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DESENVOLVIMENTO HUMANO NAS PERSPECTIVAS DE PIAGET E VYGOTSKY

Por:   •  22/4/2020  •  Resenha  •  2.485 Palavras (10 Páginas)  •  544 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS EM PSICOPEDAGOGIA

Resenha Crítica

Tânia Lelitscewa da Bela Cruz

Trabalho da disciplina Psicologia do Desenvolvimento

                                                         Tutor: Profª. Flaviany Ribeiro da Silva

Goiânia

2019

DESENVOLVIMENTO HUMANO NAS PERSPECTIVAS

DE PIAGET E VYGOTSKY

SILVA, J. R. da; CARDOSO, A. C. da S.; ANJOS, A. C. B. dos; BARBOSA, V.; SIMÕES, V. A. P.; PERPÉTUO, C. L. Desenvolvimento humano nas perspectivas de Piaget e Vygotsky. EDUCERE - Revista da Educação, Umuarama, v. 15, n. 1, p. 73-90, jan./jun. 2015. Disponível em http://revistas.unipar.br/index.php/educere/article/view/5610/3191. Acesso em 24/10/2019.

              O artigo é constituído de 12 páginas, em que são apresentadas as visões de Piaget e de Vygotsky em relação ao desenvolvimento humano. Assim, o artigo aborda tanto a teoria da Epistemologia Genética, de Jean Piaget, quanto a perspectiva Sócio-Histórica, de Lev Vygotsky. Além disso, as autoras fazem uma comparação para ressaltar as convergências e as divergências entre essas duas abordagens teóricas.

              Na introdução, é feita uma pequena apresentação sobre a vida de Piaget e sobre qual foi o cerne de sua pesquisa. Segundo o artigo, Jean Piaget (1896 – 1980), biólogo, filósofo e psicólogo suíço, foi um dos nomes mais influentes do séc. XX na área da psicologia do desenvolvimento. Sua teoria sobre a aquisição do conhecimento se baseava, fundamentalmente, na biologia. Piaget se debruçou em fazer pesquisas baseadas na observação da interação entre a criança e o meio ao qual estava inserida, buscando explicar como o ser humano atinge o conhecimento lógico-abstrato que o distingue das outras espécies de animais.

              Ainda na introdução, o artigo traz também algumas informações sobre a vida de Vygotsky e sobre o direcionamento de suas pesquisas. Lev Semenovich Vygotsky (1896 – 1934), nascido na Bielo-Rússia, antiga União Soviética, fez Medicina na Universidade de Moscou e, paralelamente, estudou Direito. Cursou, ainda, Filosofia, Psicologia, Literatura e História. Aos 22 anos, embora gravemente doente (tuberculose), Vygotsky inicia um período de pesquisas direcionadas principalmente às crianças portadoras de deficiências físicas e mentais, para observar como se dava o processo de aprendizagem dessas crianças. Para Vygotsky, o homem deveria ser visto como um ser biológico, histórico e cultural, e o estudo sobre a origem e o desenvolvimento dos processos e fenômenos psíquicos como inteligência, sentimentos, raciocínio, pensamento ocupavam lugar de destaque em suas pesquisas.  

              Na sequência, as autoras destacam a Teoria da Epistemologia Genética, de Jean Piaget, que, através de seus estudos, refutou as teses do inatismo-maturacionismo e do comportamentalismo. Para Piaget, o desenvolvimento do ser humano não poderia ocorrer senão pela interação entre o indivíduo e o meio, e, por isso, não poderia ser considerado inato nem resultado de condicionamentos. De acordo com Pádua (2009, p.27), a pesquisa de Piaget tinha como foco descobrir a origem do conhecimento e explicar a ordem de sucessão em que as diferentes capacidades cognitivas se constroem. Assim, a Psicologia Genética elaborada por Piaget buscava, justamente, compreender as origens dos processos de formação do pensamento, observando como o homem elabora seu conhecimento, ou seja, como se dá o desenvolvimento desse conhecimento que vai sendo construído a partir da interação do indivíduo com seu meio. Nessa perspectiva, Piaget apresenta a ideia de que o resultado direto das relações de troca entre os organismos e o meio, no qual os organismos se adaptam ao meio e, ao mesmo tempo, o assimila de acordo com suas estruturas, proporciona processos de “equilibrações” sucessivas.

                  Seguindo adiante, então, são expostos os fatores que, segundo a Epistemologia Genética, interagem e influenciam nas mudanças do pensamento: a maturação biológica, que seriam as alterações biológicas geneticamente programadas, a ação sobre o meio, que seria a capacidade do indivíduo de agir sobre o ambiente e aprender com ele, as experiências sociais e a equilibração. A partir daí, o artigo explica a “Teoria da Equilibração” como sendo um constante movimento de assimilação, que ocorre quando as pessoas usam seus esquemas existentes para atribuir sentido aos eventos de seu mundo, e de acomodação, que ocorre quando o indivíduo deve modificar seus esquemas existentes para responder a uma nova situação. Para Piaget, portanto, a equilibração seria uma propriedade intrínseca e constitutiva da vida mental, uma vez que, através dos constantes processos de assimilação e de acomodação é que o sujeito estaria se habilitando a alcançar sempre um estado de conhecimento e de desenvolvimento superior em relação ao estado inicial.

              Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana, que são caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas faixas etárias ao longo do seu desenvolvimento:

1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos) - progressivamente, a criança vai aperfeiçoando os reflexos e adquirindo habilidades e chega ao final do período admitindo que o objeto continue a existir mesmo quando ela não o percebe; a criança evolui de uma atitude passiva em relação ao ambiente e às pessoas de seu mundo para uma atitude ativa e participativa, sendo que sua integração ao ambiente também ocorre pela imitação das regras;

2º Período: Pré-operatório (2 a7 anos) - para Piaget, o que marca a passagem do período sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função simbólica, ou seja, é a emergência da linguagem, que acarreta modificações importantes em aspectos cognitivos, afetivos e sociais da criança;

3º Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) - neste período, o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes  (próprios e do outro) e de integrá-los de modo lógico e coerente;

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