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Resenha dos Artigos: Gerenciando a Diversidade Cultural - Experiências de Empresas Brasileiras

Por:   •  6/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.360 Palavras (6 Páginas)  •  1.006 Visualizações

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Políticas de Diversidade

Resenha dos Artigos: “Gerenciando a Diversidade Cultural: Experiências de Empresas Brasileiras” e “Políticas de Diversidade nas Organizações: As Relações de Trabalho Comentadas Por Trabalhadores Homossexuais”.

 O primeiro artigo objetiva trazer o tema da diversidade cultural em empresas brasileiras; tema relativamente novo na agenda das empresas brasileiras, que só surgiu nos anos 90. A grande maioria das companhias que estão desenvolvendo programas são subsidiárias de empresas norte-americanas.

O brasileiro valoriza sua origem diversificada, mas por outro lado o acesso a oportunidades educacionais e às posições de prestígio no mercado de trabalho é definido pelas origens econômica e racial.

O tema da desigualdade racial e sexual tem sido altamente discutido no Brasil, levado adiante por grupos defensores dessas minorias. Esses debates atingem mais a mídia, repercutindo sobre as esferas governamentais, com poucas medidas concretas, entretanto, sendo tomadas a respeito. Diante desse cenário foi se realizado uma pesquisa em Empresas Brasileiras, que relataram estar desenvolvendo programas de administração da diversidade cultural, e estão tentando desenvolver um enfoque próprio adaptado a realidade brasileira.

Essas empresas decidiram começar o programa pelas mulheres, aumentando assim o corpo de funcionários femininos, sendo elas disponíveis em diversas profissões. Vemos que as mulheres nos últimos anos estão em ascensão educacional; Já em relação aos negros, as mulheres enfrentam menores barreiras culturais na incorporação das organizações; os negros são mais difíceis de ser encontrados para ocupações que demandam níveis educacionais mais elevados, o que reflete as desigualdades presentes na sociedade brasileira. Em questão de diversidade essas empresas acabam incorporando apenas o gênero e, timidamente, a raça.

Neste primeiro artigo relatou se também o caso da companhia ALPHA do Brasil. Um padrão dominante nesta organização é o homem branco, relativamente jovem,

a maioria deles nascidos e educados na região de São Paulo. Esse perfil tornou-se mais acentuado em relação ao processo de seleção, treinamento e promoções na carreira. Os homens brancos se sentem muito mais comprometidos com os objetivos da companhia do que os outros grupos; os negros se sentem mais prejudicados do que outros grupos, principalmente em processos de avaliação de desempenho. A maioria deles não percebem as políticas de recursos humanos, para contribuir num ambiente culturalmente diversificado; notamos também que a companhia não investe na formação de equipes diversificadas de trabalho. A partir da pesquisa conduzida entre os empregados, informações coletadas causaram surpresa entre os gestores da empresa, que tinham a diversidade parte da estratégia dos negócios, a ser divulgada como um valor importante para toda a empresa. Para mudar essa realidade a empresa teve a iniciativa de realizar workshops e novos programas e práticas de gestão de pessoas também foram elaborados; como: recrutar mulheres com formação em agronomia para a área comercial, uma vez que elas podem trazer contribuições relevantes a essa função; recrutar também pessoas em outras regiões do país, e não somente de São Paulo, etc...

O segundo artigo tem como objetivo analisar a experiência profissional de homossexuais masculinos, a partir das vivências e percepções dos mesmos a respeito das políticas de diversidade nas organizações, onde atual realidade social em que o trabalhador não-heterossexual é objeto de preconceito, bem como sobre a maneira como essas desigualdades têm sido tratadas nas organizações.

Estudo sobre o tema homossexualidade são recentes no meio acadêmico somente no século XIX que começou a ser estudado no Brasil, e a partir do século XX nas pesquisas eles são tratados com menos preconceito, mostrando a realidade em que vivem no meio social e dentro das organizações.

Mas no ambiente de trabalhado os estudos ainda são mais escassos. É o grupo mais marginalizados nas empresas, com agravante de não poderem obter os próprios direitos e são alvos frequentes de violência. Mesmo com proposta de movimento da Responsabilidade Social, ainda vemos que existe ineficácia dessas políticas de diversidade dentro das organizações, em relação à discriminação baseada na orientação sexual.

Vivemos numa sociedade onde a dominação masculina se faz presente, nisso a condição do homossexual como minoria, vive a mercê do padrão vigente compartilhado pela grande maioria, em que o homem “normal” é caracterizado pelo homem branco, heterossexual, cristão, sem deficiências, viril e ativo, e aqueles que diferenciam destes estereótipos estabelecidos de “macho” dominante são considerados “anormais” pela sociedade, como os homossexuais masculinos sujeitos dessa pesquisa.

Diante desse padrão culturalmente predominante e privilegiado o homossexual e alvo de discriminação específica enquanto sua profissão por considerarem tidas como “femininas”, como: dançarino, designer, cabeleireiro, além de terem a ideia de que homossexuais masculinos se se comportam “femininamente”, além de outros estereótipos.

No cenário organizacional o homossexual ainda encontra mais barreiras, sendo objeto de piadas homofóbicas, é desprezado, sofre estigmas sociais e o medo infundado da AIDS. Em muita das vezes podem deixar de ser contratados, são despedidos ou têm sua carreira profissional prejudicada por sua orientação sexual, assumida ou não, onde eles vivem no dilema de se assumir, por poder acarretar consequências negativas, provocando até impactos na saúde psíquica ou física. E somente aquele homossexual que consiga transparecer uma identidade heterossexual, não sofre discriminação e não perde chance de promoção por exemplo.

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