Resenha: O Primo Basílio

Resenha: “O PRIMO BASÍLIO”

“O primo Basílio” retrata a história de um jovem casal, Jorge e Luísa, pertencente à burguesia de Lisboa no século XIX. O fato principal da trama é o de Luísa cometer adultério com Basílio, seu primo e antigo namorado de juventude. O caso entre os dois acontece durante a ausência de Jorge que partira para uma viagem de trabalho.

O casal de amantes com receio das desconfianças da sociedade passa a se encontrar esporadicamente num quarto alugado, localizado no subúrbio de Lisboa. Mesmo sendo um quarto muito simples, chamaram-no de “Paraíso” e foi ali que diversas cenas de amor foram consumadas.

Juliana, a empregada amarga, invejosa e que tinha planos de enriquecimento rápido, observava toda a movimentação da casa e conseguiu interceptar algumas cartas trocadas pelos amantes e passa a chantagear a patroa.

Com o tempo, Luísa percebe que Basílio começa tratá-la com certo desprezo, mas ainda assim tenta convencê-lo a ficar com ela. Porém, ele se recusa e volta para Paris.

A situação fica pior, pois além de estar desolada e sentindo-se só com a partida de Basílio, Luísa é constantemente chantageada por Juliana e se vê obrigada a ceder às exigências da empregada: presenteá-la com seus vestidos, colocá-la em um quarto mais confortável e até mesmo a substituí-la em alguns serviços domésticos. A transformação de senhora mimada a escrava, fez com que Luísa começasse a adoecer.

Jorge retorna da viagem e de nada desconfia, mas a tortura continua e Luísa segue satisfazendo todos os caprichos da empregada. Com o tempo, Jorge nota uma diferença no trabalho realizado por Juliana e a despede, mas mesmo assim ela insiste em chantagear Luísa, a qual decide pedir ajuda para Sebastião, um amigo do casal, que ficou horrorizado ao ouvir toda a história de adultério, contudo resolveu ajudar a amiga.

Assim, Sebastião acompanhado de um parente que era policial, vai à casa de Jorge no momento em que Juliana estava sozinha, e esta sob ameaças de prisão devolve as cartas, mas morre logo em seguida pelo desgosto de saber que o seu sonho de enriquecimento acabara naquele momento.

O sofrimento de Luísa parecia ter chegado ao fim, porém já era tarde demais: suportar a tirania de Juliana fizera com Luísa ficasse enfraquecida e por isso foi acometida por uma violenta febre.

Acamada pela constante febre, Luísa não nota que a resposta da carta escrita à Basílio chegara e fora aberta por Jorge, e este acaba descobrindo o adultério da esposa nas palavras amorosas e cheias de saudade de Basílio. Jorge fica desconsolado e não esconde a indiferença para com a esposa e ela depois de recuperar-se pergunta a Jorge o que lhe afligia. Ele então mostra a ela a carta de Basílio e Luísa ao ler o conteúdo comprometedor cai desmaiada, fica vários dias passando mal e de nada adianta os cuidados do marido e dos médicos, pois Luísa acabara morrendo.

Logo depois, Jorge dispensa as empregadas e vai morar com Sebastião. Basílio volta à Lisboa e, ao saber da morte da amante, comenta cinicamente com um amigo: "antes tivesse trazido a Alphonsine".

Opinião Crítica: No romance, Eça de Queirós retrata a sociedade portuguesa e o desenrolar da história é uma crítica social à burguesia e aos atos humanos. Naquela época, o pensamento superficial

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