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Transtornos alimentares e obesidade

Por:   •  27/3/2017  •  Artigo  •  4.287 Palavras (18 Páginas)  •  306 Visualizações

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Resumo

Este trabalho aborda o tema dos transtornos alimentares, focando especificamente na obesidade. No decorrer do trabalho é falado sobre o que é a obesidade, quais são os fatores que predispõem o sujeito a desenvolver esse distúrbio, qual é a sua fisiologia e quais as possíveis complicações que podem vir a decorrer desse quadro. Também é abordada a questão do tratamento, mediante entrevista feita com duas profissionais da área de saúde – uma psicóloga e uma nutricionista, onde são mencionados pontos relacionados ao trabalho que cada uma exerce em relação ao paciente obeso, bem como a melhor forma de se trabalhar esse paciente, ou seja, avaliando, além dos aspectos biológicos, o seu contexto social, pessoal, psicológico, de forma a trabalhar o paciente por completo, o que demonstra uma abordagem biopsicossocial da questão.

Introdução

Este trabalho tem o propósito de relatar, por meio de entrevistas realizadas, as experiências vividas pelos estudantes do curso de Psicologia, buscando uma maior experiência e um maior conhecimento adquirido durante a Disciplina de Fisiologia dos Processos Básicos, na Universidade de Fortaleza - UNIFOR, agregando valores aos Psicólogos em formação.

O objetivo geral que norteou essa pesquisa foi a de apresentar dados de pesquisa de investigação, cuja importância está em identificar o trabalho realizado por dois profissionais especializados na área de transtornos alimentares, buscando compreender as prevenções, os tratamentos e o controle de um indivíduo que sofre com essa doença, principalmente os indivíduos que estão em processo ou já estão sofrendo com a obesidade, bem como saber como isso interfere no seu desenvolvimento físico, psicológico, social, espiritual, dentre outros. Além de buscar informações acerca dos transtornos alimentares e da obesidade, vamos explicar como ocorrem esses processos fisiologicamente, podendo interferir no indivíduo de diversas maneiras, principalmente no seu estado psíquico.

A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo excessivo de calorias na alimentação, consumo este superior ao valor usado pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ou seja, a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente. O diagnóstico da obesidade é baseado na classificação e no cálculo do IMC. Como a obesidade é provocada por uma ingestão de energia que supera o gasto do organismo, a forma mais simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais saudável, com menor ingestão de calorias e aumento das atividades físicas. Essa mudança não só provoca redução de peso e reversão da obesidade, como facilita a manutenção do quadro saudável. O uso de medicamentos está muito comum nos dias atuais, entretanto, a utilização de medicamentos no tratamento da obesidade contribui de forma modesta e temporária no caso da obesidade, e nunca devem ser usados como única forma de tratamento. Boa parte das substâncias usadas atuam no cérebro e podem provocar reações adversas graves, como: nervosismo, insônia, aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos acelerados, boca seca e intestino preso. Um dos riscos mais preocupantes dos remédios para obesidade é o de se tornar dependente. Por isso, o tratamento medicamentoso da obesidade deve ser acompanhado com rigor e restrito a alguns tipos de pacientes.

Todo caso de obesidade deve ser considerado como único, pois todo indivíduo tem suas particularidades fisiológicas. No caso de pessoas com obesidade mórbida e comorbidades, como diabetes e hipertensão, podem optar por fazer a cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade, entretanto, a escolha da cirurgia dependerá do quadro do paciente, do grau de obesidade e das doenças relacionadas. É preciso saber a importância do controle do tratamento antes, durante e depois das cirurgias, para evitar possíveis prognósticos que atinjam a saúde física e psicológica do indivíduo, por isso a melhor eficácia no tratamento da obesidade é pelas mudanças de hábitos alimentares e aumento de atividades físicas.

Para o desenvolvimento deste trabalho, a partir dos nossos objetivos específicos, identificamos o funcionamento do trabalho dos profissionais entrevistados junto com os modelos de atenção a saúde, com a realização de uma entrevista do tipo semi-aberta com uma Psicóloga e uma Nutricionista. Ambas discorreram sobre seus respectivos trabalhos no acompanhamento de um paciente obeso, sempre deixando claro que deve ser levado em consideração, além dos fatores biológicos, a vida pessoal do sujeito, sua rotina, suas relações sociais, o papel que a comida tem em sua vida, bem como a importância de um acompanhamento de diversos profissionais da área da saúde para que o tratamento deste paciente seja satisfatório, mostrando, dessa forma, que ambas trabalham com uma abordagem biopsicossocial.

Este relatório de pesquisa está dividido em 5 partes. No primeiro item, destacamos a apresentação do trabalho realizado e as experiências que aprendemos. No segundo item, ressaltamos a metodologia, detalhada no item seguinte, mostrando as entrevistas da Psicóloga e da Nutricionista, com o objetivo de mostrar na pesquisa como funciona o trabalho desses dois profissionais no controle e no tratamento dos transtornos alimentares. No terceiro item, apresentamos as concepções pessoais, acadêmicas e profissionais realizadas neste trabalho durante as entrevistas e as pesquisas feitas, e, por fim, apresentamos as conclusões.

Metodologia

Utilizou-se a metodologia qualitativa, cujo objeto central foi a fala como elemento de significação dos dados. O instrumento usado foi uma entrevista semi-estruturada, com questões abertas, contendo duas partes: uma, que seria respondida pela Psicóloga especializada em transtornos alimentares, e a outra, que seria respondida por uma Nutricionista.

Entretanto, é preciso esclarecer que metodologia é entendida aqui como o conhecimento crítico dos caminhos do processo científico, indagando e questionando acerca de seus limites e possibilidades (Demo, 1989). Não se trata, portanto, de uma discussão sobre técnicas qualitativas de pesquisa, mas sobre maneiras de se fazer ciência. A metodologia é, pois, uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa; nela, toda questão técnica implica uma discussão teórica.

As chamadas metodologias qualitativas privilegiam, de modo geral, da análise de dados, através do estudo das ações sociais individuais e grupais. As pesquisas qualitativas trabalham com: significados, motivações, valores e crenças e estes não podem

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