educação é entendida como processo de criação e recreação de conhecimentos.Professor e aluno são considerados sujeitos do processo ensino- aprendizagem. A apropriação do conhecimento é também um processo que demanda trabalho e disciplina, valoriza-se a problematização, o que implica uma análise crítica sobre a realidade- problema, desvelando-a. É ir além das aparência e entender o real significado dos fatos. Para atender à lógica, os interesses e necessidades da maioria de nossos alunos, a concepção de educação não pode se limitar à questão da distribuição de conteúdos, logicamente estruturados pelo professor, nem à organização de temas segundo interesses individuais dos alunos, mas ela inclui a sistematização coletiva de conteúdos, a qual envolve a coletivização da prática social dos alunos que, problematizada, vai gerar as questões a serem estudadas durante o curso. Então, ao invés de transmitir um conteúdo que seria definido “a priori” por grupos de especialistas, o conteúdo a ser trabalhado é definido a partir das necessidades colocadas pelas práticas sociais. Assim, não se trata apenas de transmitir conhecimentos, embora o inclua, mas é sobretudo instrumentalizar, prática e teoricamente, as pessoas para darem conta de problemas igualmente práticos.

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