Atps Arte e recreação

[pic 1]

PEDAGOGIA

FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

ALUNAS:  Lucia Valder

RA: 163496

          Regina Santos

RA: 163501

 Bernardo de Santa

RA 09781

Naia Lima

RA: 63241

Professora Tutora á Distância: Cecilia Ramos

Série: 3º Ano

BAURU/2013

ETAPA 1

A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO E SUA REPRESENTAÇÃO NA SOCIEDADE

A Sociologia tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e fundamentalmente para a análise da sociedade.

É a ciência que estuda e procura entender os processos e estruturas que contribuem para o funcionamento ou não, dos sistemas sociais, permitindo que possamos entender melhor a função da educação e sua relação com a sociedade e cultura, buscando interpretar e conhecer tudo que se relaciona com o homem e com a vida humana, um método de investigação que busca identificar, descrever, interpretar, relacionar e explicar o contexto da vida social.

Surgiu no século XIX como tentativa de explicar as mudanças sociais produzidas pelo surgimento de um novo momento histórico, denominado modernidade, uma forma de argumento público capaz de revelar as conexões entre transformações na vida cotidiana e processos mais amplos de mudança histórica. Os historiadores consentem que o Iluminismo representou a grande mudança intelectual abrindo portas para uma reflexão sobre o mundo social, produzindo alterações na maneira de pensar.

A sociologia se consolidou como um ramo especializado do saber, distinto da biologia e psicologia, sendo impulsionada pela descoberta de um novo espaço da existência humana – a sociedade.

Augusto Comte, criador do termo sociologia, acreditava que a vida em sociedade poderia ser prevista a partir de regras fixas, considerava necessária a evolução da humanidade em direção ao progresso passando por três estágios de conhecimento. São eles:

• Teológico: Os homens atribuindo as causas dos fenômenos objetivos aos deuses.
• Metafísico: Os homens recorrendo a conceitos abstratos para entender o mundo.
• Positivismo: Caracterizado pela organização racional do trabalho. Homens aplicando métodos científicos para compreender as causas dos fenômenos.

Max Weber por sua vez diz que a Sociologia é a ciência que se propõe compreender por interpretação a atividade social e assim explicar casualmente seu desenvolvimento e seus efeitos.

Consideramos como pontos relevantes em Max Weber a questão da neutralidade científica do sujeito pesquisador frente a seu objeto de estudo e a definição de seu objeto de estudo. É necessário compreender a diferença entre entender e compreender. Acreditava que o conhecimento resultava da experiência, mas era inevitavelmente fragmentado e só poderia abordar um dos aspectos da realidade. Sua obra não é bem uma crítica, mas uma análise interpretativa ou compreensiva, que propõe aprimorar o capitalismo.

A sociologia é uma disciplina fundamental para o educador compreender como se dá o funcionamento e a estrutura da instituição educacional. Na Sociologia estudamos a educação como processo social global que ocorre em toda a sociedade porque viver sem se relacionar é impossível. Os sistemas escolares, ou o conjunto de uma rede de escolas e suas estruturas de sustentação como partes do sistema social mais global, a escola como unidade sociológica, a sala de aula como subgrupo de ensino e o papel do professor.

A sociologia abrange também o estudo dos processos e das influencias sociais envolvidos na atividade educativa em especial na escola incluindo os processos de interação dos indivíduos e de organização social e as influências exercidas pela sociedade, pela comunidade e pelos grupos sobre a educação.

 

“Para compreender o sistema de seu tempo, não basta considerá-lo como ele hoje se apresenta, porque todo e qualquer sistema educativo é um produto histórico, que só a história pode explicar. É uma verdadeira instituição social. Nem é mesmo raro que a história de um país venha a refletir-se nele.” (Durkheim, 1952, p. 86)

A Sociologia da Educação engloba também o estudo dos processos e das influências sociais envolvidos na atividade educativa na escola, incluindo os processos de interação dos indivíduos e de organização social e influências exercidas pela sociedade, pela comunidade e pelos grupos sobre a educação.  Portanto permitem uma discussão de como as diferenças étnicas, culturais e regionais não podem ser reduzidas à dimensão socioeconômica de classes sociais.

Para Durkheim, a educação proporciona conhecimento, porém não é isso que a torna importante.  A educação é a melhor maneira de socializar os indivíduos desde crianças, nas regras sociais mais fundamentais, se organizando como instituição para realizar esta função moralizadora da sociedade. Conceituou a sociologia como sendo a ciência das instituições, da sua gênese e do seu funcionamento, ou seja, toda crença, todo comportamento instituído pela coletividade.

“As práticas educativas não são fatos isolados uns dos outros, ao contrário, para uma mesma sociedade, elas estão ligadas num mesmo sistema em que todas as partes concorrem para um fim único: o sistema de educação próprio desse país e desse tempo. Cada povo possui o seu, como possui o sistema moral, religioso e econômico.” (Durkheim, 1973, P.79)

Diante da crise educacional que vivenciamos nos dias de hoje, tornou-se muito comum ouvirmos por parte de pais, avós e educadores dentre outros a seguinte frase: “A escola pública no meu tempo é que era boa”, ou então, “os poucos que estudavam alcançavam os objetivos da escola”, num saudosismo que os remete ao passado e os faz ainda mais desencantados com a educação atual. Pensar assim tornou-se comum, pois o que se vê é uma desigualdade de oportunidades que transparece nos índices de desenvolvimento educacional em relação ao processo educacional da escola pública.

Dessa forma, o conflito se estabelece e ficamos com uma maravilhosa definição da função da educação e uma contraditória efetivação dessa função, devido às diferentes e particulares funções dadas pela organização da escola, como na educação reprodutora onde a desigualdade escolar, que acontece, principalmente, entre a quantidade oferecida pela escola pública e a qualidade oferecida pela escola privada.

Apesar de toda essa dualidade e desigualdade vivenciada pela escola pública e privada, não há como negar que a “escola pública para todos”, de caráter obrigatório, laico, etc. foi uma conquista essencial que, até então, não se tinha. Ao mesmo tempo essa educação para todos teve uma interpretação negativa, dados os sinais de diminuição da qualidade do ensino, que não se preparou para provê-la necessária e proporcionalmente à grande demanda.