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OS ESPORTES NÃO CONVENCIONAIS

Por:   •  8/10/2019  •  Resenha  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  416 Visualizações

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ESPORTES NÃO CONVENCIONAIS

 

TAGUATINGA

2019

O Brasil é conhecido mundialmente como o país do futebol, terra do sol, de belas praias e claro, da torcida organizada, dos grandes clubes, de um cenário favorável para o esporte. A cada dia, os educadores de Educação Física possuem a missão de apresentar novas atividades às crianças, pois a mídia é uma das maiores influências para os nosso alunos entenderem o futebol como o “melhor esporte”. As crianças insistem pelo jogo de futebol nas aulas.

De maneira popularizada Educação Física e esporte tendem a se igualar, sendo esta entendida apenas como a realização de jogos esportivos e competitivos, que envolvem regras, tempo de prova e pontuação, e isso tende a se estender para dentro das escolas. Segundo Bracht,

Ser esportivo, aparentar boa forma física, já quase não é uma opção, mas sim uma imposição social. Ligada a este bem do corpo ou das práticas corporais, temos o boom da indústria do lazer e dos materiais esportivos. (Bracth, 1992, pág. 46).

 No entanto, a Educação Física tem uma intencionalidade que vai além de um bom condicionamento físico, envolve aspectos lúdicos, motores, culturais, sociais, o Se-Movimentar, ou seja, função primordial da expressão, que busca levar a aprendizagem e não a imitação de técnicas desenvolvidas em um jogo. Portanto, há aí expressão, há criação.

O Se-Movimentar é "a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma cultura de movimento; é a relação que o sujeito estabelece com essa cultura. (SÃO PAULO, 2008, p. 43).

              

Para Merleau-Ponty (1999, p. 522):

Se todas as aquisições culturais do surfe e do futebol (e do basquete, da dança, da ginástica...), seus equipamentos, praticantes e a memória que se tem deles fossem destruídas, “seriam necessários novos atos de expressão criadora para fazê-las aparecer no mundo.

            Desta forma, a apresentação dos esportes não convencionais possibilitam às crianças esse ato criativo de Se-Movimentar, retiram-nas da zona de conforto, das regras e passes “pré-estabelecidos” do futebol. A BNCC esclarece que é necessário que as crianças tenham vivência de esportes não convencionais, que não são tão difundidos na cultura brasileira, porém são esportes vivenciados em outras culturas, os esportes não convencionais não devem ser entendido como a criação de conteúdo para aula de Educação Física e sim como um meio de socializar as crianças para práticas esportivas pouco utilizadas nas escolas, os alunos devem ter a vivência corporal desse esporte segundo Vaghetti (2003, p. 3):

Essa experimentação irá ajudar o estudante a compor um estilo próprio de enfrentar seus medos, de construir seus argumentos, suas retóricas, suas performances corporais, suas exposições e disputas no mercado de trabalho e fundamentalmente na vida.

        Ao apresentar esportes como frisbee, beisebol e badminton, por exemplo, os alunos poderão utilizar expressões corporais próprias desenvolvendo e articulando saberes, tanto nos aspectos físicos, quanto nos aspectos culturais, despertando o interesse pelo conhecimento das teorias e práticas que envolvem esses esportes proveniente das mais diversas culturas do planeta. Há muitos benefícios envolvidos nessas práticas esportivas, dentre eles o movimento livre, a integração com a natureza, o conhecimento de outros espaços físicos da escola, não limitando as aulas apenas às quadras. O aluno que procuramos formar no século XXI perpassa por um ser questionador, curioso e transformador de sua realidade, os esportes não convencionais vão de encontro a esse objetivo na educação

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