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A Educação de Jovens e Adultos – EJA

Por:   •  8/4/2019  •  Resenha  •  533 Palavras (3 Páginas)  •  470 Visualizações

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MANZKE, Jose Fernando. A educação de jovens e adultos – EJA.

Pedro Ivo Brito Carneiro

RESENHA

O autor apresenta a história da educação de Jovens e Adultos no Brasil a partir de sua origem, passando pela contribuição de Paulo Freire, pelas contravenções na ditadura militar e pela desarticulação da EJA no Brasil. Cita a criação do movimento brasileiro de alfabetização (MOBRAL) e a Educar, as influências da UNESCO para a EJA e faz um relato sobre a campanha de alfabetização cubana em 1960 que erradicou o analfabetismo no país. Ao final, nos traz uma perspectiva da EJA na atualidade brasileira.

Historicamente a Educação de Jovens e Adultos é destinada àqueles que não tiveram acesso à escola no ensino fundamental e médio ou que não conseguiram dar continuidade aos estudos naquilo que chamamos de idade certa. No Brasil, a EJA, sem financiamento e estudos específicos é criada como ação emergencial para amenizar o fracasso da escola pública. E a partir do II Congresso Nacional de Educação de Jovens e Adultos é que passam a defender uma educação participante, com ênfase nos conhecimentos prévios do alfabetizando através do estudo A educação de adultos e as populações marginais: o problema dos mocambos de um grupo de educadores do estado de Pernambuco, com Paulo Freire à frente incentivando uma abordagem emancipadora.

Durante o Golpe de 1964, as melhorias que vinham sendo implantadas na EJA nas premissas de Paulo Freire foram perseguidas e os processos se perderam definitivamente por praticamente dois anos. Um combate ideológico aos métodos de Paulo Freire. Em 1967 a Ditadura Militar cria o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL que buscava uma alfabetização funcional, em resposta às críticas internacionais pela suspensão do programa de EJA pré-Golpe de 64 e, também, pela ausência de uma política específica de EJA. Ao fim da Ditadura Militar em 1985, o Governo civil logo extingue o MOBRAL e em seguida cria a Fundação Educar, que sequer realizou alguma atividade.

A UNESCO sempre teve olhos voltados para a EJA, desde os anos 40. Diante de suas preocupações, realizaram, em diversos países, Conferências Internacionais sobre Educação de Adultos, até que no ano de 2009, a VI CONFITEA – Conferência Internacional sobre Educação de Adultos foi realizada no Brasil, em Belém/PA. Nesta, foi aprovado o Marco de Ação de Belém que estabelece recomendações e metas, como Educação para Todos, além de estabelecerem o foco nas mulheres e nas populações mais vulneráveis (indígenas, pessoas privadas de liberdade e populações rurais), e, também determinaram a necessidade de investir, no mínimo, 6% do PIB nacional para a educação e aumentar a porcentagem dedicada à educação de jovens e adultos.

A experiência cubana em alfabetização de Adultos se tornou tão importante que serviu de referência para diversos países pelo mundo. Uma Campanha de Alfabetização preparada no final de 1960 e realizada em 4 etapas no ano seguinte, restando apenas 3,9% de adultos analfabetos, que continuaram o atendimento por outro programa – combate ao analfabetismo residual.

Atualmente, a educação de jovens e adultos no Brasil é bem complexa, com escolas enfrentando desigualdades sociais e econômicas. A EJA visa oportunizar a inclusão dos estudantes no meio social, mercado de trabalho, domínio de leitura e escrita e conhecimentos básicos para que se tornem um ser ativo socialmente.

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