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Resenha Filme Germinal (Psi. Organizacional)

Por:   •  13/3/2019  •  Resenha  •  568 Palavras (3 Páginas)  •  409 Visualizações

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Filme: Germinal

Lorena S. Valadares

Prof. Ms. Alberto de Oliveira

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Goiânia, 2018

 

         O filme “O Germinal” aborda de maneira bem clara as relações de trabalho, as lutas de classe existentes na sociedade capitalista, o processo de instalação do capitalismo nas cidades e o ritmo de produção dos trabalhadores e a exploração pelos patrões através do trabalho desumano nas minas de carvão francesas, retratando também claramente a perversas e severas transformações sociais imposta pela produção capitalista. O filme faz uma relação com o processo dos primeiros movimentos grevistas ocorridos nas minas de carvão na França. Manifestações essas, provocadas pelas condições precárias de trabalho, miséria, exploração e baixos salários. O filme mostra perfeitamente o processo de produção do trabalho do modelo capitalista, a expansão do capital e os opostos entre as necessidades humanas e materiais. Retratando o momento histórico e seus problemas sociais, econômico, político e cultural, que foi o cenário da revolução industrial.

         Conforme mostra o filme, todos da família eram encaminhados para o mesmo tipo de trabalho, sendo expostos a péssimas condições. As mulheres, além do demasiado trabalho em suas casas, tinham que submeter-se a uma exaustiva jornada de trabalho na mina e a ver seus filhos começarem a trabalhar ainda muito jovens. E não havia nada que pudessem fazer senão lutar contra os opressores. A companhia que geria a mina alegava dar casa e aquecimento como se isso fosse um favor, sem levar em consideração a mão de obra “escrava”.  Os donos da companhia eram sarcásticos, pois em um trecho do filme chegaram a sugerir para uma mãe de família que era necessário poupar quando na verdade o valor que eles doavam para o aluguel das casas, não passava de seis francos e o salário operário se quer dava para os custos de alimentação. A divida só aumentava, ganhavam muito pouco, e além disso, eram multados em detrimento dos desmoronamentos nas minas.

         Um dos personagens que vinha de um lugar longe para trabalhar na mina tinha idéias marxistas, contrapondo-se a alguns de seus companheiros de trabalho, pois alguns consideravam como asneiras. Então esse personagem que concordava com Marx continuava a acreditar na evolução das forças naturais, querendo negociar com os patrões para obter aumento de salário. “O operário sozinho não é ninguém, mas unido representa uma grande força”. Dede então a greve já era bem cogitada, mas havia necessidade de organização por parte dos operários. Para muitos aumentar o salário numa economia capitalista seria um sonho. A luta pela justiça, a idéia de correr com os burgueses, surge aí uma espécie de sindicato. Além da precariedade dos salários ainda existia a ameaça da redução dos mesmos. Havia coação por parte dos patrões para que os trabalhadores não se envolvessem em política, e fica evidente a omissão da igreja, pois se tornou aliada ao capital tirano.

         Depois que terminaram de se organizar aconteceu de fato a greve. Porém não houve adesão por muitos deles, o que terminava fortalecendo cada vez mais o poder dos patrões. Um personagem do filme afirma: “A velha sociedade já não existira. Nascerá um novo mundo, mas não desaparecerão as desigualdades. Continuará a haver pessoas mais inteligentes que outras que viverão à custa dos fracos”.  

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