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Análise do filme Tropa de Elite

Por:   •  19/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.696 Palavras (11 Páginas)  •  461 Visualizações

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Análise do filme Tropa de Elite

Trabalho apresentado à Universidade Anhanguera - Pólo de Juazeiro - como requisito de avaliação parcial da disciplina Psicologia Social e Serviço Social, a ser postado no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).                                                        

                                                                       Orientadora: Profª. Helenrose A. da S. P. Coelho 

JUAZEIRO – BA

2014

Análise do filme Tropa de Elite


           O filme Tropa de Elite apresenta claramente a violação dos direitos humanos. Apesar de existirem diferentes organizações policiais no Brasil, a forma como eles lidam com os cidadãos pobres e marginalizados traz à tona uma característica comum a todas elas: o abuso do poder e o uso da agressão física como forma de eliminar um inimigo. Essa é uma conduta adotada também pelos traficantes que dominam as comunidades.

O filme apresenta inicialmente a polícia militar convencional carioca que está tomada pela corrupção e recebe dinheiro vindo do jogo do bicho ou das propinas advindas da venda de armas aos traficantes. Mas também mostra o BOPE, tropa de elite da polícia militar, mas que na prática é completamente diferente dela. Ele foi criado para intervir quando a polícia convencional, não consegue dar conta do serviço. 

A partir de uma perspectiva crítica, percebe-se que regras existentes na Polícia Militar como parte do governo se fazem necessárias para que haja mudanças com relação à atitude tomada por eles. Precisa haver sim uma cumplicidade entre o governo e a polícia para que juntos possam encontrar soluções para a sociedade, de uma maneira que não venham com isso tirar proveito próprio.

O homem, através das suas diferenças defronta-se com seu comportamento, pois ele é um ser surpreendente diante de outros animais. Seus hábitos, costumes, crenças e culturas estão em constante mudança. A palavra razão é o que predomina em seu vocabulário. 

Este filme além de fazer uma crítica à corrupção da polícia carioca também mostra a hipocrisia da classe média, representada por estudantes universitários que fazem trabalhos em Organizações Não governamentais - ONGs - nas favelas. Eles criticam a violência policial, mas, no enredo do filme, que não está longe da realidade da sociedade, estes mesmos estudantes realizam o consumo e o tráfico de drogas nas festas e na própria universidade e assim favorecendo a violência urbana. Surge então uma linha tênue: A cultura cria o que é proibido socialmente (criminoso, louco) e o rejeita definindo uma fronteira para além da qual tudo é transgressão.

A cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica formulada por Edward B. Tylor, segundo a qual cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade. 

Cultura é também associada, comumente, a outras formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade, como a música erudita europeia, por exemplo. Vários cientistas sociais como Ralph Linton, Leslie White, Clifford Geertz, Franz Boas, Malinowski, Kroeber e Clyde Kluckhohn realizaram definições de cultura.

Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura muitas vezes se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na França e na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite. Ela possibilitou o surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre cultura erudita e cultura popular, melhor representada nos textos de Matthew Arnold, ainda fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais. 

Enfim, cultura é o conjunto de atividades e modos de agir, costumes e instruções de um povo. É o meio pelo qual o homem se adapta às condições de existência transformando a realidade. 

No filme são apresentadas algumas manifestações culturais tais como:
festas com músicas funk, exibição de variadas armas, corrupção e tráfico de drogas. É comum na favela traficante matar fogueteiro que aponta (normalmente são crianças ou adolescentes as vítimas). A partir do filme foram agregados à nossa cultura bordões como: “pede pra sair”, “tu é muleque”, dentre outros. O desejo de obter dinheiro fácil e rápido aliado à falta de perspectivas de melhores condições de vida transforma jovens e adolescentes em alvos fáceis para o crime. O sistema não tem limites e nem tem fronteiras e já faz parte da cultura da polícia, devido a isso policiais honestos são levados a loucura. 

Podemos evidenciar no filme Tropa de Elite alguns conflitos sociais, tais como: a violação dos direitos humanos; a segurança pública e as relações entre criminalidade e poder público. 

O Serviço Social é importante na resolução de conflitos sociais porque a
sua intervenção consiste na promoção dos direitos humanos, agindo como mediador, com o objetivo de capacitar o indivíduo para a ação no que respeita ao seu próprio percurso de vida. A intervenção do assistente social é baseada em conhecimentos teórico-científicos, métodos e técnicas próprias para a ação que desenvolve. Essa intervenção partiu de uma prática baseada no princípio da satisfação das necessidades humanas e, ao longo dos anos, tem-se sentido uma grande necessidade de aprofundar conceitos e teorias sobre essas práticas de intervenção. 

O campo de intervenção dos Assistentes Sociais pode ser entendido como um espaço relacional, na medida em que se estrutura e se corporifica através da comunicação e da participação dos elementos que compõem o campo, diremos que um dos aspectos essenciais que nos interessa perceber é a rede de relações que se estabelece entre os diferentes protagonistas que integram esse campo de intervenção. (Andrade, 2001:1964).

Ainda na perspectiva desta autora, o profissional de Serviço Social realiza o movimento de passagem da exclusão para a inclusão. 

Segundo Gouveia (1982), a intervenção do Serviço Social implica questionar um fenômeno social que se constitui como problemático para uma pessoa. É pretender objetivar o conhecimento do fenômeno, vendo o fenômeno como o cliente o concebe e não somente como o Assistente Social o imagina. 

Já Faleiros (1999), acredita que o processo de intervenção não se modela num conjunto de passos preestabelecidos e sim que exige uma profunda capacidade teórica para estabelecer os pressupostos da ação e uma capacidade analítica para entender e explicar as particularidades das conjunturas e situações. Para ele, igualmente importante é a capacidade de propor alternativas com a participação dos sujeitos, em que se correlacionam as forças sociais, atuando numa correlação particular de forças, de forma institucionalizada, na mediação “fragilização-exclusão/fortalecimento/ inserção”, vinculada ao processo global de reproduzir-se e representar-se pelos sujeitos e suas trajetórias.

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