Entrevista para pratica pedagogica

Atividade 3

Entrevista com a professora F.B.B.C

A máxima da Lei da física é que toda ação tem uma reação. Essa referência não é conveniente apenas para o ensinamento de exatas, mas sim para todos os ensinamentos da vida do ser humano.

Cada escolha feita, por menor que seja, tem uma consequência.

A professora F.B.B.C., 50, ensina isso de maneira didática. Cursou Magistério, formada em Artes e Letras Português/Literatura. Mas seu domínio vai além de sua formação. Ministrou aulas de Matemática, História, Geografia, Ciências, Filosofia, sendo esta última sua paixão.

Já atuou em praticamente todas as séries do ensino fundamental, hoje, ministra aulas aos alunos do 2º ano fundamental em uma escola municipal de Uberaba.

Em uma entrevista enriquecedora e descontraída, a professora F. B.B.C. contou como suas escolhas influenciaram em suas experiências educacionais e de vida. Contou, também, como incentiva seus alunos a refletir suas ações, mostrando-lhes as consequências que podem advir daquilo.

F.B.B.C. iniciou a entrevista dizendo quais eram seus anseios: queria ser médica para ajudar a comunidade mais necessitada. Todavia, devido a suas condições financeiras, não pode cursar medicina. A partir daí iniciou a análise de suas escolhas profissionais, pesou as diversas profissões que poderia seguir e quais alegrias sucederiam com sua alternativa.

Por bem, F.B.B.C. decidiu ser professora. Baseou sua escolha nos ideais que acreditava, e também na chance que teria em ensinar o que há de melhor a maior quantidade de pessoas. Fez de sua escolha uma paixão, ciente de todas as consequências que viriam, alegrias e tristezas. Tristezas sim, pois, segundo ela “nem sempre é possível fazer o seu melhor em sala de aula, pois é necessário que haja um entrosamento dos pais na educação do aluno”.

A professora já passou por diversos aborrecimentos em sala de aula, já chorou por não ter conseguido desempenhar sua função de maneira satisfatória, já foi além de seus limites para lutar pela educação de seus alunos. Em contrapartida, em porcentagem disparada, sorriu e chorou inúmeras vezes com as conquistas de seus próprios alunos.

A entrevistada tem total consciência de que tudo o que ocorre no seu dia-a-dia foi determinado por sua escolha de vida.

Essa é uma questão de fácil entendimento para os adultos. Todavia, é importante ensinar às crianças que, desde pequenos, há a necessidade de ter maturidade nas sus escolhas, pois deverão, seguidamente, arcar com as consequências de seus atos.

Por ínfima que seja a escolha – se vai levar pão ou bolacha de lanche para a aula, por exemplo – haverá um resultado posterior.

Infelizmente, muitas crianças são equivocadamente ensinadas que se uma escolha não der certo, é só deixar de lado e partir para a próxima. Trata-se de preceito inconveniente, pois aprende a não assumir seus atos, e leva isso por toda sua vida. Ora, é sabido que a formação do caráter do ser humano inicia-se na primeira infância, ou seja, tudo que lhe é ensinado, certo ou errado, vai refletir na sua vida futura.

É uma escolha dos pais que, muitas vezes, tem consequências negativas. Apenas para dar exemplo: uma criança leva para a escola um pão para tomar de lanche, mas, ao chegar na escola ver todos os seus colegas comendo uma bolacha; ao invés de assumir sua escolha de ter levado o pão, a criança se envergonha, não assume seu ato, esconde o lanche, fica com fome durante toda a jornada escolar. Futuramente, essa mesma criança que não assume seus atos, poderá se abster de realizar coisas grandiosas, simplesmente por falta de coragem.

A professora F.B.B.C., sabendo que não assumir suas escolhas pode ser um erro, tenta ensinar a seus alunos a importância