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Relação Professor-Aluno no Processo de Aprendizagem

Por:   •  6/6/2016  •  Seminário  •  3.319 Palavras (14 Páginas)  •  502 Visualizações

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FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO

PEDAGOGIA

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

PROFESSORA CRISTINA TOLEDO

A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

JOÃO PAULO RODRIGUES DE LIMA

RENAN LUCAS VIEIRA DOS SANTOS

UBÁ – MG

2016

  1. INTRODUÇÃO

        As relações afetivas estão presentes em nosso cotidiano a todo tempo, e no ambiente educacional a realidade não é outra: há relações de afetividade entre os envolvidos no processo de educação. Estas relações são fundamentais para a prática pedagógica.

        Já afirmava Saltini (2008, p.93) que “para educar o ser humano, é fundamental conhecê-lo profundamente bem como respeitar seu desenvolvimento; é necessário ter a percepção correta de como este ser se desenvolve”.

        Baseando-nos nas proposições de Jean Piaget, Lev Vygotsky e Henri Wallon, apresentamos os estágios do desenvolvimento infantil e propostas para o educador manter uma boa relação com seus educandos, cooperando diretamente no processo de aprendizagem.

  1. PENSAMENTOS SOBRE A AFETIVIDADE

  1. A Teoria de Piaget

É importante conhecer, enquanto educador, o enredo em que vive o aluno e suas necessidades enquanto criança para que o desenvolvimento da prática pedagógica seja eficaz. Segundo Cunha (2004), é necessário conhecer e entender os 4 (quatro) estágios do desenvolvimento cognitivo[1] propostos por Piaget para que haja um bom desenvolvimento pedagógico.

Rossini, (2004, p.9), afirma que “parece existir um estreito paralelismo entre o desenvolvimento afetivo e o intelectual, com este último determinando as formas de cada etapa da afetividade”, assim, constata-se que no primeiro dia deve ser estabelecido o elo afetivo entre o educando e o educador para que tão logo se possa instalar o uso das práticas pedagógicas e iniciar-se o desenvolvimento no aluno. Caso não se estabeleça tal relação, o ensino pode tornar-se cansativo e contraproducente, causando o desgaste do profissional da educação e do aluno.

O professor deve estar adaptado às necessidades da turma, e tão logo do aluno, individualmente. Segundo Cunha (2008, p.63, citado por SIQUEIRA & OLIVERA, 2011, p.5)

O modelo de educação que funciona verdadeiramente é aquele que começa pela necessidade de quem aprende e não pelos conceitos de quem ensina. Ademais, a prática pedagógica para afetar o aprendente deve ser acompanhada por uma atitude vicária do professor.

        A afirmação de Cunha remete-nos à necessidade de observação e entendimento do aluno. Tal visão aplica-se também, agora numa visão macro, à prática pedagógica em sala de aula, onde, se não houver uma adaptação do professor ao nível de aprendizagem da turma, não será possível absorver o conteúdo.

        Segundo Arantes (2002), de acordo com Piaget, “para haver a assimilação de algum conteúdo (...) tem de haver uma interação afetiva entre quem explica o conceito e quem recebe a informação”. De tal forma, vemos a importância da boa interação entre professor-aluno; relembrando as palavras de Cunha acima citadas, havendo o bom conhecimento do enredo em que vive o aprendente, e agora segundo Arantes, existindo uma boa convivência entre eles, a prática pedagógica obterá êxito em suas diversas dimensões.

        Piaget explica esta relação afetiva, e sua importância, ao usar a metáfora “A afetividade seria como gasolina, que ativa o motor de um carro mas não modifica sua estrutura”. Adaptando-a ao contexto, o motor é parte fundamental da sala de aula para que esta possua um bom funcionamento, e é baseado na afetividade que este funcionamento se dará. Num ambiente pedagógico em que não há afetividade não haverá também uma boa transmissão do conhecimento.

2.2  A Teoria de Vygotsky

Vygotsky (1869-1934) tem a ideia central de que o ser humano constitui-se enquanto tal na sua relação com o outro social. A cultura é parte da natureza do homem que, ao longo do seu desenvolvimento, molda o funcionamento psicológico do indivíduo.

        Partindo deste pressuposto, o comportamento é um processo de interação entre o organismo e o meio, e são possíveis três formas de correlação.

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[pic 7]

                                        Figura 1 – Relações entre o Organismo e o Meio.

        Segundo Nascimento & Pratti (2011 – p.28)

Todos os três casos são a base para o desenvolvimento do comportamento emocional. (...) Os chamados pensamentos positivos pertencem ao primeiro grupo. As emoções relacionadas ao sentimento de depressão, debilidade, sofrimento, são sentimentos negativos que pertencem ao segundo grupo, e o terceiro caso será de indiferença emocional relativa no comportamento.

        Baseando-se na teoria de Vygotsky e nas palavras de Ribeiro e Pratti, o professor deve possuir conhecimento destes três casos para que saiba lidar com o aluno caso ocorra uma situação que seja considerada negativa.

        A escola é o primeiro contato com o meio social diversificado[2] que a criança possui, assim há a necessidade de uma sala de aula bem estruturada socialmente. É ali que o organismo, além de passar boa parte de seu tempo, “cresce e se desenvolve”. (Vygotsky, 2003). De tal forma, o educador torna-se modelo para os educandos, torna-se formador do caráter destes e transmite, voluntariamente ou não, valores morais para seus alunos.

        Segundo Oliveira (1992, p.27, citado por NASCIMENTO & PRATTI, 2011, p. 31)

Ao longo de seu desenvolvimento o indivíduo internaliza formas culturalmente dadas de comportamento, num processo em que atividades externas, funções intrapessoais, transformam-se em atividades internas, intrapsicológicas.

        De forma prática, comparamos as palavras de Oliveira quando vemos uma criança no fim do estágio Sensório Motor e no início do estágio Pré-Operatório[3], observando as atitudes, gestos ou palavras de um adulto e logo em seguida repetindo-os. De tal modo, o indivíduo primeiramente observa a ação no nível social, e depois a internaliza.

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