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Permanências e Rupturas na Educação

Por:   •  13/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.848 Palavras (12 Páginas)  •  144 Visualizações

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Resumo:

O artigo pretende discutir a formação do profissional docente, as condições de trabalho em escolas públicas, e as possíveis causas do adoecimento físico e metal dos professores. Sabemos que a formação do docente requer uma construção continua de saberes, porém o que se tem verificado é que devido a precariedade das instituições de ensino e pelo fato dos professores terem carga horarias excessivas, o mesmo, acaba por si distanciar de sua formação inicial. Além disso os professores enfrentam vários problemas no cotidiano escolar, destacando-se as salas superlotadas, baixos salários, longas jornadas de trabalho e falta de interesse dos alunos, vale ressaltar que, a falta de estabilidade da profissão também contribui pra um desgaste dos docentes. Por outro lado devido ao baixo salário os professores na maioria dos casos precisam conciliar suas atividades em pelo menos duas instituições de ensino, o que acaba por influenciar na saúde do docente. O artigo pretende ainda discutir os percalços enfrentados pelo docente na profissão, relatando as possíveis causas do elevado número de afastamentos e adoecimentos na profissão docente.

Palavras-chave: Formação Docente. Precarização do Trabalho Docente. Saúde do Professor.

Introdução:

A educação diante da diversidade e dos avanços tecnológico e cientifico perpassa o conhecimento adquirido pelo profissional ao longo da formação. Em consequência disso percebe-se que a construção do saber requer um olhar sobre as competências e habilidades do educando, levando em conta que a formação do docente se encontra em um processo continuo de construção, sendo de seus conhecimentos teóricos e práticos. Por isso faz se necessário que o profissional mantenha o seu perfil atualizado, sabendo relacionar o saber e o fazer no ambiente escolar, articulando os saberes e as atividades docente em seu cotidiano. Porém podemos ver que com o passar dos anos a educação tem enfrentado sérios problemas, o acúmulo de tarefas, a precarização do trabalho docente, os baixos salários e a falta de tempo livre para organizar suas atividades vem contribuindo para o desgaste do profissional docente.

Os professores são cobrados diariamente quanto a sua qualificação e capacitação profissional, porém o acúmulo de tarefas os distanciam de suas funções essenciais. Devido à escassez de tempo e a falta de recursos os professores são incapacitados de crescer profissionalmente, sendo assim, em decorrência destes fatores, buscamos compreender através deste artigo um dos grandes desafios da docência: as diversas situações de trabalho, que agravam e ocasionam sérios problemas relacionados a saúde do docente, interferindo no estado físico e psíquico, e na formação da construção da identidade deste. Como consequência, alguns professores adoecem, mas permanecem trabalhando, outros optam por abandonar a docência em busca de melhores condições de trabalho e saúde, buscando outras atividades em outros ramos ou na maioria dos casos se afastam definitivamente da função devido a adoecimentos que geram aposentadoria por invalidez, desencadeadas por inúmeras doenças ocupacional. Em outro sentido, a construção da identidade do profissional fica totalmente abalada, onde pode ocasionar a crise de identidade pessoal e profissional sobre suas competências, habilidades e sobre a realidade enfrentada na educação atualmente. Isto fica bem explícito nas últimas décadas, em diferentes estudos e pesquisas realizadas em escala internacional e nacional, em que há a reflexão da problemática profissional baseada nas suas ações e práticas cotidianas.

O professor e a construção de sua identidade profissional

Atualmente muitas são as discussões acerca da profissão docente no cenário da educação, sendo que, na maioria dos casos estas discussões estão ligadas a formação, aos saberes e à identidade docente, a identidade do profissional, é vista como um processo de construção dos sujeitos enquanto profissionais, ainda segundo Silva, 2007:

[...] a identidade é entendida como um processo de formação e transformação do “eu”, que é multideterminado, e que ocorre durante toda a vida do indivíduo por meio da composição de igualdade e diferença, em relação a si próprio, e aos outros. (SILVA, 2007, p.32).

Portanto, a identidade docente constitui-se numa construção que envolve o professor em sua individualidade, e o indivíduo como ser histórico e social, a identidade profissional, é constituída das vivencias e experiências do cotidiano podendo ser relacionada também a uma construção de maneiras de ser e estar na profissão, de acordo com Pimenta (2000):

Uma identidade profissional se constrói, pois, a partir da significação social da profissão; da revisão constante dos significados sociais da profissão; da revisão das tradições. Mas também da reafirmação de práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas. Práticas que resistem a inovações porque prenhes de saberes válidos às necessidades da realidade (Pimenta, 2000, p.19).

Contudo, compreendemos que a identidade pode despertar nos professores a vontade de fazer uma reflexão de sua caminhada ao longo de sua formação e ao decorrer de suas atividades profissionais, fazendo assim uma articulação entre o profissional e o pessoal. Sendo que, dessa forma o profissional tem a possibilidade de construir aos poucos sua identidade através de todas as suas experiências.

‘’ A identidade é um processo de construção do sujeito enquanto profissional, uma relação do docente consigo mesmo, e com o outro no reconhecimento e no social.’’ A formação docente inclui três polos de formação, sendo eles de grande importância para conquista da autonomia profissional, pessoal e existencial do docente, sendo estes, a auto formação, heteroformação e ecoformação.

 O profissional precisa trabalhar num todo e não apenas em fragmentos, lembrando que,as disciplinas estão integradas umas às outras, portantohá uma necessidade de profissionais aptos e habilitados a trabalhar e produzir o conhecimento juntamente com seus alunos, buscando coisas novas, e adaptando as suas atividades e projetos de acordo com as necessidades dos indivíduos. Cabe lembrar que é necessário, que o docente respeite as diferenças entre os indivíduos, sabendo valorizar sua bagagem e cultura adquirida ao longo de sua vida.  

A formação teórica e prática do professor devem estar relacionadas, para que dessa forma possa contribuir para uma melhoria na qualidade de ensino, visto que, são as transformações sociais que irão gerar transformações na vida dos alunos e vice-versa.Em outras palavras, a formação docente não deve estar simplesmente associada à transmissão de conteúdo, o professor não deve se restringir apenas em uma reprodução, ao contrário de memorizar conhecimentos, os alunos precisam ser convidados a compreender o mundo, de modo mais participativo sendo estes, capaz de estabelecer conexões entre o dia-a-dia e o conhecimento produzido cientificamente e trabalhados na escola.

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