Literatura infantil: Gostosuras e bobices

1:APRESENTAÇÃO:

O projeto recontando os contos amazônicos dos graduandos do curso de pedagogia da universidade paulista, busca Contar e conhecer os contos e lendas amazônicas, não é apenas uma maneira de aprender sobre nossa cultura, mas uma forma de desenvolver na criança aspectos que possam expandir a sua imaginação, sua criatividade, a produção de textos e principalmente proporcionar o prazer pela leitura.

Através do projeto procurou-se despertar nos estudantes que antes não tinham conhecimento ou interesse pelos contos e lendas amazônicas, procurarem livros e contos sobre as nossa cultura, entendendo a tradição do imaginário caboclo.

1. JUSTIFICATIVA:

O curso de pedagogia proporciona ao graduando acesso a varias leituras e experiências de estágios , que fazem refletir a respeito da realidade da educação das crianças, jovens, adolescente e demais estudantes, e com essas experiências pode-se perceber que com o advento da tecnologia muitos tem deixado de lado o conhecimento da cultura amazônica, com tal observação surgiu o interesse por este tema.

Contar histórias sobre folclore Amazônico sempre foi uma afirmação cultural muito forte entre seu povo, porém, devido a correria do dia a dia e com o advento dos recursos tecnológicos, muitas crianças e até mesmo jovens e adultos perderam o contato com esta valiosa forma de conhecer mais sobre sua cultura e região.

Em nossa região, temos uma vasta lista de lendas que retratam o imaginário Amazônico, e isso faz parte da construção de nossa história e identidade.

A partir deste pensamento o presente projeto pretende responder: Se através de estratégias pedagógicas pode-se resgatar traços culturais, como recontar nossas lendas e contos amazônicos?

Para que a leitura desses contos e lendas tenha um resultado significativo no aprendizado do aluno, é necessário que o professor se utilize desses materiais de forma prazerosa, e não imposta, já que ele é o mediador de todo o conhecimento adquirido em sala de aula.

Vale ressaltar que o professor tem que ser um constante pesquisador e observador, com isso, ele se torna responsável por reconhecer a importância de um livro ou história e saber trabalhá-lo com seus alunos. Dentro deste contexto, ele deve estar preparado para incentivar o seu aluno para adquirir o hábito pela leitura, socializando de várias maneiras para que este processo ocorra.

No processo de letramento, há grandes possibilidades de se explorar a literatura, dentre elas destacamos a interpretação de texto através da escrita, interpretação através da ilustração que consequentemente estimula a criatividade, recontar oralmente a história, de modo que aguce a imaginação e a curiosidade sobre o que o aluno leu.

De acordo com Abramovich (2006), para a formação da criança, é importante ouvir histórias, pois o ouvir é de fato o início da aprendizagem para tornar-se um leitor, e a autora afirma que ser um leitor é ter um caminho infinito de descobertas e compreensão do mundo.

Ainda de acordo com Abramovich:

“Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, com a ideia do conto ou com o jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento... É também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar outras ideias para solucionar questões (como as personagens fizeram...). É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos - dum jeito ou de outro - através dos problemas que vão sendo defrontados, enfrentados (ou não), resolvidos (ou não) pelas personagens de cada história (cada uma a seu modo)... É a cada vez ir se identificando com outra personagem (cada qual no momento que corresponde àquele que está sendo vivido pela criança)... e, assim, esclarecer melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para a resolução delas...” (2006, p.17)

Conquistar a atenção de uma criança não é uma tarefa fácil, ainda mais contar uma história que prenda sua atenção é uma tarefa que deve ser feita aos poucos.

Ainda de acordo com Abramovich (2006):

Não pode contar história por contar, é necessário saber como se faz, pois é por meio destas histórias que descobrem-se novas palavras, e quando inicia o contato com a sonoridade das frases e nomes entre outras. Na realidade contar uma história para a criança, tornar-se uma arte, pois por meio dela que se desenvolve o equilíbrio do que é ouvido, como o que está sentindo.

Para que isso ocorra, a relação que devemos ter com o livro, deve está pautada em uma relação prazerosa, onde as crianças vivenciem tais emoções em consonância com os personagens vividos nos contos, eles devem se sentir parte da história, e isso os leva a imaginar o que está sendo narrado pelo professor.

Isso só vem a corroborar o que Alves afirma a cerca da construção da narrativa da criança:

"Minha ideia era entender que vozes participam da construção narrativa da criança. É preciso considerar que, ao narrar, a criança segue algo que já está na sua estrutura cognitiva. Ela já tem em seu repertório verbal histórias que lhe foram contadas ou lidas. Quando é estimulada a contar essas histórias, parte sempre dessas matrizes, mas coloca nas narrativas a sua própria versão.” (2015)

Alves (2015) ainda firma que "É importante que as crianças contem histórias, porque assim passam a dominar a construção da língua materna e elaborar o seu próprio discurso, entrando no contexto do imaginário".

De acordo com este aspecto, o presente projeto visa resgatar os contos amazônicos como forma de valorizar nossa história e cultura, fazendo a criança participar das histórias através da imaginação, narrando alguns contos que fazem parte de nossa região, possibilitando a elas a oportunidade de se sentirem parte dessa narrativa.

3. OBJETIVO GERAL

• Redescobrir a cultura regional através de lendas e contos amazônicos.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Valorizar a cultura e a narração oral dos alunos através dos contos amazônicos;

• Reconhecer os contos

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