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Resenha A ciência como vocação

Por:   •  2/10/2016  •  Artigo  •  805 Palavras (4 Páginas)  •  2.340 Visualizações

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Resenha do Texto “A Ciência como Vocação” de Max Weber.

by camillalapasta

Max Weber foi um importante sociólogo, jurista, economista e intelectual alemão, nascido em 1864 e considerado um dos grandes nomes da sociologia moderna. Também possui grande influência nos campos da economia, do direito, das ciências políticas e da administração. Uma de suas obras mais famosas é o ensaio “A ética protestante e o espírito do capitalismo” (1905), em que, extremamente afetado por sua passagem pelos Estados Unidos, começa a refletir sobre a sociologia da religião, tendo como base a teoria de que a religião seria uma das razões pelas quais as sociedades Ocidentais e Orientais teriam se desenvolvidos de formas tão diversas.

Em seu texto “A Ciência como Vocação”, escrito em 1919, Weber estabelece uma linha de raciocínio a partir das relações externas – dotado de certo pedantismo, segundo ele – e de sua ideia de sociologia, desenvolvendo e questionando fatores pré-estabelecidos. Sua análise tem início na comparação de duas realidades muito distintas: A realidade acadêmica alemã e a realidade acadêmica americana. Segundo Weber, a vida acadêmica seria “um acaso incontrolável” (WEBER, Max. A Ciência Como Vocação. Página 07).

É impossível deixar de comparar as teorias de Weber com os fundamentos que serviram de base para todos os princípios da sociologia moderna: As teorias de Durkheim. Sem dúvida, estas teorias foram fundamentais para a elaboração do texto aqui em questão. Durkheim estabelece em sua Aula Inaugural ao Estudo das Ciências Sociais (1887), os princípios da sociologia enquanto ciência. Ele tentara, na época, nomear características oficiais para esta nova ciência que ainda não possuía uma identidade própria e tinha o objetivo de convencer e estabelecer seus métodos e objetos. Algumas destas características foram mantidas por Weber, e outras abertamente questionadas. Por exemplo, Durkheim diz, em sua Aula Inaugural, que a sociologia seria uma ciência puramente objetiva, comparando-a durante todo o texto à Física e à Biologia. Weber contesta esta afirmação, dizendo que a sociologia seria uma ciência subjetiva por essência, que nada tem a ver com o frio cálculo e que necessita de inspiração e obstinação para ser devidamente valorizada, “pois nada tem valor para o homem enquanto homem, se não o puder fazer com paixão” (WEBER, Max. A Ciência Como Vocação. Página 08).

É importante ressaltar também a crítica feita por Weber ao significado exato da racionalização intelectualista através da técnica cientificamente orientada, e o exemplo dado por ele a respeito dos selvagens. Realmente, salvas raras exceções, pouquíssimos de nós entendem como o mundo a nossa volta funciona. Na verdade, a maioria de nós não faz nem ideia de como a luz em nossas casas acende. Apenas sabemos que ela está ali e sabemos pra quê serve, mas não sentimos necessidade de entender o caminho feito por ela. Nem precisamos saber. Apenas usufruímos daquilo que nos foi dado, e isso nos coloca em severa desvantagem se comparados aos selvagens – eles sabem muito mais acerca de suas ferramentas e utensílios. Esse tipo de exemplo gera uma reflexão sobre o modo no qual comparamos as diferentes sociedades, quando elas simplesmente não podem ser contrapostas e comparadas sem nenhum tipo de ponderação quanto aos critérios de comparação utilizados. Não podemos simplesmente julgar uma sociedade sendo mais evoluída do que outra. Tudo depende de diferentes pontos de vista.

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