TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Trabalho da Disciplina Gerenciamento de Stakeholders e Comunicações

Por:   •  14/8/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.140 Palavras (9 Páginas)  •  172 Visualizações

Página 1 de 9

[pic 2]

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DE PROJETOS

Resenha Crítica de Caso

João Paulo Ferreira Junior

Trabalho da disciplina Gerenciamento de Stakeholders e Comunicações

Tutor: Prof. Marilia De SantAnna Faria

Ribeirão Preto – SP

2020

Uber e stakeholders: administrando uma nova forma de andar de carro

Introdução

A Uber foi fundada em 2009 e lançada em junho de 2010. A Startup oferecia um serviço de transporte de passageiros baseado em aplicativos. Em 2012 a empresa competia com outros concorrentes com propostas parecidas, como por exemplo, a Lyft que oferecia o sistema de compartilhamento de caronas "Zimride" com a proposta de conectar passageiros a motoristas não profissionais em carros particulares. Além da Lyft, também existia a Sidecar, que permitia que motoristas em carros particulares determinassem seus próprios preços, que eram disponibilizados aos consumidores antes de reservarem uma viagem. Outras empresas semelhantes também tentavam ganhar espaço oferecendo viagens para aeroportos e viagens agendadas antecipadamente, como a Wingz e a Summon. Em meados de 2015 a Lyft era a principal concorrente da Uber, e naquele mesmo ano a Uber havia chegado a uma valorização de mercado de 50 bilhões de dólares com atividade em 311 cidades. No entanto, a rivalidade direta com sistemas tradicionais de transporte, como os taxis e limusines, e a sua dificuldade de identificar todos os grupos de stakeholders, geraram grandes obstáculos para esta empresa de transporte.

Desenvolvimento

Até a chegada dos smartphones e dos aplicativos, o mercado de contratação de caronas e transporte de passageiros (em pequenas quantidades) se resumia basicamente a Taxis e Limusines e estavam sujeitas a exigências rigorosas de seguro e segurança, e legislações de regulamentação. No entanto, com a chegada dos smartphones e os aplicativos, começou a surgir no mercado uma terceira categoria de serviços, que apresentava características mistas das outras duas, mas que consistiam basicamente em motoristas não profissionais utilizando seus próprios carros para o serviço.

Os serviços de limusine normalmente ofereciam um serviço premium com motoristas profissionais, pontos de partida e destino previamente combinados, em veículos de luxo confortáveis e tarifas pré-fixadas. Viajantes executivos eram responsáveis por aproximadamente 65% das demandas desse tipo de serviço. A maioria dos prestadores deste tipo de serviço seguiram as tendências tecnológicas criando portais de reservas online. As barreiras para a entrada nesse tipo de serviço eram consideravelmente menores que o mercado de Taxis.

O mercado de taxis teve uma receita de aproximadamente 6.5 bilhões de dólares em 2014. Os serviços eram normalmente mais baratos que dos carros pretos (limusines). Os taxis ofereciam serviços mais dinâmicos, onde combinavam o destino no momento do embarque do passageiro, e podiam fazer alterações no trajeto ao longo da corrida. Para a segurança do passageiro, os taxis eram obrigados a estarem claramente identificado. Além disso, para garantir a cobrança correta, os taxis deveriam contar com taxímetros calibrados e lacrados, que determinavam o preço baseado no tempo e na distancia, utilizando uma tabela de valores padrões praticadas pelos demais taxis. O custo de uma licença de taxi em grandes cidades acaba tornando a prática proibitiva para pessoas comuns. Muitas das licenças são adquiridas a preços elevados por empresas de taxis, que acaba por alugar seus carros aos motoristas. Este fato dificulta a concorrência, e reduz a preocupação das empresas de taxis de prestar um serviço de qualidade aos seus clientes. A maior empresa de taxis, a Yellow Cab Chicago, operava aproximadamente 2600 veículos.

Com a popularização dos smartphones sofisticados e com recursos de localização geografica e conexões de dados móveis criaram-se oportunidades para novas formas de conectar compradores e vendedores. Oportunidades de colocar ativos parados em bom uso surgiam. O consumo colaborativo possibilitava que o proprietário dividisse seu custo de propriedade com outros usuários. Usando algoritmos de localização e aplicativos para smartphones, empresas surgiram com a proposta de conectar clientes e motoristas, oferecendo experiências inovadoras como rastrear a chegada do veiculo, oferecer comentários e avaliações dos motoristas, e oferecer métodos de pagamento automatizados. Rapidamente esse tipo de serviço começou a tomar parte dos usuários de taxi para si. Esses aplicativos atendiam o seu publico com algumas características de serviços parecidas com as dos taxis, como a corrida mediante solicitação e precificação baseada na distancia. No entanto, os motoristas não precisavam obter as caríssimas licenças municipais nem os requisitos de licenciamento. Rapidamente as autoridades públicas responsáveis pela regulamentação de limusines e táxis começaram a exigir que a Uber e a Lyft interrompessem suas operações, enquanto destacavam para o publico a necessidade de regulamentarem os motoristas a fim de oferecer maior segurança.

No final de 2013, o Estado da Califórnia criou uma categoria para regulamentar esse tipo de serviço, chamada de TNC, estabelecendo assim regras e padrões para corridas particulares baseadas em aplicativos. Alguns estados seguiram a Califórnia na mesma direção, enquanto outros preferiram considerar ilegal a pratica deste tipo de serviço. Apesar da oposição por parte de grandes órgãos e setores públicos, o crescimento disparou, pois o modelo era muito vantajoso para os usuários e conquistava cada vez mais o seu apoio. O serviço oferecia um nível de conveniência que os prestadores de serviços tradicionais não ofereciam (taxis e limusines). A constante tentativa dos motoristas de agradar seus passageiros para conquistar boas classificações se sobrepunha à reputação rabugenta dos taxistas. Além disso, a Uber inseriu em seu sistema a possibilidade de guiar o motorista através do GPS, ditando todo o caminho a ele, garantindo que ele sempre pegasse o melhor caminho, gerando assim um custo menor na maioria das viagens.

A Uber inicialmente tratava seus motoristas como prestadores de serviço terceirizado, o que era parcialmente justificado pelo fato de que os motoristas usavam seus próprios veículos. A Uber inseriu em seu portfolio o serviço UberX, que permitia que motoristas amadores utilizando veículos particulares de qualquer modelo com quatro portas, mesmo que mais antigos, pudessem executar as corridas. Assim a Uber passou a competir em um formato muito mais parecido com o taxi tradicional, porem, ainda era um serviço mais formal e mais parecido com uma prestação de serviço do que o oferecido pela Lyft.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (14.1 Kb)   pdf (140.1 Kb)   docx (48.2 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com