O Transtorno Alimentar

  Transtorno alimentar ou disfunção alimentar é o termo que caracteriza qualquer comportamento alimentar fora dos padrões comuns e que causam prejuízos à saúde do indivíduo. São considerados como patologias, manifestando-se principalmente na adolescência e em mulheres entre 14 a 20 anos aproximadamente, apesar de ter ocorrido nos últimos anos um aumento significativo de transtornos alimentares em homens; no entanto, vamos destacar o mais comum entre os adolescentes que é a anorexia nervosa.

  Segundo o artigo “anorexia nervosa na adolescência” (adolescente onset anorexia nervosa) entra em um consenso de que os adolescentes tendem atingir os estágios da anorexia nervosa e a depressão juntamente mais precocemente que nos adultos; logo podemos observar que isso atrasa ou interrompe o desenvolvimento do jovem. Também fundamentam que essa patologia é identificada em diferentes culturas ou classes sociais, e que é de extrema importância a participação da família no tratamento, já que estão assustados vendo um familiar passando por uma anorexia nervosa e precisam saber cooperar, tendo a necessidade de motivação e entendimento para melhor ajuda-lo (a).

  Portanto, para melhor desenvolvimento de conjunto de técnicas para ajudar mais uma população alvo deste transtorno, é a equipe ter interação de perto com os pacientes, ou seja, ir até eles para que haja um diagnóstico da situação e envolver o conhecimento com o contato. É interessante que cada vez mais profissionais da saúde se aprofundem nesse tema pois nas últimas décadas vem tendo uma taxa crescente desta patologia, e as informações devem ser associadas a cada paciente para que haja melhores resultados.  

Com a iniciativa de atender e ajudar dada população com esse transtorno, coletaremos dados esporadicamente, logo, desenvolvendo a coleta de dados primários com o objetivo de atender necessidades especificas para desenvoltura da pedagogia da conscientização global. Iniciando assim, na pratica, o conjunto de técnicas para a promoção da saúde deste público, como adentrar a psico-educação de pacientes e familiares envolvidos, possibilitando a cura integral e visando uma melhor qualidade de vida para todos, promover reeducação alimentar, e principalmente acompanhamento na desconstrução da imagem corporal imposta por cada indivíduo.

Com isso na desenvoltura na coleta de dados secundários, de acordo com Christina Morgan no seu boletim etiológico feito na UNIFESP, os transtornos alimentares possuem fontes multifatoriais, que necessitam de um entendimento de um contexto por completo para chegar na questão que desencadeou certo transtorno.

Primeiramente, é levado em conta os fatores individuais e os possíveis transtornos psiquiátricos de cada um, no caso da anorexia, características como obsessividade, introversão, perfeccionismo e passividade são presentes, e em bulimia são mais comuns sociabilidade, comportamento gregário, e atos de risco e impulsividade são mais presentes. Características somáticas como a puberdade precoce, e alterações hormonais também são consideradas como pré-disposições para possíveis TAs.

A genética está fortemente ligada as TAs, fatores de agregação familiar, familiares com tais transtornos podem trazer de 4 a 11 vezes mais chances de sucessores apresentarem os mesmos tipos de doença dependendo do transtorno.

Porém, um dos maiores fatores que podem causar transtornos alimentares, são os fatores sócio-culturais que influenciam o meio em que os indivíduos vivem. O ideal de beleza criado principalmente na cultura ocidental feminina, cria um grande problema para a exposição corporal da mulher, trazendo consigo enormes radicalizações que interferem fortemente na saúde física e refletem totalmente na saúde psíquica, fazendo com que a abertura para transtornos seja muito maior, ainda sendo boa parte trazida pelas mídias, pela sociedade e pelo histórico cultural já instalado há vários anos.

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