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MANIFESTAÇÕES PRECONCEITUOSAS NA ESCOLA: CONSEQUÊNCIAS E POSSIBILIDADES

Por:   •  7/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.677 Palavras (7 Páginas)  •  353 Visualizações

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1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

A sociedade brasileira tem uma história de preconceito muito grande, sendo que hoje tudo isso se reflete dentro da sociedade e cruelmente dentro de um lugar onde isso deveria ser excluído - a escola, um lugar onde as várias raças, religiões e culturas precisam somar para a busca de novos conhecimentos sobre o mundo em que vivemos. O professor, na verdade ser a ponte desse intercâmbio de natureza e personalidades diferentes.

Dentro dessa perspectiva, é possível compreendermos que as diversidades existentes entre os grupos étnicos se tornaram pontos de conflitos ainda mais se tratando de adolescentes, que nesta fase, são cruéis por não pensar no que dizem e se isso irá ou não afetar o colega. Embora o professor seja visto como o líder na sala de aula, pessoa importante na formação do aluno, como esses profissionais lidam com as situações de preconceitos variados no contexto escolar?        

A família, base principal para a formação da consciência dos adolescentes, deve observar como a escola trabalha o preconceito no momento que o aluno sofre o mesmo, por parte do professor ou de outros colegas.

A reação do aluno quanto às gozações feitas pelos colegas é clara e o leva a cometer agressões contra si mesmo e contra os outros, mas tudo é reflexo das manifestações da sociedade na qual está inserida, forma estas que são vivenciadas a todo tempo na escola, seja na sala de aula, no pátio, na quadra de esportes. As formas de preconceito nunca focalizam o sentimento do agredido, mas sim o prazer do agressor em desrespeitar e humilhar.

        Diante da problemática exposta, levantam-se as seguintes questões:

  • Quais as formas de preconceitos existentes no ambiente escolar?
  • Como os alunos se sentem quando são atingidos pelo preconceito na escola?
  • Qual a atuação docente frente ao preconceito sofrido pelos alunos?

2 JUSTIFICATIVA

        A sociedade brasileira é formada não só por diferentes etnias, como por imigrantes de diferentes países. Além disso, as migrações colocam em contato grupos diferenciados. Nesse sentido, a escola deve ser local de diálogo, de aprender a conviver, vivenciando a própria cultura e respeitando as diferentes formas de expressão cultural.

        O grande desafio da escola é reconhecer a diversidade como parte inseparável da identidade nacional e dar a conhecer a riqueza representada por essa diversidade etnocultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro, investindo na superação de qualquer tipo de discriminação e valorizando a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade.

        A família como primeira instituição formadora também contribui para a disseminação de atitudes preconceituosas, uma vez que a presença de preconceito no próprio lar é presenciada e imitada por crianças e adolescentes como se fossem atos aceitáveis.

        O presente estudo justifica-se por estudar as várias formas de preconceitos sofridos pelos alunos dentro e fora da sala de aula, tornando possível informar a comunidade escolar a respeito dos tipos de preconceito e possibilidades de redução dessas manifestações preconceituosas entre os adolescentes. A relevância desta investigação também decorre da oportunidade de divulgar as compreensões deste estudo para a comunidade acadêmica, além de proporcionar ampliação de conhecimentos pessoais.

        

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Investigar as manifestações preconceituosas ocorridas entre os alunos da 8ª série do Ensino Fundamental, bem como suas conseqüências e possibilidades de resolução.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar as várias formas de preconceito percebidas pelos alunos dentro do ambiente escolar.

Analisar como os alunos da 8ª série se sentem ao sofrerem algum tipo de preconceito na escola.

        Verificar como os professores trabalham as várias formas de preconceito sofridas pelos alunos.

4 REFERENCIAL TEÓRICO

Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar os diferentes grupos e culturas que a constituem. Sabe-se que as regiões brasileiras têm características culturais bastante diversas e a convivência entre grupos diferenciados nos planos social e cultural muitas vezes é marcada pelo preconceito e pela discriminação.

         Este tema propõe uma concepção que busca explicita a diversidade étnica e cultural que compõem a sociedade brasileira, compreender suas relações, marcadas por desigualdades socioeconômicas e apontar transformações necessárias oferecendo elementos para a compreensão de que valorizar as diferentes etnias e culturas não significa aderir os valores dos outros, mas respeitá-los como expressão da diversidade, respeito que é, em si, devido a todo ser humano, por sua dignidade, sem qualquer discriminação. Segundo Guimarães (1997, p.11):

A escola tem papel fundamental no combate ao preconceito porque participa da formação das crianças como cidadãos. Por isso, deve estar sempre preocupada em não reproduzir estereótipos, que podem ser definidos como rótulos usados para qualificar genericamente grupos raciais, étnicos ou de sexos diferentes.

A sociedade brasileira caracteriza-se por uma diversidade étnica, sendo esta produto de um processo histórico que inseriu num mesmo cenário três grupos distintos: portugueses, índios e negros de origem africana. Esse contato, dento da escola, é visto pelos alunos como graça e diversão pois no linguajar deles existem colegas que eles podem zoar, já para alguns professores existem alunos incapazes de pensar, ou até mesmo de se defender de insulto, piadinhas e preconceitos explícitos.

O espaço institucional poderá proporcionar discussões a respeito das diferenças presentes favorecendo o reconhecimento e a valorização da contribuição africana, dando maior visibilidade aos seus conteúdos até então negados pela cultura dominante. Esse tipo de ação promoverá um conhecimento de si e do outro em prol da reconstrução das relações raciais desgastadas pelas diferenças ou diversidades étnicas.

Abordando o livro de Maria Augusta S. Rossini “Pedagogia afetiva”, o qual fala do tema limites, pode-se observar que a imposição dos mesmos muitas vezes deve ocorrer em casa, até porque é papel também dos pais criar em seus filhos a humanidade pelos outros, pois se um pai é preconceituoso por conseqüência o seu filho irá ser também, mais na escola o professor pode trabalhar com palestras e exposição de casos verídicos ou até mesmo criar rodas de debates não somente sobre o preconceito mais sobre a ética, sexualidade, meio ambiente, saúde, entre outros. Segundo Rossini (2001, p.19): “Somos descendentes de uma geração que foi bastante reprimida (1950-1960). A liberdade era submetida à autoridade manifesta – aquela que é exercida diretamente, por coação: senão fizeres assim, serás castigado”.

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