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A infancia

Por:   •  24/5/2015  •  Monografia  •  714 Palavras (3 Páginas)  •  288 Visualizações

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Capitulo I: O que é ser criança?

A infância

Nós como sociedade vamos nós reestruturando sempre que necessário para acompanharmos as mudanças que são continuas, valores são constantemente postos a prova, assim como costumes e hábitos. Tendo definido que estamos sempre em constante mudança, notamos que definições também são revistas. A definição de infância que temos hoje, é diferente da que tínhamos a alguns séculos atrás. Crianças que aprendiam a controlar suas necessidades e a se “cuidarem” sozinhas eram vistas e tratadas como adultos em miniatura, não tendo o direito a infância respeitado. “ isso faz pensar também que no domínio da vida real, e não apenas no de uma transposição estética, a infância era um período de transição, logo ultrapassado, e cuja lembrança também era logo perdida” (ÁRIES, 1978, p. 52).
O ser criança era simplesmente uma etapa sem importância ate chegada da fase adulta. “... e ate o fim do século XII, não existem crianças caracterizadas por expressão particular, e sim homens de tamanho reduzido.” (ÁRIES, 1978, p.39)
vemos que hoje, a infância é vista como crucial para o desenvolvimento físico e intelectual de qualquer criança, isso se deve ao conceito histórico em que vivemos e como os estudos sobre o assunto são conduzidos, nossas crianças, assim como nós são diferentes em vários aspectos das crianças de séculos atrás. Pensando nisso, vale uma reflexão sobre o tema “infância” e como foi retratada pela historia. Usado como base os estudos de Philippe Áries podemos afirmar que a infância não era representada nem mesmo nas artes na época medieval. Isso nos leva a refletir qual a importância que se davam a essa fase da vida, podemos notar que a sua ausência é significativa e quando retratada era feita de forma disforme e desproporcional. Para reforçar o que foi dito usamos mais uma vez o que Áries, em uma de suas obras, nós trás. “Na bíblia moralizada de São Luis, as crianças são representadas com maior freqüência, mais nem sempre são caracterizadas por algo além de seu tamanho”. (ÁRIES, 1978, p.39).  E assim se seguiu ate aproximadamente o século XIII onde as crianças eram retratadas apenas como mini adultos. Após tanto tempo sendo deixada de lado foi apenas no fim do século XVI e durante o século XVII que a infância foi ser “descoberta” e a ganhar um pouco mais de espaço na vida no e cotidiano das famílias. É nessa fase que o cuidado com as crianças começam a ganhar destaque e começa haver a preocupação em educar de maneira eficaz esse pequeno individuo. “a criança, ou ao menos a criança de boa família, quer fosse nobre ou burguesa, não era mais vestida como os adultos. Ela agora tinha um traje reservado a sua idade, que a distinguia dos adultos.” (ÁRIES, 1978, p.70).  Foi apenas no século XVII que a infância ganhou um novo sentido, onde a educação passa a ganhar forma e a se modelar os padrões que vemos no século XX. A educação era baseada na moral e conduta da época, rígida e autoritária onde a criança era condicionada e “engessada”, sem nenhuma abertura para o lúdico. O pensamento que a criança vive em seu próprio mundo, tem necessidades e características especiais são relativamente novas, ser criança antes era apenas uma fase ates da vida adulta, hoje sabemos que “ser’ criança é fundamental para o desenvolvimento intelectual e físico de forma saudável. A infância é uma fase cheia de descobertas, onde podemos ser criar mundos, termos sonhos fantasiosos sem a cobrança que a vida adulta nos trás. Como abordamos nesse primeiro momento, a visão de infância que se tinha foi mudada, e assim a maneira como nos relacionamos com a infância também. Essa reflexão sobre a infância se faz necessária, pois, é a partir dela que podemos observar toda a subjetividade que as crianças nos trás e como ignorar a infância pode interferir no desenvolvimento cognitivo e psicológico desses pequenos indivíduos. Entender O papel da arte, da ludicidade e da recreação no desenvolvimento da potencialidade criativa da criança se faz necessário para entendermos suas necessidades educacionais. E é a partir dessa reflexão que daremos continuidade ao estudo aqui proposto.

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