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Resenha do Filme: Capitão Fantástico

Por:   •  25/1/2018  •  Trabalho acadêmico  •  660 Palavras (3 Páginas)  •  5.020 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

CURSO DE PEDAGOGIA

ALUNA: ALINE DA SILVA OLIVEIRA

PROFESSOR: ALAN RICARDO DUARTE PEREIRA

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO I

JATAÍ, 04 DE AGOSTO DE 2017.


O filme Capitão Fantástico conta a história de dois pais que, preocupados com o rumo do mundo, decidem se isolar no meio do mato. Isolados da vida urbana, eles criam seis filhos, ensinando noções de liberdade e direitos civis, além de técnicas de sobrevivência na selva. Até as crianças mais novas aprendem a lidar com armas.

A situação da família é abalada pela ausência recente da mãe, que está internada. A relação das crianças com o pai acaba um pouco abalada e uma tragédia acaba fazendo com que a família deixe a floresta por um período. (Fonte: Adoro Cinema)

Ao se isolarem numa floresta e terem uma educação familiar, incluindo o pequeno de sete anos até o mais velho de 18 anos, vemos nessa formação o pensamento crítico, ótimas referências culturais e um ideal de convivência horizontalizado, em negação a hierarquias do sistema capitalista, nisso vemos alguns dos pensamentos de Marx, onde todos têm oportunidades no meio social, cultural e político.

 Por terem instrução através de livros, os 6 filhos de Ben, conhecem o mundo por meio das teorias e não pela prática e é isso que vemos durante a trama, a falta de manejo de Bodevan nas relações sociais e Rellian ao se sentir deslocado em sua família por não aderirem os costumes da sociedade.

Algumas das teorias de Karl Marx se fazem presente na cena do assalto ao supermercado, retratando a mais valia que para Marx não seria um roubo e sim, usufruindo daquilo que foi produzido e roubado pelos donos dos meios de produção por meio da carga horária e utilização da mão de obra barata.

A sociedade moderna nos é mostrada como tóxica, fútil e estúpida. Ao confrontarem os filhos da irmã de Ben isto é comprovado, pois a formação que os tais filhos demonstram ter é, uma educação industrializada, consumista e não uma formação de espírito mostrada por Zaja ao recitar a Declaração dos Direitos e interpretá-las.

Podemos identificar algumas das análises feita por Émile Durkheim representados no filme através do suicídio de Leslie (esposa de Ben). O suicídio está ligado à sociedade moderna pois, os laços entre o indivíduo e a comunidade, família e grupos sociais são frouxos, diferente da sociedade tradicional onde a moral e a consciência coletiva são coercitivas não incentivando esse ato que para Durkheim é um fato social.

Os hábitos das famílias que os filhos de Ben encontram durante o enredo é chamado por Durkheim de exterioridade, um fato que antes deles já existiam e depois deles vão continuar existindo, mas, essa família não segue essas normas impostas ao indivíduo.

Um indivíduo, afirma Durkheim, não é obrigado a usar a moeda nacional nem a língua dos compatriotas, mas, se assim proceder, encontrará pela frente a coercitividade dos fatos sociais, que pode manifestar-se sob a forma de condenação moral, isolamento, etc. Em casos mais graves de ruptura com as normas sociais, a coerção pode significar a prisão ou outra forma mais grave de retaliação. (VIANA, 2006, p.30)

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