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A Importância da literatura infantil na alfabetização de crianças

Por:   •  31/8/2017  •  Artigo  •  1.729 Palavras (7 Páginas)  •  269 Visualizações

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A importância da literatura infantil na alfabetização de crianças

Debora Wendy dos S. Delamarque [1] 

Jéssica Cardoso Almeida [2] 

Maria Maryana de Castro Silva [3]

Resumo: Propomos, nesse artigo refletir acerca da importância da literatura infantil na alfabetização de crianças, procurando compreender suas influências e seus aspectos históricos. Nossa pesquisa é de cunho predominantemente bibliográfico, está baseada nas autoras de literatura infantil, Marisa Lajolo (1999), Maria Zélia Versiani Machado (2008), Fanny Abramovich (1991),bem como também na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 2010), e em alguns tópicos da Base Nacional Comum Curricular. A relevância em compreendermos o assunto abordado se da pelo fato de que, o quanto antes uma criança tiver o seu interesse pela leitura despertado, mais chances essa criança terá de se tornar um adulto que tenha o hábito de ler em seu dia a dia. Esperamos com esse artigo proporcionar uma reflexão acerca da importância da literatura infantil nos primeiros anos escolares da criança, no processo de compreensão do mundo e até mesmo da linguagem propriamente dita, além de ser uma fonte de conhecimento prazeroso e lúdico.   

 

Palavras chaves: Literatura infantil – Pré - leitura- Aprendizagem – Eixo leitura.

Introdução

      Em meio as dificuldades das crianças na alfabetização se aborda a importância da literatura como meio de inserção da mesma ao mundo das letras. Tendo em vista o amplo leque de benefícios proporcionados pelos livros oferecidos ás crianças como, intuir seus interesses ao som ao ritmo e as cenas individualizadas de cada página, contendo estes poucos textos, muitas gravuras e rimas sempre abordando objetos conhecidos, animais e cenas familiares ao mundo infantil, visando despertar o hábito de leitura.

     Além da introdução, o trabalho está organizado em quatro seções: Aspectos históricos da literatura infantil no Brasil, onde será abordado à história da literatura infantil, assim como suas fases; Influências da literatura no meio infantil, destacando o auxilio do texto literário para a criança; O livro de literatura infantil, mostrando uma experiência com o hábito da leitura com seus gestos e expressões; Literatura e socialização da criança, colocando o livro como meio, para maior inserção da criança na sociedade  e finalmente a conclusão.

  1. Aspectos históricos da literatura infantil no Brasil 

      As primeiras formas de literatura voltadas ao público infantil surgiram no mercado na primeira metade do século XVIII, quando se instalou o modelo de família unicelular. Influenciado por essa onda de valores quatro fases são instituídas na literatura brasileira. São elas:

      Primeira fase – Ocorreu entre os séculos XIX e XX. Visava a modernização do país, tendo a escola como principal eixo de tal mudança, nesse período várias obras estrangeiras foram traduzidas para o público brasileiro.

     Segunda fase – Ocorreu entre 1920 – 1945. Foi uma época de conflitos que se caracterizou pelo alto índice de analfabetismo o que trazia a fama de um país atrasado para o Brasil. Foi então que surgiu a escola nova com o ensino intelectual e pragmático.

     Terceira fase – Ocorreu entre ás décadas de 50 e 60 onde passou a vigorar a democracia. A década de 60 foi marcada por movimentos de educação popular que tinha como objetivo alfabetizar e a educação de base. Com o golpe a literatura infantil passa a ser limita.

      Quarta fase – Ocorreu entre 1970 e 1980. Foi o auge da literatura infantil o momento em que o número de autores e obras aumentaram e os temas estavam mais próximos da realidade dos brasileiros.

  1. Influências da literatura no meio infantil

 A literatura infantil vem como forma de auxílio a criança no processo de apreensão do mundo e domínio da linguagem, nessa fase dar-se início do contado direto com o livro como fonte de informação, prazer e de fantasia.

       De acordo com Costa (2003 p. 49) “a criança serve-se do real, justamente, para penetrar em sua fantasia.” Essa literatura tem como ênfase o intuito de educar, divertir e instruir a criança fazendo com que a mesma sinta-se capaz de se inserir intelectualmente e socialmente ao mundo em que ela se identifica, percebendo  que ainda estão em fase de construção de conhecimento.

“Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas e muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descobertas e compreensão do mundo”. Fanny Abramovich (1991, p.16)

       É a partir disso que crianças aprendem a explorar o mundo olhando ao redor de forma diferente e mais aguçada e são também influenciadas por ele constantemente, podendo servir ao desenvolvimento infantil como construção de conhecimentos se apropriando da cultura.

 

3.O livro de literatura infantil

Ao observar o comportamento adulto de ler as crianças passam a aderir esse comportamento de várias formas, como simplesmente folheando o livro, observando as imagens de acordo com suas interpretações gerando assim uma experiência com o hábito da leitura com seus gestos e expressões do que acham que o código que ainda não decifram lhes quer dizer.

 

Segundo Machado (2008, p.112):

 

Nessa fase inicial de descoberta dos livros, conta muito não só o texto verbal propriamente dito como também as escolhas gráficas em que se apresenta e as ilustrações às quais preferimos designar como texto não-verbal. Esta opção liga-se ao caráter dialógico que o texto não verbal mantém com o texto verbal, que adquire grande relevância quando se aprende a ler. Essas duas esferas a verbal e a não-verbal, embora exijam capacidades diferenciadas no processamento da leitura, não se separam. Uma projeta na outra sentidos que se complementam, contrariando, portanto, a função meramente ilustrativa das imagens, que se ofereceriam apenas como apoio para confirmar o que se lê no texto verbal. Nesse diálogo, tanto a criança que já lê com fluência como aquela que arrisca adivinhações sobre o que vê/lê participam ativamente do processo de produção de sentidos quando abrem um livro. 

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