PESQUISA E ANÁLISE DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA INCLUSIVA

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EDUCAÇÃO ESPECIAL

PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC)

PESQUISA E ANÁLISE DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA INCLUSIVA

Docente: Isolda Cecilia Bravin.

Discente: Danilo Cippollini Donizetti.

Curso: Segunda licenciatura em História.

Disciplina: Educação Especial (CEL0249).

Matrícula: 201908420065.

I - INTRODUÇÃO

Durante os estudos da disciplina Educação Especial, foi proposto este trabalho com de pesquisa e análise de práticas pedagógicas na escola inclusiva, afim de preparar o discente para o olhar crítico e atento para as necessidades de uma educação inclusiva e eficiente.

Embora a discussão acerca deste tema permeie os discursos entre os educadores, o que se observa na prática é uma ausência de preparo para o trabalho com a educação especial. Há uma dicotomia entre a teoria e prática, caminho esse que precisa ser superado para que de fato a escola possa ser considerada um espeço de inclusão. É necessário superar essa visão fragmentada e encarar o processo educativo de forma holística, percebendo que todo o processo está interligado em uma rede de saberes.

Este trabalho foi desenvolvido em uma escola regular de ensino municipal entre os dias 02 e 06 de setembro de 2019, quando foi realizada uma entrevista com a professora regente de uma turma de 3º ano do ensino fundamental e posteriormente seguiu-se o processo de observação sem intervenções da rotina da classe.

II - OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo analisar de forma crítica as práticas pedagógicas em uma escola inclusiva, observando o trabalho desenvolvido, em campo, com alunos com necessidades especiais matriculados em unidades regulares de ensino.

III - ENTREVISTA

1. Qual a formação do professor?

Licenciatura em Pedagogia.

1. Quais as características e necessidades específicas que o aluno incluído na turma apresenta?

O aluno foi diagnosticado dentro da Síndrome do Espectro Autista, necessitando de uma atenção maior para o desenvolvimento das atividades propostas em sala de aula e acompanhamento especializado constante devido sua dificuldade na fala e relações sociais.

1. Como realiza as adaptações necessárias no planejamento da aula?

Procuro trabalhar os mesmos conteúdos com todos os alunos, na medida em que haja necessidade busco atividades que abordem os mesmos conteúdos só que de forma diferenciada, de forma mais concreta. Atividades que despertem o interesse e, consequentemente, a atenção do aluno.

1. Quais recursos adaptados estão disponíveis e quais adaptações no currículo são realizadas para adequar sua prática pedagógica às necessidades específicas do aluno incluído?

Para ser sincera encontro muita dificuldade por não ter uma formação especifica para atender as necessidades desse aluno, mas na medida do possível e com base em pesquisas procuro sempre adaptar as atividades, conforme a necessidade, para que ele acompanhe o desenvolvimento da turma. A escola tem a sala de AEE e dois dias por semana o aluno fica com a professora especialista que realiza atividades individualizadas com ele. Esta professora que propõe atividades para que eu realize com o aluno. Procuramos trabalhar com ele de forma lúdica, buscando meios que desperte a atenção e interesse. A dificuldade na comunicação muitas vezes é superada com esse tipo de atividade, mas sinto que as vezes isso não é suficiente.

1. As atividades desenvolvidas mobilizam os saberes, as habilidades e as interações entre os diferentes alunos da turma?

Sim, com certeza, os alunos são muito abertos e dispostos para ajudar. Todos se interessam e complementam as atividades com suas vivencias, trazendo para o momento experiências e indagações que sempre enriquecem as atividades.

1. O tempo e os recursos são adequados?

Nem sempre! Geralmente temos que adaptar. Carecemos de materiais específicos e até mesmo de orientações de especialistas que dificilmente dão um retorno sobre os relatórios.

1. Ocorrem parcerias entre professor, aluno, a equipe pedagógica, gestor da escola e a família do aluno incluído?

Sim, mantemos um contato constante com a família, a gestão escolar está sempre presente e solícita quando as necessidades do aluno. A família é muito presente e está sempre procurando ajuda especializada.

1. Como a avaliação da aprendizagem do aluno com necessidades específicas é realizada?

O aluno é avaliado como os demais, através das avaliações bimestrais. Quando não consegue atingir um desempenho satisfatório é feita uma nova avaliação, muitas vezes oral, com jogos, atividades direcionadas. Atividades que permitam verificar se o conteúdo foi assimilado pelo aluno.

1. Quais os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de uma proposta inclusiva de educação?

Sem dúvida a formação. Reconheço que não estou preparada, mas me esforço para estar buscando informação que ajudem no trabalho com este aluno. A gente vê muita teoria, mas não aprendemos na prática como trabalhar com essas necessidades especificas. Tudo acontece na base da pesquisa. O maior desafio é a formação e a abertura para fazer da escola um espaço de inclusão.

IV - DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE OBSERVADA

        Foi observado o trabalho realizado com um aluno diagnosticado na Síndrome do Espectro Autista, regularmente matriculado no 3º ano do ensino fundamental de uma escola regular de ensino municipal.

        O aluno, 8 anos de idade, foi encaminhado por professores anteriores para atendimento especializado, devido seu baixo desempenho e comportamentos que destoavam do restante da turma. Acionada a família e com relatórios dos professores, foi encaminhado a profissionais da área da saúde, que em diversas abordagens e avaliações clinicas diagnosticaram-no dentro da Síndrome do Espectro Autista aos 7 anos de idade.

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