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Resenha Dumbo e Cachinhos Dourados

Por:   •  8/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.903 Palavras (12 Páginas)  •  119 Visualizações

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Dumbo: um amor grande como um elefante

Dumbo filme foi criado pelo Walt Disney que estimulou os contos de fadas, também foi pioneira na questão de apropriar a linguagem dos contos de fadas, que eram contados no ritmo das imagens em forma de desenhos animados. História como a do Patinho Feio sofreram diversas reapropriações para que fique de acordo com seu tempo, um dos tradicionais compiladores era Perrault.  Sempre será necessário que as narrativas ganhem uma repaginada com versões ou tramas inspiradas uma na outra. Bumbo foi lançado em 1941 que parece com conto de Andersen.

Walt Disney diz ter se inspirado na criação do elefante voador através de um elefante que visualizou em uma caixa de cereais, por volta de um século depois o patinho feio rejeitado deu espaço para o bebê-elefante que nasceu com orelhas grandes de abano. Sendo esse defeito motivo de piada no circo que vivia, mas conviviam com sua mãe que também sofria por isso.   A diferença agora que a mãe aceitava o filho como ele vinha, ou seja, o amor materno é um valor em si.

Ainda tendo seu amor de mãe, Dumbo também sofre com separação. Quando Dona Jumbo, mãe, foi enjaulada por ter tido um ataque de fúria contra quem fazia mal a seu filho. Dumbo ficou só e apenas podia contar com rato Timóteo como conselheiro. Um final feliz termina a história atestando de que defeito de Dumbo na verdade era uma qualidade, pois com suas orelhas grandes o transformavam em um elefante voador, assim como Patinho Feio de aparência diferente não era um defeito e sim uma característica das aves da sua espécie, o elefantinho possuía orelhas grandes por uma causa maior. E que eles não tinham conhecimento e que só após sofrerem, descobriram.

No início da sociedade moderna, o amor materno não era algo de que as mulheres reivindicavam para si. Nos primeiros de emancipação feminina, o desejo era se liberar dos filhos e do lar, sempre que fosse possível. Ao sentirem liberdade as emancipadas e primeiras burguesas deixaram o bebê junto com água do banho e foram se dedicar a tentar realizar tarefas masculina. As amas–de-leite eram encarregadas dos cuidados aos bebês que muitas vezes só voltavam para casa adulto, se tivesse sobrevivido até então.

Na modernidade, o filho acaba sendo prioridade para mãe antes mesmo de ser viável, o destino dela passa a ser associado a do filho. A sociedade defini que o zelo com família é entre as realizações necessária para se obter sucesso. A premissa era “diga-me como são teus filhos, eu te direi quem és”. A maternidade já não era mais denegrida pela sociedade e sim algo importante que merece ocupação e preocupação.

Walt Disney ao criar Dumbo, essa mudança já estava feita. Dona Jumbo aceita seu filho e briga por ele, mesmo que se prejudique. O filho sempre será sentido e vivido como se fosse parte da mãe, ela o acompanhará no infortúnio e ele será sua extensão narcísica.

O drama do elefantinho é focado no fato de que ele se vê desprotegido quando sua mãe é enjaulada. A história tem seu fim, quando acontece o inusitado de um elefante voar. A diferença entre o conto do patinho para o elefante, é justamente o amor materno como um grande valor. No patinho fico claro a valorização no ponto negativo, pela rejeição egocêntrica e desproteção da sua mãe pata, já Dumbo não precisou transformar-se em uma outra criatura preexistente na natureza, ele é um ser incrível, um elefante voador.

Ao que se refere, o final do filme da Disney diferencia-se do conto de Andersen em O Patinho Feio, a alegria era pertencer a uma tribo e ter uma existência autônoma, para Dumbo, a felicidade estava em preencher os desejos do ideal materno e ser algo grandioso. O inacreditável aconteceu, um elefante voou, logo as fantasias maternas podem ser realizadas.  No entanto, é uma condição de infantilmente se entregar a ser objeto da mãe, sendo uma experiência clínica que nos conduz a vida inteira.

Já que na modernidade a mãe mudou, a infância também. Sendo seu aspecto mais evidente o prolongamento, não há mais pressa em sair das asas da mãe. Ao passo dessa prorrogar do crescer, está em ser criança mais tempo para que os pais tenham mais tempo para investir nos filhos em algo perto de seu ideal. No Dumbo, isso se faz presente já que ele é um herói e se fixa a mãe.

A função paterna de Dumbo, é representada pelo ratinho Timóteo, a relação rato-elefante nos traz que as funções paternas e maternas sobre sentimentos como de uma mãe maior do que suportamos e de um pai aquém do necessário para barrar sua potência. O ratinho aparece como um pai sob forma de conselheiro oportuno e sábio, somente após Dona Jumbo sair de cena, qual o amor preenchia todos os espaços. Timóteo faz com que Dumbo acredite em uma peninha mágica, usada por ele como recurso para que Dumbo perca o medo e acredite em si mesmo e que só revela a Dumbo quando ele já estava seguro disso.

Isso ocorre com as crianças ao andar de bicicleta, em um primeiro momento são amparadas até que aprendem e ganham confiança e seguem sozinhas. O papel do pai então se torna em auxiliar esse crescimento, representada por uma peninha sua presença que sabe acompanhar e se ausentar no momento certo. Andersen ao escrever O Patinho Feio, pensou em na valorização da infância, porém não foi assim que sucedeu. Os adultos contam como algo que é repetido todas as noites. Em uma comparação do Patinho Feio com Dumbo, acreditamos que Andersen não se deixou substituir e se fez presente pelas crianças, por trazer a questão de que uma batalha para ter seu lugar no mundo.

Patinho Feio já se desapegou de seu criador e segue apropriado por todos e circula com diversas versões. Na história do Patinho, no entanto não um vilão específico ao qual se pode punir, existe um ambiente hostil que o faz sofrer de frio e fome e o papel de mal se restringe as aves que o tratou com descriminação por sua aparência. Patinho Feio faz um elo entre conto de fadas tradicional e o romance moderno, guiando-se no sentimento de rejeição e vontade interna. Os conflitos externos colaboram para as decisões que afetam no quando partir e então o que move é o sentimento de não ser bem recebido em determinado lugar.

Cachinhos Dourados: uma casa que não acolhe

Na história de Cachinhos Dourados, retrata uma menina que foi passear em uma parte da floresta desconhecida por ela e encontrou uma casa que parecia estar abandonada por seus donos, três ursos que saíram para dar uma volta até que seu mingau esfriasse. Esses ursos então formavam uma família em uma versão popular, por outros seriam apenas um urso grande, médio e pequeno. Não contém ação, foco fica em estada de uma menina na casa. Cachinhos estava com fome e resolve provar o mingau, no entanto do pote grande estava muito quente, médio estava frio e o pequeno na medida, se alimentando então do mingau do urso pequeno, cansada Cachinhos decide experimentar um lugar para sentar, novamente passa pela cadeira grande que acha dura, a média muito mole e a pequena que pareceu ideal, porém ela muito grande para a cadeira que acabou quebrando. Não satisfeita foi tentar dormir um pouco, para variar, começou com a cama do pai achando duro, da mãe mole e do filhote ótima, pegou no sono. Seu sono não durou muito, pois acordou assustada e rodeada pelos ursos, não tendo dúvidas pulo pela janela e fugiu.

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