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O Debate Curricular na Mídia Educacional

Por:   •  6/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.778 Palavras (8 Páginas)  •  183 Visualizações

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O DEBATE CURRICULAR NA MÍDIA EDUCACIONAL

Rayanne Miranda Gomes[1]

Thays Leandro Da Silva[2]

Grasiela Pessoa Sales[3]

Fábio Delano Vidal Carneiro[4]

Introdução

No âmbito das Ciências da Educação existem diferentes concepções de currículo. Historicamente, tais concepções foram marcadas por decisões básicas tomadas como intuito de racionalizar a gestão do currículo para adequá-lo às exigências econômicas, sociais e culturais da época. Não existe uma noção, mas várias noções de currículo.

O presente trabalho tem como objetivo analisar o debate sobre o currículo escolar presente na mídia educacional especializada. Para tanto analisamos dois periódicos de amplitude nacional de forma a detectar os artigos relacionados ao tema do currículo. Os artigos forma coletados nos exemplares publicados nos anos de 2014 a 2017 de ambas as publicações.

Após a coleta de artigos que serviram como fonte primaria, foi realizada a analise discursiva e enunciativo-temática de cada artigo, procurando-se estabelecer padrões comunicativos e argumentativos, para entendermos melhor como o currículo vêm sendo abordado nas revistas pesquisadas, permitindo assim uma análise dos posicionamentos presentes em cada artigo tomados individualmente e também em conjunto.

Referencial Teórico

Dito de forma resumida, o currículo é a organização do conhecimento escolar. Essa organização do currículo se tornou necessária porque, com o surgimento da escolarização em massa, precisou-se de uma padronização do conhecimento a ser ensinado, ou seja, que as exigências do conteúdo fossem as mesmas.

Segundo Sacristán:

As funções que o currículo cumpre como expressão do projeto de cultura e socialização são realizadas através de seus conteúdos, de seu formato e das práticas que cria em torno de si. Tudo isso se produz ao mesmo tempo: conteúdos (culturais ou intelectuais e formativos), códigos pedagógicos e ações práticas através dos quais se expressam e modelam conteúdos e formas. (GIMENO SACRISTÁN, 2000, p. 16).

Apesar da visão ampla demonstrada por Sacristán, na maioria das escolas, a organização do currículo escolar se dá de forma fragmentada e hierárquica, ou seja, cada disciplina é ensinada separadamente e as que são consideradas de maior importância em detrimento de outras recebem mais tempo para serem explanadas no contexto escolar.

Proposta de desdobramento da pesquisa

Devido aos limites característicos deste gênero acadêmico (resumo estendido) apresentamos a seguir proposta de desdobramento da pesquisa retratada neste trabalho:

  1. Definições a abordagens curriculares nas Ciências da Educação.
  2. A análise do discurso e da prática jornalística.
  3. O debate curricular em revistas especializadas da área educacional.

Resultados

Apresentamos a seguir os dados coletados e a análise realizada. Os exemplares analisados forma em número de 75 exemplares, sendo 35 da revista A e 40 da revista B. Constaram do banco de dados 675 artigos, com uma média de 9 artigos por revista. Só foram analisados os artigos dos gêneros reportagem e artigo de opinião, por serem os principais gêneros tratados nos dois periódicos analisados. Destes, 10 artigos tratavam da questão do currículo educacional.

A reportagem “No coração do ensino” – publicada em abril de 2014 na revista Educação – tratado início da concretização da BNCC (Base Nacional Curricular Comum), a partir da decisão do então Ministro da Educação Aloízio Mercadante. Em um texto de sete páginas, ou seja, uma longa reportagem tratando-se deste tipo de publicação a revista traz o histórico da discussão sobre a BNCC que “remonta à década de 90” (pág. 34). Também apresenta argumentos favoráveis e críticos em relação à publicação da BNCC. Exemplificamos com a fala crítica da educadora Jaqueline Moll: “o debate éimportante, mas ‘será inócuo se pautado e focado apenas em uma lista de conteúdo´” (pág. 39).

A reportagem “A escola do saci” – publicada em julho de 2014 na revista Educação – trata sobre o material didático “inovador”. Localizada em um assentamento próximo a Araraquara, a unidade oferece educação infantil e ensino fundamental com estrutura física e atendimento especializado. Como as demais escolas da rede pública de Araraquara, o estabelecimento usa o material didático do sistema Sesi de ensino desde 2011. “A gente procura trabalhar, dentro dos conteúdos, a realidade dos alunos – mas sem ficar apenas nela, e sim agregando conhecimento e acrescentando outras informações” (Camila, pág.45)

A reportagem “O sentido do educar” – publicada em novembro de 2014 na revista Educação – trata da atual discussão em torno da necessidade de desenvolver competências socioemocionais. O tema vem sendo debatido em seminários e, em breve, será abordado em um parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), seu objetivo é estimular pesquisas nesse campo e engajar os profissionais da Educação Básica” (pág. 78). Exemplificamos com a fala crítica do livre-docente Julio Groppa: “A tese transfere o ônus do fracasso escolar para os alunos, ‘se isso é empoderamento por um lado, é desresponsabilização dos profissionais de educação por outro’”(pág. 80).

A reportagem “A culpa é do currículo” – publicada em fevereiro de 2015 na revista Educação – trata-se da proposta de redução ou adequação da grande curricular. Nos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) fazem do ensino médio uma das etapas, mas preocupantes do sistema educacional brasileiro. Adotados no ano 2000, os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio chegaram com a missão de reorganizar a base curricular. Quatorze anos depois, as críticas continuaram as mesmas. Para Rafael Mingote: “Ainda falta proximidade do currículo com a realidade dos alunos” (pág. 47).

A entrevista “Questão de método” – publicada em agosto de 2015 na revista Educação – trata-se que não basta definir conteúdo. É preciso atrelá-los à questão das metodologias. Foi criado dois grandes rumos que são esses: definir os grandes objetivos ou competências-chave e, de outro lado, as áreas que permitam que todos transmitem por alguns conhecimentos básicos dentro da educação. Para Eladio Sebastián Heredero: “Os alunos têm muito interesse em aprender. Não querem estudar, o que é diferente. Ninguém quer estudar, querem aprender. Se você estimula a aprendizagem, pode fazer o que quiser” (pág. 12).

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