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A UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CURSO DE PEDAGOGIA

Por:   •  25/5/2021  •  Resenha  •  518 Palavras (3 Páginas)  •  153 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

Nome: Marco Aurélio Mendes Viana

AQUINO, Julio Groppa. A desordem na relação professor-aluno: indisciplina, moralidade e conhecimento. In:_ Do cotidiano escolar: ensaios sobre a ética e seus avessos. São Paulo: Summus, 2000. p. 81-100.

Neste capítulo a indisciplina é apresentada como uma das principais causas da desordem na relação professor-aluno, a mesma faz com que a escola perca a visão de um “lugar de florescimento das potencialidades humanas, pela imagem de um campo de pequenas batalhas civis” (Aquino, 2000, p. 82). Para abordar o tema de forma clara, o autor faz algumas perguntas que nos fazem refletir a respeito desse assunto que é muito familiar, mas, sua relevância teórica não é tão nítida.

A indisciplina é um tema de difícil abordagem, apesar de ser algo bem presente no ambiente escolar, uma das declarações apresentadas no texto é que “a indisciplina atravessa indistintamente as esferas pública e privada” (Aquino, 2000, p.82), ou seja, não há distinção, por mas que sejam esferas diferentes, sofrem o mesmo efeito. A preocupação do autor é que todos coloquem a culpa apenas sobre o trabalho pedagógico da escola, e acabem esquecendo que há outros pontos que devem ser destacados, por isso, faz menção de dois olhares distintos sobre o tema: um de cunho histórico e outro psicológico.

O primeiro olhar trata-se do contexto histórico, o autor faz uma comparação dos ideais disciplinares de cada época, mostrando assim, a diferença entre os públicos aos quais eram destinados tais ideais. A figura do professor nos dias atuais é muito diferente de antes, o corpo discente também mudou, com isso, as antigas práticas pedagógicas não se encaixam no perfil do alunato atual, gerando assim a indisciplina.

O segundo olhar diz respeito a influência das relações familiares na escola, esse olhar é de cunho psicológico, e é descrito a importância da família no processo disciplinar de seus membros. A escola está encarregada da alfabetização, além de complementar o que os alunos já trazem de casa. A tarefa dos pais é essencial no desenvolvimento das crianças pois eles são responsáveis por iniciar o trabalho educativo das crianças e adolescentes, “chegamos, assim, a um impasse: a educação no sentido lato, não é de responsabilidade integral da escola” (Aquino, 2000, p. 90).  

Ao abordar esses dois diferentes pontos, o autor chega à conclusão de que a indisciplina é algo transversal a essas unidades (professor/aluno/escola), no primeiro olhar o problema é caracterizado por seu contexto histórico, e o segundo olhar trata a indisciplina como uma carência na estrutura familiar, fazendo assim, com que crianças e adolescentes sejam indisciplinados. Portanto, o problema não deve ser colocado integralmente sobre a escola e nem mesmo sobre a figura do aluno, a escola e a família devem contribuir juntas para o processo educativo.

Enfim, a relação professor-aluno não deve ser atrapalhada com problemas como a indisciplina, o trabalho pedagógico não deve ser apenas o repasse ou mediação de informações. “O objetivo da educação escolar torna-se, assim, mais uma disposição para a construção dos campos epistêmicos das diferentes disciplinas do que a reposição de um pacote de informações, estáveis, indefectíveis” (Aquino, 2000, p. 97).

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