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CURSO: PEDAGOGIA DISCIPLINA: DIDÁTICA DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO

Por:   •  30/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.511 Palavras (15 Páginas)  •  517 Visualizações

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Quadro 01 – História da Alfabetização

TEMAS CARACTERÍSTICAS

Surgimento da leitura e da escrita na Antiguidade A leitura e a escrita surgiram com as pinturas nas cavernas e releitura das mesmas, sistema de contagem.

Como era o processo de alfabetização na Antiguidade Sistema de cópia exaustivo para memorizar palavras, depois textos, e por fim, produziam seus próprios textos. A alfabetização era voltada para algo específico, como ser escriba, comércio, negócios...

Ênfase dada pelas primeiras cartilhas escolares até cerca de 1950 Ênfase na leitura, decifração, sons, relacionando caracteres à palavra,

da linguagem oral.

Como ocorre o processo de alfabetização em tempos atuais Apostando na capacidade individual de cada aluno, alfabeto, letra e sons estão voltando a ter importância nesse processo. A nota final não é tão importante, quanto antes, que significava aprendizado.

No curso de Pedagogia, descobrimos que a convivência com a sociedade, torna-se “facilitador” e “indutor” do letramento e da alfabetização.

Qual seria a diferença entre alfabetização e letramento, as discussões acerca da eficácia práticas de alfabetização levam profissionais de educação a repensar sobre a questão de alfabetizar.

A diversidade tecnológica, as habilidades de leitura e escritas estão sendo exigidas no cotidiano a todo o momento.

No entanto, o que entendemos como alfabetização não abrange todas essas necessidades exigidas atualmente.

Quais seriam as causas que levaram ao surgimento do termo letramento?

O significado de estar alfabetizado visto pela ótica da educação é ensinar o código escrito, os signos e os seus significados, codificar e decodificar palavras, culminando na leitura.

Desde o final da década de 80, mudanças têm ocorrido no conceito de alfabetização, com a chamada globalização educacional a mídia tem feito muito o papel de alfabetizar.

Através dos famosos “dingles”, a máquina capitalista tem adentrado não só os lares como dentro das escolas e fazendo crianças de até dois anos identificar através da mensagem subjetiva, ler as imagens coloridas de anúncios de refrigerantes.

E isso é apenas a ponta do iceberg, hoje em dia a palavra mídia vai muito além dos comerciais de TV.

Ela é a internet, os sites de relacionamentos, as mensagens de celular, as correspondências via email, etc., enfim a relação entre cultura e educação sugere novas formas de interação entre pessoas e conhecimento, por isso estar alfabetizado hoje significa mais do que apenas decodificar símbolos e produzir pequenos textos.

Alfabetização refere-se a um conhecimento obtido, estável e que serve de base para a descoberta e produção de novos conhecimentos, e por isso não podemos e nem devemos confundir com os analfabetos funcionais.

No social o letramento é um produto do desenvolvimento do comércio, da diversificação dos meios de produção e da complexidade crescente da agricultura. Já dentro de uma visão dialética, é a causa de transformações históricas profundas, como o aparecimento da máquina a vapor, da imprensa, do telescópio, e da sociedade industrial como um todo. (TFOUNI, 2010)

A base do aprendizado da leitura e da escrita fazia o aluno conhecer as palavras, assegurando lhe o domínio das correspondências fonográficas. O foco era dar ênfase nas associações e memorizações, o valor de desenvolver no indivíduo a compreensão do sistema de escrita alfabética e também desenvolver o individuo a usar este sistema nas situais reais de comunicação era ignorado.

No Brasil ainda é confuso a definição dos termos alfabetização e letramento. Esse termo letramento originou-se da palavra inglesa “literacy”, que em português pode ser traduzido como a condição ou estado de ser letrado, saber ler e escrever. Letramento é um termo ainda não dicionarizado. Esta palavra apareceu, primeiramente, em 1986 no livro No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística de Mary Kato.

Alfabetizar, de acordo com o dicionário Aurélio, é ensinar a ler e escrever. Sendo assim, entende-se por alfabetização levar o indivíduo a conhecer o alfabeto e capaz de ler e escrever.

Então uma pessoa que aprende a ler e escrever se torna alfabetizada, e com o passar do tempo envolve-se em diferentes práticas sociais de leitura e de escrita e se torna letrada.

Uma pessoa que é alfabetizada e que não é exposta a diferentes contextos de uso da leitura e escrita, não é letrada.

O ato de ler é um processo de relacionamento entre símbolos e unidades sonoras, além disso, é um processo de construção e de interpretação de textos escritos.

Uma leitura com interpretação envolve a combinação de conhecimentos prévios, as informações do texto, e as reflexões do leitor sobre o texto.

A leitura ainda exige que as habilidades do leitor, o letramento, variem de acordo com a variedade de gêneros textuais, dentre estes, temos as receitas, receituários, jornais e catálogos.

Por isso, as diversas formas de uso da escrita na sociedade exigem muito mais de um indivíduo do que apenas ler, escrever.

Dentre os estudos sobre a diferenciação de letramento e alfabetização, temos Smith (1973) afirma que: “a leitura ocorre de formas extremamente diferentes”. Heath (1982) ainda postula que: “um evento de letramento é qualquer situação em que um portador qualquer de escrita é parte integrante da natureza das interações entre os participantes e de seus processos de interpretação”. Soares, (1998b) diz, “letramento é o estado ou condição de indivíduos ou de grupos sociais de sociedades letradas que exercem efetivamente as práticas sociais de leitura e de escrita, participam competentemente de eventos de letramento”.

De certo um alfabeto sabe o valor de nota de dinheiro, diferenciar mercadorias no supermercado e qual o ônibus tomar para sua casa. No entanto, este analfabeto não lê jornais e nem escreve e-mails, por exemplo.

É notável que letramento aconteça até antes do ato de alfabetizar. Conforme Paulo Freire (2001), “leitura de mundo precede a leitura da palavra”, ou seja, que o educando já tem uma vida quando o ser humano tem a oportunidade de interagir socialmente com as práticas de letramento de seu mundo social. Letrar alguém é expor a pessoa ao mundo letrado, dar oportunidade de conhecer

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