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Precarização do Serviço Social em Tempos Atuais

Por:   •  12/2/2019  •  Artigo  •  1.178 Palavras (5 Páginas)  •  165 Visualizações

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TRABALHO EM GRUPO – TG

Aluno:

TIAGO SILVA DE FREITAS     RA: 1407008

POLO

SÃO GERALDO – MANAUS

2016

Sobre a precarização do Serviço Social em tempos atuais é preciso observa que, o papel do Estado no projeto privatista é garantir o mínimo a quem não pode pagar, deixando para o setor privado os quem tem acesso ao atendimento. O modo de produção capitalista determina novas estruturas para o mercado de trabalho e novas condições de trabalho, como a reestruturação produtiva, o aumento do desemprego estrutural, a flexibilização dos direitos, o exército industrial de reserva, a busca por qualificação profissional, tudo isso vem atrelado ao modo de produção capitalista que visa sempre obter lucros.

Sobre isso, Costa (2006, p. 306) ao citar os documentos da ABESS (1996) diz que:

O trabalho dos assistentes sociais não se desenvolve independentemente das circunstâncias históricas e sociais que o determinam, de fato a inserção do Serviço Social nos diversos processos de trabalho, encontra-se profunda e particularmente enraizado na forma como a sociedade brasileira e os estabelecimentos empregadores do Serviço Social recortam e fragmentam as próprias necessidades do ser social e a partir desse processo como organizam seus objetivos institucionais que se voltam à intervenção sobre essas necessidades.

Entretanto o Assistente social enquanto trabalhador assalariado esta sujeito a determinadas normas que qualificam o trabalho na sociedade, e o profissional de serviço social ao ser inserido em uma instituição seja ela privada ou pública, está subordinado aos interesses institucionais. Conforme Iamamoto e Carvalho (2012, p.81) o Serviço Social “responde tanto as demandas do capital como do trabalho e só pode fortalecer um ou outro polo pela mediação de seu oposto”. Ainda segundo os autores, é “a partir dessa compreensão que se pode estabelecer uma estratégia profissional e política, para fortalecer as metas do capital ou do trabalho, mas não se pode excluí-las do contexto da prática profissional, visto que as classes só existem inter-relacionadas” (IAMAMOTO E CARVALHO, 2012, p.81).

As condições de trabalho dos assistentes sociais não diferem dos demais profissionais, contratos precários, flexibilização dos direitos trabalhistas, processos seletivos que representam uma atividade administrativa de burlar a legislação que defende a realização de concursos públicos, prestação de serviços por tempo determinado entre outros. Estas situações levam os profissionais a conviverem com situações de precarização da atividade profissional e, resistirem e lutar em defesa dos direitos dos usuários dos serviços em que estão inseridos e, ao mesmo tempo, travarem um luta em seu cotidiano profissional, legitima, por melhores condições de trabalho. (LENI; LUCIENY; EDER. SD)

        

Esse modelo estabelece valores e normas sociais pautadas no individualismo, na competitividade e no consumo desenfreado, no poder de dominação e imposição do outro. E acentua cada vez mais as diferenças sociais.

 Os assistentes sociais assim como os demais profissionais, sofrem os reflexos desse modelo de produção, a medida que também precisam trabalhar por meio de contratos temporários, subcontratos e terceirização. O assistente social enquanto um trabalhador assalariado fica sujeito a essas condições de trabalho, o que por sua vez interfere diretamente na sua ação profissional, não só porque as condições de trabalho não lhe permitem muitas vezes ir além do fazer profissional, mas por vezes porque além de se sentirem controlados pelo sistema, também se sentem desmotivados, perdem o senso crítico. Por isso é importante que o profissional se alicerce no referencial teórico.

É preciso ressaltar, entretanto que, o assistente social é detentor de um código de ética que norteia suas ações profissionais, portanto, embora sua atuação seja a mediação constante entre capital e trabalho, é preciso ter a referência de que a profissão tem sua direção atrelada ao projeto Ético Político, que por sua vez se identifica com as classes subalternas.

O assistente social ao atuar perante as diferentes políticas sociais deve se distanciar das abordagens tradicionais funcionalistas e pragmáticas, visto que essas reforçam práticas conservadoras que tratam as situações sociais como problemas de ordem individual, culpabilizando o indivíduo. Logo o assistente social necessita ter uma visão totalizando dos fatos, baseada na identificação dos determinantes sociais, econômicos e culturais das desigualdades sociais. Supõe-se uma intervenção que vá além da demanda aparente, identificando dessa forma as condições de vida realizando, portanto uma leitura crítica da realidade.

O que está em jogo para os assistentes sociais que objetivam uma ação profissional que rompa com o conservadorismo preponderante no domínio da prática é, partindo da definição clara e consciente de suas referências ético-políticas, a apropriação de uma perspectiva teórico-metodológica que, colocando referências concretas para a ação profissional, possibilite a reconstrução permanente do movimento da realidade objeto da ação profissional, enquanto expressão da totalidade social, gerando condições para um exercício profissional consciente, crítico, criativo e politizante, que só pode ser empreendido na relação de unidade entre teoria e prática. Como explicitado no Código de Ética, é uma direção que, colocando como valor central a liberdade, fundada numa ontologia do ser social assentada no trabalho, tomando como princípios fundamentais a democracia e o pluralismo e, posicionando-se em favor da equidade e da justiça social, elege um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero. (VASCONCELOS, 2006, p.253).

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