O TAEKWONDO COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO PARA PORTADOR DE DEFICIENCIA INTELECTUAL

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UNIÃO BRASILEIRA DE FACULDADES – UNIBF

EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA

RODOLFO DA COSTA MUNIZ

O TAEKWONDO COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO PARA PORTADOR DE DEFICIENCIA INTELECTUAL

RIO DE JANEIRO, AGOSTO DE 2021

RODOLFO DA COSTA MUNIZ

O TAEKWONDO COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO PARA PORTADOR DE DEFICIENCIA INTELECTUAL

Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado

para obtenção de certificado no Curso de Especialização – Latu Sensu em EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA da União Brasileira de Faculdades, UNIBF.

RIO DE JANEIRO, AGOSTO DE 2021

RESUMO

O tae-kwon-do é uma arte marcial coreana que utiliza, pés e mãos como ataque e defesa, A arte marcial que quando criada havia o intuito da guerra, com o passar dos anos, tornou-se modalidade esportiva nos jogos olímpicos em Sidney, assim, a modalidade entrou oficialmente no programa olímpico e paralímpicos. Seus benefícios sociais, físicos e mentais torna-se uma ferramenta de grande valia no auxílio ao desenvolvimento da pessoa com deficiência. O objetivo desse trabalho é informar e auxiliar professores o conceito de adaptação permitindo assim, que mais pessoas portadoras de deficiência tenham acesso a prática das artes marciais permitindo assim, conscientização, inclusão ao meio e o desenvolvimento pleno do cidadão.

Palavras-chave: desenvolvimento. adaptação. inclusão. deficiência

1. INTRODUÇÃO

O presente estudo objetiva apresentar, conhecer e investigar, por meio da análise bibliográfica e reflexão teórica do taekwondo como uma adaptação do esporte de combate possibilitando a prática de pessoas com deficiência, garantindo assim, o acesso a prática desportiva e a chances de competição em igualdade através de categorias.

O taekwondo é uma arte marcial utilizada durante as crises e invasões nos reinos hoje conhecidos como Coreia, inicialmente possuía o objetivo de guerra e com o passar dos anos se tornou um esporte olímpico, a sua pratica permite a experiência de uma nova cultura assim como diversos benefícios físicos, sociais e psicológicos aos seus praticantes.

Após a visibilidade da modalidade nos jogos olímpicos de Sidney, a arte marcial ganhou força e visibilidade. Sendo criado em 2005 o comitê de Parataekwondo dentro da Federação Mundial de Taekwondo e já em 2009 foi realizado o primeiro Campeonato Mundial da modalidade. (Flor & Flor, 2017)

Segundo o CENTRO DE REFERENCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL, o professor deve ser um mediador, facilitador e articulador do conhecimento, ele deve ter também, o papel de aluno, com plena consciência que ele por ser humano, é falho. Isso traz a necessidade constante em obter conhecimento sobre deficiências, acessibilidade, inclusão assim como a segurança no trato a pessoa com deficiência.

O tema considerado novo, necessita de estudos profundos tendo em consideração a pouca bibliografia abordando as temáticas taekwondo , entretando, os benefícios das atividades físicas em conjunto com adaptação, e profissionais capacitados, pode trazer novas possibilidades à atuação do profissional de Educação Física e de professores de lutas, promovendo um novo olhar estratégico e metodológico no ensino, incluindo o PCD ao esporte e reduzindo assim, as desvantagens que os praticantes possam ter levando em consideração a sua deficiência.

Mediante os fatores apresentados, objetivo da pesquisa consiste na busca de conteúdos a fim de contribuir significativamente para a comunidade acadêmica e profissionais da área de Educação Física, pais e professores de taekwondo quanto ao conhecimento da deficiência física nos membros superiores e a pratica do esporte adaptado.

1. DESENVOLVIMENTO

1.  HISTÓRICO

Segundo Kim (1995), A história do tae-kwon-do é data do século 1 antes de Cristo, proveniente da Coreia, onde existiam três reinos: Koguryo, Baek-Je e Silla esse sendo o menor deles, sofria constantes invasões e saques dos reinos vizinhos maiores. Foi então que um grupo de jovens militares e aristocratas formaram o Hwarang-do, uma tropa de elite semelhantemente aos samurais japoneses que desenvolveram uma forma de luta que utilizavam os pés e as mãos chamada Taekyon, fundamentada sobre um rigoroso código de honra de obediência ao rei, respeito aos pais, lealdade com os amigos, nunca recuar perante o inimigo e só matar quando não houver alternativa.

Por intermédio do Hwarang-do, O reino de Silla conseguiu unificar e conquistar os reinos vizinhos, tornando-se Korio (Coreia). O Taekwondo foi trazido ao Brasil no ano de 1970, na cidade de São Paulo, através do grão mestre Sang Min Cho, enviado oficialmente pela International Taekwondo Federation (ITF). Cumprindo a missão a ele confiada, foi fundada a primeira academia de Taekwondo no Brasil, em 08 de agosto de 1970, a atual Academia Liberdade, no bairro da Liberdade em São Paulo. A sua fundação deu-se frente a diversas dificuldades, as principais foram o idioma português, a forma verbal da comunicação, e os hábitos e costumes do povo brasileiro (KIM, 1995).

A alta visibilidade do esporte durante os jogos olímpicos abriu um leque para o desenvolvimento de pessoas com deficiência

“O interesse pelo Parataekwondo começou a surgir nesta época (anos 2000), pensando já em uma possível introdução da modalidade nos Jogos Paralímpicos. Em 2005 foi criado um Comitê de Parataekwondo dentro da Federação Mundial de Taekwondo e já em 2009 foi realizado o primeiro Campeonato Mundial da modalidade. O Comitê Paralímpico das Américas incluiu a modalidade no programa dos Jogos Parapanamericanos em 2016, mesmo ano que o Parataekwondo teve sua exibição nos Jogos Olímpicos do Rio. A estreia do Parataekwondo em Jogos acontecerá em 2019, nos Jogos Parapanamericanos de Lima, e logo em seguida fará sua estreia em Jogos Olímpicos em Tóquio (2020). Assim como o Taekwondo, a Luta foi incluída no programa paralímpico. No Parataekwondo a deficiência de membros é a única definida como elegível para a modalidade. No Parataekwondo a grande maioria das deficiências elegíveis e consequentemente a maioria dos atletas tem deficiências de membros como amputação ou dismelia, em que a avaliação é bastante objetiva e consiste na medida do membro afetado e a classificação é de acordo com estas medidas. É com estas características e regulamentações que o Parataekwondo fará sua primeira participação em Jogos Olímpicos, em Tóquio 2020”. (FLOR & FLOR, 2017)